A operadora TIM Brasil obteve lucro líquido normalizado de R$ 313 milhões, um recuo de 54,1% na comparação com igual etapa de 2021.

A operadora teve um aumento expressivo no seu faturamento graças à incorporação de clientes da rede móvel da Oi (a empresa foi adquirida e fatiada entre TIM, Vivo e Claro), bem como pelo reajuste dos planos de telefonia e ganho de clientes.

Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – normalizado atingiu R$ 2,486 bilhões, crescimento de 18,3% na mesma base de comparação. A margem recuou 1,3 ponto porcentual, para 46,3%.

A receita líquida somou R$ 5,368 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 21,8% na comparação com igual etapa de 2021, com todas as linhas contribuindo de forma positiva.

A receita de serviços subiu 21,9%, para R$ 5,202 bilhões, na mesma base de comparação anual. Segundo a TIM, essa expansão foi reflexo de um conjunto de fatores: um deles foi a incorporação de 16 milhões de clientes da Oi Móvel desde 1º de maio. A companhia citou também mudanças na estrutura e nos preços das ofertas; um ambiente competitivo racional; e auxílios e benefícios governamentais que compensam outros elementos negativos do ambiente macroeconômico.

O serviço móvel cresceu 23,0%, para R$ 4,899 bilhões, impulsionada pela performance orgânica e pela incorporação de clientes da Oi Móvel. Sem contar a parte da Oi, a receita de serviços móveis totalizaria R$ 4,492 bilhões, ou um avanço de 12,8%.

A base total de clientes da TIM cresceu 33,8%, para 68,695 milhões. Em pré-pago, a alta foi de 33,3%, para 38,902 milhões (acréscimo de 7 milhões de acessos migrados da Oi Móvel), enquanto no pós-pago houve expansão de 34,5%, para 29,794 milhões (incluindo 5,7 milhões vindos da Oi Móvel).

A receita com clientes pré-pago aumentou 20,6%. Já a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) encolheu 0,4%. Já no segmento pós-pago, a receita avançou 22,1%, mas o Arpu teve queda de 2,4%. Segundo a TIM, a baixa no Arpu teve origem nos clientes da Oi Móvel.

Por sua vez, a receita de serviços fixos da TIM aumentou 7,1%, para R$ 303 milhões. O crescimento foi puxado pela banda larga TIM Live. Este serviço apresentou uma base de 699 mil conexões, crescimento de 4,9%.

A receita da companhia com a venda de produtos aumentou 18,3%, chegando a R$ 167 milhões.

Outra linha crescente nos negócios da operadora é a chamada “plataforma de clientes”, em que oferece serviços de terceiros para sua base de usuários – como é o caso da parceria com o C6. A receita da plataforma de clientes totalizou R$ 52 milhões, crescimento de 85,1%.

A receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) Móvel ex-Oi cresceu 10,7% na base anual no 2T22, atingindo R$ 28,50.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 439 milhões no 2T22, afetado principalmente pela aquisição dos ativos móveis da Oi e pela piora dos indicadores macroeconômicos. Esse resultado representa uma piora de R$ 403 milhões quando comparado ao 2T21.

Os custos normalizados somaram R$ 2,882 bilhões no 2T22, um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2021.

 O fluxo de caixa operacional livre normalizado foi de R$ 209 milhões, uma redução em relação ao valor de R$ 1.222 milhões registrado no 2T21. Esta dinâmica foi impactada pela variação do capital de giro com os pagamentos referentes ao leilão de frequências de 2021.

A TIM encerrou o 2T22 com um total de 68,7 milhões de acessos, registrando aumento de 33,8% na comparação ano a ano, com o adicional de 16 milhões de clientes vindos da Oi Móvel.

A empresa investiu R$ 1,050 bilhão no segundo trimestre de 2022, um crescimento de 15,9% frente a cifra investida no segundo trimestre do ano passado.

Os resultados da TIM (BOV:TIMS3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 02/08/2022. Confira o Press release na íntegra!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters