A mineradora Vale divulgou documento elevando as estimativas de produção de níquel e cobre para o médio e longo prazo. A informação é do Valor.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:VALE3) na terça-feira (06).
Conforme o jornal, a companhia previa volume de produção de seu negócio de níquel entre 175 mil toneladas e 190 mil toneladas entre 2022 e 2023. Além de mais de 200 mil toneladas após 2024. Agora, a companhia estima um intervalo de 230 mil toneladas a 245 mil toneladas no médio prazo e maior do que 300 mil toneladas no longo prazo.
O custo estimado é de cerca de US$ 12.300 por tonelada em 2022 e US$ 10.000 por tonelada no médio prazo.
Já para produção de cobre a Vale estimava entre 270 mil toneladas e 285 mil toneladas em 2022, 390 mil toneladas e 420 mil toneladas entre 2023 e 2026 e mais de 450 mil toneladas após 2027. Agora, estima 390 mil toneladas a 420 mil toneladas em médio prazo e aproximadamente 900 mil toneladas no longo prazo.
Os custos estimados ficaram em US$ 4.000 por tonelada em 2022 e US$ 2.300 por tonelada no médio prazo.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O Bradesco BBI reiterou a recomendação de compra para os ADRS da Vale, após a mineradora ter sediado o primeiro dia do 22º “Analyst & Investor Tour” em Sudbury, no Canadá. O banco tem preço-alvo de US$ 23,00 por ADR, um avanço potencial de 87,44% sobre o último fechamento.
No evento, as apresentações foram focadas nas iniciativas de transformação que estão em andamento na divisão de metais básicos, com menção de crescimento no patamar de US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos nesse mercado.
“Acreditamos que a Vale está posicionada de forma única para alavancar as tendências estruturais positivas do mercado para cobre e níquel, apoiada por seu portfólio de produtos premium, emissões de carbono mais baixas em relação à média do setor e locais estratégicos de ativos”, afirmam os analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Barder, que assinam o relatório do Bradesco.
A Vale quer ser um fornecedor-chave de níquel e cobre para a eletrificação da economia e tem ativos de classe mundial em locais-chave, como Canadá, Brasil e Indonésia, para entregar o que planeja. O objetivo final é liberar valor, progredir em uma governança mais dedicada e, eventualmente, criar moeda para um maior crescimento.
Para os analistas, o primeiro passo para destravar valor para a divisão de metais básicos é entregar a estabilização das operações e medidas de eficiência de custos. Eles pontuam que não se trata de mudanças imediatas, mas que os próximos 12 meses serão cruciais para a empresa mostrar o progresso das medidas que estão sendo implementadas.
Com um cenário projetado de preço de minério de ferro de US$ 100 por tonelada para 2023, o Bradesco BBI vê a Vale sendo negociada a um múltiplo de 3,5 vezes o valor da empresa pelo Ebitda esperado para 2023, um nível ainda atraente na visão do banco, com dividendos e recompras em cerca de 15% do valor de mercado da companhia.
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