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Dow Jones caiu mais de 400 pontos na sexta-feira mas encerrou a semana em território positivo

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As ações dos Estados Unidos caíram na sexta-feira (14), encerrando uma semana volátil de negociações, um dia depois de registrar uma recuperação histórica com os investidores digerindo as expectativas de inflação.

O Dow Jones caiu 403,89 pontos, ou 1,34%, encerrando o dia em 29.634,83. Ainda assim, o índice subiu mais de 1% na semana. O S&P 500 caiu 2,37%, para 3.583,07 pontos e atingiu seu sétimo fechamento negativo em oito dias. O Nasdaq Composite caiu 3,08%, encerrando o dia em 10.321,39, pressionado pelas perdas na Tesla e na Lucid Motors, que caíram 7,55% e 8,61%, respectivamente. Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq fecharam a semana em baixa.

As ações caíram para mínimos do pregão depois que uma pesquisa com consumidores da Universidade de Michigan mostrou que as expectativas de inflação estavam aumentando. A alta tecnologia da Nasdaq liderou os declínios, já que as empresas em crescimento são mais sensíveis aos aumentos das taxas de juros.

Ao mesmo tempo, os rendimentos dos títulos dispararam, com o Tesouro dos EUA de 10 anos chegando a 4% pela segunda vez em dois dias, à medida que os investidores reagem às expectativas de inflação mais altas.

Os mercados se agitaram ao longo da semana, com os investidores avaliando os novos dados de inflação que informarão o Fed à medida que ele continua a aumentar as taxas de juros para refrear os aumentos de preços. Na quinta-feira, as ações encenaram uma grande reviravolta. O Dow Jones encerrou o pregão de quinta-feira em alta de 827 pontos, depois de cair mais de 500 pontos na baixa intradiária. O S&P 500 subiu 2,6% para quebrar uma sequência de seis dias de quedas, e o Nasdaq Composite saltou 2,2%.

Quinta-feira marcou a quinta maior reversão intradiária de uma baixa na história do S&P 500, e foi a quarta maior para o Nasdaq, de acordo com o SentimenTrader.

Os movimentos seguiram a divulgação do índice de preços ao consumidor, uma leitura chave da inflação dos EUA que veio mais quente do que o esperado para o mês de setembro. Inicialmente, isso pesou nos mercados, pois os investidores se preparavam para que o Federal Reserve continuasse com seu plano agressivo de aumento das taxas. Mais tarde, no entanto, eles ignoraram essas preocupações.

Ainda assim, a inflação persistente continua sendo um problema para o Fed e para as preocupações dos investidores em relação ao aperto da política do banco central.

“Com o núcleo do CPI ainda se movendo na direção errada e o mercado de trabalho forte, não há condições para um pivô de política do Fed, o que seria uma das condições para uma recuperação sustentada do mercado de ações”, escreveu o diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management, Mark Haefele, em uma nota de sexta-feira.

“Além disso, à medida que a inflação permanece elevada por mais tempo e o Fed sobe ainda mais, aumenta o risco de que o efeito cumulativo do aperto das políticas empurre a economia dos EUA para a recessão, minando as perspectivas de ganhos corporativos.”

Com informações de CNBC

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