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Itaú Unibanco quer abocanhar 25% do mercado de investimentos no Brasil

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O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, quer abocanhar 25% do mercado de investimentos no Brasil, que hoje supera os R$ 9,37 trilhões nas contas da Anbima. Para chegar nessa fatia em 2025, o grupo vê no Íon, plataforma de investimentos para o varejo, uma das grandes alavancas de expansão. Mas o banco não quer apenas a aumentar a participação de mercado – hoje em 22% do total sob custódia no Brasil (AuC), segundo métrica do próprio Itaú, e pretende avançar também na diversificação de produtos e na melhora da experiência para se posicionar como nome central do setor.

“Queremos ser a referência em plataforma aberta”, afirmou ao Broadcast o diretor de gestão de recursos do Itaú, Carlos Constantini. “Queremos oferecer as melhores soluções de investimentos nos mercados. E o plural aqui é tanto pelo segmento de investimento – renda fixa, renda variável, fundos – quanto pela geografia. A Avenue entra nessa frente. A corretora abre a porta para o maior mercado do mundo, que é os Estados Unidos”, disse Constantini, referindo-se à aquisição que já foi aprovada pelo Cade e aguarda autorização do Banco Central.

Ainda que a oferta de produtos de terceiros – a chamada arquitetura aberta – exista desde 2017 no Itaú (BOV:ITUB4) (BOV:ITUB4), a engenharia para o banco virar de fato um supermercado de investimentos ganhou força nos últimos meses. “Redesenhamos o banco para atender às necessidades de investimentos dos clientes”, disse o diretor.

Redesenho

Esse redesenho congrega alguns pilares. Um é o de educar financeiramente e oferecer informação para os clientes atuais ou potenciais. Isso é feito tanto pela área de análise, quanto dentro e fora do Íon. O aplicativo tem uma equipe própria e terceirizada de produção de conteúdo. Fora dele há o portal de notícias e educação Inteligência Financeira.

Outro pilar é a distribuição. “A transação que o banco tentou fazer no passado com a XP foi um primeiro passo sobre chegar nos clientes. Obviamente, não aconteceu como esperado”, diz Constantini. O Itaú tentou assumir o controle da XP, em desenho semelhante ao da Ideal e da Avenue. O tamanho da corretora criada por Guilherme Benchimol fez com que o BC impedisse este passo, e levou o banco a outro rumo.

Constantini pontua que hoje a distribuição dos produtos acontece por vários canais além do Íon, como o aplicativo do próprio Itaú. “Acreditamos que o mundo dos investimentos vai para o digital, para autosserviço”, acrescenta.

Um terceiro pilar é incrementar a grade de produtos da corretora. “Para dar um exemplo, a corretora para pessoa física não fazia RLPs, não oferecia minicontratos”, diz Constantini. O RLP (sigla para Retail Liquidity Provider) ou provedor de liquidez no varejo, é um serviço autorizado em 2019 e existe desde então na B3 para facilitar a operação da pessoa física no mercado de minicontratos futuros, como mini-índice e minidólar.

“A nossa corretora era muito mais focada no ‘Buy and Hold’ [comprar e segurar a ação] para a pessoa física e no mercado à vista”, afirmou Constantini.

Mais uma peça

Outro pilar foi o investimento em tecnologia. Nessa frente, entra outra aquisição do Itaú, a da corretora Ideal, especializada na negociação de alta frequência e altos volumes.

Além disso, o Itaú melhorou processos internos. Um exemplo foi a simplificação da abertura de cadastro. “Hoje o cliente consegue fazer o cadastro no aplicativo do banco. Antes, tinha de fazer um cadastro no banco, outra na corretora para poder operar”, afirma o executivo. “Investimos para melhorar não só a oferta mas também a experiência digital do cliente”, diz, acrescentando que houve um aumento na capacidade de administrar e executar muitas ordens simultâneas.

Constantini afirma que os exemplos ilustram uma “mudança importante de visão” do negócio. “Antes a estrutura era mais centrada no produto. Agora é muito mais focada no cliente. Essa visão se baseia em conseguir distribuir o produto que o cliente quer e da forma que ele precisa”, diz. É a filosofia que se tornou um mantra do Itaú na gestão de Milton Maluhy, e que tem sido ouvida também em outros bancos, inclusive públicos.

O executivo afirma ainda que os principais concorrentes em investimentos são as plataformas, mas que o Itaú tem uma vantagem importante. “Temos a capacidade de atender o cliente de uma forma completa. Quando os bancos tinham diferenças muito grandes na qualidade do atendimento, na grade de produtos, na precificação, o gap com as plataformas era maior. Vejo como uma grande fortaleza o banco fazer tudo o que a plataforma faz e ainda atender o cliente de uma maneira completa”, disse Constantini.

Informações Broadcast

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