O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 3, em uma sessão na qual o metal é impulsionado por uma trégua no avanço do dólar e dos rendimentos dos Treasuries. Indicadores nos Estados Unidos apresentaram uma perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) pode ser menos agressivo em seu aperto monetário. Ao longo desta semana, investidores ficarão atentos aos dados do mercado de trabalho americano, com destaque para a publicação do payroll de setembro, na sexta-feira. Enquanto, isso, a prata teve avanço ainda mais forte, subindo mais de 8%.

O ouro para dezembro fechou em alta de 1,76%, em US$ 1702,00 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). A prata para dezembro teve alta acima de 8%, a US$ 20,589 a onça-troy.

Para Edward Moya, analista da Oanda, os preços do ouro estão subindo à medida que os investidores adotaram uma leitura da indústria mais branda que sugere que o Fed não precisará permanecer superagressivo com o aperto da política monetária. Outubro começou com rendimentos dos Treasurires em queda livre, o que é uma ótima notícia para o ouro, lembra. “As pressões para baixo sobre a inflação estão crescendo e isso deve colocar um topo nos rendimentos por enquanto. O ouro pode ter uma resistência provisória no nível de US$ 1.700, mas se o impulso de alta permanecer forte, os preços podem facilmente correr para a região de US$ 1.740”, projeta.

Já o TD Securities tem uma visão de queda para o metal em um prazo maior, considerando o aumento da persistência da inflação neste ciclo, já que o regime restritivo pode durar mais do que os precedentes históricos, com o Fed provavelmente mantendo as taxas de juros elevadas por algum tempo, mesmo com o aumento dos riscos de recessão, o que defende um período prolongado de fraqueza pronunciada em metais preciosos.

Informações Estado