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Petrobras: produção total de petróleo e gás da petroleira tem queda de 6,6% no terceiro trimestre

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A Petrobras apresentou uma queda na produção de petróleo e gás entre julho e setembro, assim como um recuo em suas vendas de combustíveis no período na comparação anual, segundo relatório trimestral.

O comunicado foi feito pela estatal (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta segunda-feira (24).

A produção total de petróleo e gás da petroleira somou 2,644 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no terceiro trimestre, queda de 6,6% versus um ano antes e recuo de 0,3% ante o trimestre anterior, diante de paradas para manutenção e entrada de parceiros em importantes ativos.

A produção de petróleo da empresa no Brasil atingiu 2,115 milhões de barris por dia (bpd) no período, recuo de 6,8% na mesma comparação e estável ante o segundo trimestre.

A empresa destacou que houve impacto de uma redução da participação da Petrobras nos contratos da cessão onerosa nos campos de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, de 43 mil boed em relação ao segundo trimestre.

Além disso, houve uma parada para descomissionamento de plataforma no Parque das Baleias. Nesse caso, a Petrobras afirmou que “irá recuperar sua produção com a transferência de poços para a plataforma P-58 e uma nova plataforma, o FPSO Maria Quitéria, com início de operação previsto para 2024”.

O recuo da produção teve ainda influencia de declínio natural dos campos e outras paradas para manutenção.

“Temos 58 plataformas de produção operando atualmente, que periodicamente têm sua produção interrompida para manutenção”, disse a petroleira.

“No terceiro trimestre, tivemos uma perda estimada com paradas para manutenção e intervenções de 170 mil boed, em comparação a perdas de 251 mil boed no segundo trimestre.”

Com estes efeitos, a companhia informou que a produção nos campos do pré-sal alcançou 1,609 milhão de bpd, a produção do pós-sal 434 mil bpd e a de terra e águas rasas 71 mil bpd, todas em linha com o segundo trimestre.

DERIVADOS

A produção de derivados de petróleo da Petrobras somou 1,750 milhão de barris/dia no terceiro trimestre, queda de 9,4% ante o mesmo período do ano passado e de 1,2% na comparação com o segundo trimestre de 2022, em meio a paradas programadas ocorridas, com maior impacto em diesel, querosene de aviação (QAV) e nafta.

Já as vendas de derivados de petróleo da Petrobras no mercado interno somaram 1,798 milhão de barris/dia no terceiro trimestre, queda de 7,6% na comparação anual, principalmente em razão do desinvestimento da refinaria Rlam, na Bahia, a segunda maior do país.

Já na comparação com o segundo trimestre, a empresa apresentou uma alta de 4,7% nas vendas de derivado no mercado interno, com elevação da comercialização de todos os produtos, principalmente diesel e gasolina.

“O aumento do mercado de diesel ocorreu em função da sazonalidade do consumo. Já o aumento do mercado de gasolina se deu por conta da queda do preço médio ao consumidor na comparação entre os períodos”, afirmou a empresa.

As vendas de diesel da Petrobras no mercado interno totalizaram 784 mil barris por dia no terceiro trimestre, queda de 9,6% na comparação anual, mas alta de 4,6% na trimestral.

Já as vendas trimestrais de gasolina da companhia no mercado interno atingiram 405 mil barris por dia, queda de 8,2% na comparação anual e aumento de 8% ante o segundo trimestre.

O fator de utilização de refinarias da Petrobras subiu para 88% no terceiro trimestre versus 85% no mesmo período do ano passado, ficando um ponto percentual abaixo do segundo trimestre.

EXPORTAÇÃO/IMPORTAÇÃO

A exportação de petróleo da estatal somou 363 mil barris dia no 3º tri, quedas de 39,9% na comparação anual e de 31,6% sobre o segundo trimestre. As vendas externas de óleo combustível e outros derivados também tiveram recuos acentuados ante 2021.

Os menores volumes de exportação de petróleo e óleo combustível são explicados por exportações que ficaram em andamento para o quarto trimestre.

“Houve aumento de cerca de 100 Mbpd de exportações em andamento entre o 2T22 e 3T22.”

As importações de petróleo tiveram alta de 18,5% na comparação anual, enquanto as de gasolina e diesel caíram 38,1% e 2,3% na mesma comparação. Em relação ao segundo trimestre, houve aumento das importações desses derivados.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

Petrobras divulgou, conforme as nossas expectativas, bons números de produção e vendas neste 3T22. No segmento de Exploração & Produção, a produção média de óleo foi de 2,115 MMbpd e em linha à nossa expectativa de 2,1 MMbpd. Destacamos ainda a manutenção da alta participação proporcional do pré-sal no mix da companhia em 76,1%.

No refino, as vendas aumentaram em função de maior demanda, enquanto a produção se manteve estável. O fator de utilização das refinarias segue elevado e atingiu 88% neste trimestre. Em Gás & Energia, a melhora hidrológica resultou em menor demanda por geração elétrica. Apesar da manutenção de menores volumes oriundos da Bolívia, uma necessidade de importação próxima à registrada no 2T22 deve manter as margens do setor no campo positivo.

De uma maneira geral, não dispomos de grandes ressalvas frente aos números apresentados por Petrobras neste 3T22 e esperamos uma boa recepção do relatório

A produção de óleo, LGN e gás natural caiu apenas 0,3% QoQ e ficou em linha às nossas expectativas. Os números foram impulsionados pelo ramp-up da FPSO Guanabara e P-68 e, negativamente, em função do início da vigência do contrato de partilha dos volumes excedentes da cessão onerosa de Atapu e Sépia e a desmobilização da FPSO Capixaba.

A geração de energia elétrica decaiu 17,1% QoQ em função da regularização da situação hídrica no país. Já a entrega de gás aumentou 2,9% QoQ em função da retomada de algumas plataformas que observaram paradas programadas executadas no 2T22, enquanto a regaseificação de GNL decaiu 28,6% QoQ. Destacamos ainda a manutenção dos 15 MM m3/dia das importações da Bolívia em função de redução unilateral executada a partir de maio. Com uma oferta de 55 MM m3/dia e uma demanda de 54 MM m3/dia, o nível de importações observado pela companhia ao longo do trimestre deve ser próximo ao do 2T22 e assim, devemos novamente observar margens positivas no segmento de G&E.

Ativa tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 46,00…

Bank of America

A Petrobras reportou volumes estáveis no terceiro trimestre, com a produção de petróleo limitada pela partilha dos campos de Atapu e Sépia e pelo descomissionamento da plataforma Capixaba, de acordo com o Bank of America (BofA), em relatório.

Os analistas Frank McGann e Leonardo Marcondes escrevem que esses efeitos negativos foram compensados pela aceleração na plataforma Guanabara, um trimestre completo de alta produção na P-68 nos campos de Berbigão e Sururu, e o menor nível de paradas para manutenção. Eles destacaram que a Petrobras reforçou sua meta de produção para 2022.

No setor de refino, os volumes cresceram em base trimestral apoiados por resultados sazonais fortes, dizem os analistas, com aumento no diesel devido à demanda agroindustrial e industrial, e no mercado de gasolina, com preços mais baixos. Por fim, a geração de eletricidade caiu com o menor despacho de usinas térmicas, também afetando as vendas de gás natural e GNL.

“Embora a Petrobras tenha muitos aspectos positivos, incluindo um forte fluxo de caixa livre e rendimento de dividendos, as incertezas potenciais relacionadas à alocação de capital da empresa após o segundo turno das eleições presidenciais do Brasil no próximo domingo podem limitar o potencial de alta.”

Bank of America tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo de US$ 16,50 para os recibos de ações (ADRs), potencial de alta de 16% ante o valor negociado no momento na Bolsa de Nova York.

BTG Pactual

Os resultados de produção e vendas da Petrobras no terceiro trimestre não mostraram surpresa, com os dados já esperados pelo mercado, diz o BTG Pactual. A boa notícia é que novos projetos, como as plataformas P-68 e Guanabara, estão aumentando produção mais rápido que o esperado.

Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte escrevem que as vendas caíram 7% sobre o segundo trimestre, com menores volumes de exportação, o que mitigou o mercado doméstico aquecido no período. As importações de gasolina e diesel quase dobraram sobre o segundo trimestre.

Com os números de produção, o banco estima que as receitas da Petrobras no segundo trimestre devem chegar a R$ 166 bilhões, Ebitda de R$ 49,6 bilhões e lucro líquido de R$ 49,6 bilhões. Com a alavancagem abaixo de 1 vez a dívida líquida sobre o Ebitda, calculam dividendos de US$ 6,5 bilhões, rendimento de 8%.

A proximidade com o segundo turno das eleições presidenciais aumenta a volatilidade em torno dos papéis da Petrobras, com a falta de visibilidade sobre seu plano estratégico e de pagamento de dividendos prejudicando a avaliação por parte dos investidores.

BTG Pactual tem recomendação neutra com preço-alvo em US$ 15 para os recibos de ação negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).

Citi

A produção total da Petrobras de 2,64 milhões de barris equivalentes de petróleo por dia vieram em linha com as estimativas, diz o Citi. O banco destaca que os números foram impactados pelo acordo de partilha de produção de Atapu e Sépia, além de manutenção na plataforma Capixaba e declínio de campos maduros.

Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie escrevem que uma melhora na produção nas plataformas Guanabara e P-68, além de menores volumes perdidos de manutenção, mitigaram parcialmente os efeitos negativos da produção da companhia.

Em refino, o banco chama atenção para queda na taxa de utilização a 88% na comparação trimestral, mas alta de 3% em um ano. Por conta dessa leve retração, o volume refinado caiu, mas as vendas de destilados subiram, com melhores vendas de diesel e gasolina, como ponto positivo.

Citi tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 33,8% sobre o fechamento de ontem.

Credit Suisse

A produção da Petrobras no terceiro trimestre vieram dentro do esperado, mas a companhia apresentou leve crescimento nos estoques, indicando que a empresa vendeu menos do que produziu ou importou, diz o Credit Suisse.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que apesar do crescimento de 98 mil barris de petróleo equivalente por dia nos estoques, os resultados financeiros da Petrobras devem ser positivos.

O banco calcula que o Ebitda no trimestre será de US$ 17,5 bilhões, alta de 46% na comparação anual, ainda sustentado pelos preços do petróleo internacional. Com isso, no ano o Ebitda deve ficar em US$ 67,5 bilhões.

A companhia deve gerar US$ 9 bilhões em fluxo de caixa no livre no terceiro trimestre, com a Petrobras anunciando dividendos entre US$ 6 bilhões a US$ 9 bilhões para o período, um rendimento de 7% a 10% sobre as ações.

A produção de 2,1 milhões de barris por dia no terceiro trimestre ficou estável na comparação anual e foi impactada pelo acordo de partilha de produção de Atapu e Sépia e pelo descomissionamento da plataforma Capixaba.

Credit Suisse tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 16 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).

Goldman Sachs

Os números de produção da Petrobras vieram em linha com as estimativas, com a queda de 7% em base anual refletindo o início do acordo de partilha de produção para o excedente de volumes dos campos de Atapu e Sépia em maio de 2022, levando a uma menor participação da empresa nesses campos, diz o Goldman Sachs.

Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins destacam, em relatório, que a Petrobras reiterou sua expectativa de atingir a meta de produção para 2022, como resultado do bom desempenho observado no trimestre.

No segmento de refino, o volume de vendas no mercado interno cresceu em base trimestral, impulsionado principalmente por diesel, com a sazonalidade da demanda, e por gasolina, o preço médio ao consumidor mais baixo da após a redução dos impostos, escrevem os analistas.

Segundo eles, os principais riscos para a tese de investimento da Petrobras incluem preços do Brent abaixo do esperado, valorização do real, produção abaixo do esperado e intervenção do governo no preço dos combustíveis.

Goldman Sachs tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo de US$ 13 para os recibos de ações (ADRs).

Itaú BBA

O Itaú BBA avalia que o bom desempenho em novos ativos da Petrobras foi suficiente para compensar a menor produção da companhia no terceiro trimestre de 2022, de acordo com o relatório de produção divulgado ontem à noite.

A queda foi causada pela redução da participação da petrolífera em Atapu e Sépia e pelo descomissionamento e desmobilização da unidade flutuante de produção (FPSO) Capixaba, resultado compensado pela FPSO Guanabara e pela produção da P-68.

“Diante desse bom desempenho, a empresa reafirmou sua expectativa de atingir o guidance de produção para o ano”, destaca a analista Monique Greco, que assina o relatório do Itaú. A taxa de utilização média de 88% nas refinarias também veio em linha com o nível do trimestre imediatamente anterior.

“Apesar das paradas programadas para manutenção de 43 dias na Replan e 33 dias na Regap, a empresa conseguiu manter a taxa de utilização e o rendimento de gasolina e destilados médios em linha com os resultados do segundo trimestre”, diz a analista.

Já as vendas de derivados de petróleo no terceiro trimestre foram 4,7% superiores em relação ao trimestre anterior, com maiores vendas de todos os produtos, principalmente diesel e gasolina.

Para o diesel, o aumento trimestral pode ser atribuído, em grande parte, à sazonalidade da demanda – plantio da safra de grãos de verão e aumento da atividade industrial –, enquanto o aumento do mercado de gasolina foi explicado pela queda do preço médio ao consumidor após a redução de impostos, avalia o banco.

Itaú BBA tem recomendação neutra para as ações PNA e para os ADRs da Petrobras, com preços-alvo de R$ 38 e US$ 14,50.

informações Infomoney

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