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Weg (WEGE3): lucro líquido de R$ 1,16 bilhão no 3T22, alta de 42,5%

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A fabricante de equipamentos elétricos Weg reportou lucro líquido de R$ 1,16 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 42,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A margem líquida atingiu 14,6%, 1,5 ponto percentual superior ao 3T21 e 1,9 ponto percentual superior ao 2T22.

A receita líquida da empresa saltou 27,6% no comparativo anual, para atuais R$ 7,91 bilhões. Em relação ao trimestre anterior, a alta foi de 10%.

A receita do mercado externo, medida em dólares norte-americanos (US$) pelas cotações trimestrais médias, apresentou crescimento de 21,3% em relação ao 3T21 e crescimento de 5,3% em relação ao 2T22.  A receita do mercado externo em reais foi pouco impactada pela variação do dólar norte-americano médio, que passou de R$ 5,23 no 3T21 para R$ 5,24 no 3T22, uma valorização de 0,2% em relação ao real, destacou.

O forte crescimento das receitas no Brasil foi resultado tanto das atividades industriais, quanto do segmento de Geração, Transmissão & Distribuição (GTD). A boa demanda da indústria local foi motivada principalmente pelos negócios relacionados à commodities globais, como os segmentos da agroindústria, mineração, papel & celulose e óleo & gás. Já em GTD, o crescimento foi impulsionado pelos projetos de geração eólica e de Transmissão & Distribuição (T&D), assim como a continuação do bom desempenho do negócio de geração solar.

No mercado externo, a demanda de equipamentos industriais para segmentos importantes como óleo & gás, mineração e água & saneamento continuou aquecida, fruto de boa disponibilidade de produtos e capacidade de atender as necessidades dos clientes globalmente. Apresentamos mais um trimestre de forte crescimento das receitas em moedas locais em relação ao mesmo período do ano anterior nos principais mercados de atuação.

Os bons resultados apresentados neste trimestre são consequência da procura consistente por nossos produtos nos mercados onde atuamos. Fatores chaves no modelo de negócio da Companhia fizeram a diferença, como a busca constante de eficiência operacional, visão de longo prazo, flexibilidade financeira e diversificação de produtos e soluções. Fatores estes que nos permitiram usufruir de uma maior disponibilidade de produtos e aproveitar oportunidades de crescimento de receita com ganho de participação de mercado nas principais regiões onde atuamos.

Por outro lado, o cenário macroeconômico global continua desafiador. A boa carteira de pedidos de ciclo longo construída até o momento, aliada a dinâmica de nossos negócios, são aspectos positivos neste cenário, porém, é importante estarmos atentos aos riscos e incertezas político-econômicas e seus possíveis impactos, especialmente na demanda pelos equipamentos industriais de ciclo curto.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – atingiu R$ 1,56 bilhão, em alta de 37% no comparativo com igual período no ano anterior e cerca de 25% no comparativo com o trimestre anterior.

Além disso, a Margem Ebitda da Weg no 3T22 foi de 19,8%, 1,3 ponto percentual maior do que no 3T21 e 2,3 pontos percentuais maior do que o trimestre anterior.

As despesas de vendas, gerais e administrativas consolidadas totalizaram R$ 793 milhões no 3T22, um aumento de 19,5% sobre o 3T21 e um aumento de 10,0% sobre o 2T22. Quando analisadas em relação à receita operacional líquida, elas representaram 10,0%, 0,7 ponto percentual menor em relação ao 3T21 e em linha com o valor apresentado no 2T22.

As atividades operacionais apresentaram geração de caixa de R$ 1.162,1 milhões nos nove primeiros meses de 2022, resultado do crescimento da receita e da melhora das nossas margens operacionais, apesar da maior necessidade de capital de giro, notadamente em relação ao aumento dos estoques da Companhia. Este movimento fez-se necessário em virtude do aumento das vendas e do cenário de incertezas na cadeia global de suprimentos.

retorno sobre capital investido (ROIC, na sigla em inglês) do 3T22, acumulado nos últimos 12 meses, atingiu 27,9%, uma redução de 3,4 pontos percentuais em relação ao 3T21 e crescimento de 1,0 ponto percentual em relação ao 2T22. O crescimento do capital empregado, explicado principalmente pela maior necessidade de capital de giro, e o maior CAPEX no período, foram os principais fatores para a redução do ROIC, apesar do crescimento do Lucro Operacional após os Impostos (NOPAT(4)) ao longo dos últimos 12 meses.

Segmento de equipamentos eletroeletrônicos

No mercado interno, a atividade industrial continuou positiva, superando a expectativa do início do ano. Produtos de ciclo curto, como motores elétricos, redutores e equipamentos seriados de automação, mantiveram boa demanda, com destaque nos segmentos da agroindústria e mineração. ▪ Nos equipamentos de ciclo longo, as vendas de painéis de automação e motores de alta tensão industriais, destinados a importantes projetos nos segmentos de papel & celulose e óleo & gás, foram os destaques.

No mercado externo, os principais segmentos de mercado, como óleo & gás, mineração e água & saneamento continuaram contribuindo para o bom desempenho da receita. Equipamentos de ciclo curto, como motores elétricos de baixa tensão, apresentaram boa demanda e ótima aceitação na maioria dos mercados onde atuamos. Apesar de oscilações na entrada de pedidos observadas durante o trimestre, notadamente em alguns países europeus, continuamos com uma boa carteira de pedidos para o restante do ano.

Segmento de geração, transmissão e distribuição de energia

No mercado interno, o crescimento em todos os negócios neste trimestre, com destaque à excelente contribuição da área de geração de energia, com a continuidade do crescimento do negócio de geração solar distribuída (GD), entrega de novos aerogeradores e incremento no faturamento de alternadores e geração térmica no Brasil. No negócio de T&D, observamos outro trimestre de resultados impulsionados pelas entregas de transformadores de grande porte e subestações para projetos ligados aos leilões de transmissão e projetos de redes de distribuição.

No mercado externo, as receitas novamente apresentaram oscilações, típicas dos negócios de ciclo longo, especialmente após entregas de projetos importantes de T&D na Colômbia e África do Sul, e de turbinas a vapor na Europa ao longo de 2021.

Na América do Norte, avançamos com o processo de utilização da capacidade da nova fábrica de transformadores nos EUA, aproveitando as oportunidades presentes neste mercado, especialmente na venda de transformadores para parques de geração de energia renovável (eólica e solar).

 Segmento de motores comerciais e appliance

No mercado interno, a Weg continuou a observar a melhora da entrada de pedidos em motores para uso doméstico, retornando aos patamares anteriores à pandemia, após a acomodação do mercado devido ao forte volume de vendas no mesmo período do ano anterior. Importante destacar o crescimento da receita em relação ao 2T22, com destaque para a melhora da demanda nos comerciais, como bombas d’água e máquinas de lavar roupas.

No mercado externo, a companhia observou crescimento da demanda em todas as regiões onde atuamos, com destaque para a continuidade de ganho de participação de mercado na América do Norte e o bom desempenho das operações na Argentina e China.

Tintas e vernizes

No mercado interno, com a boa atividade nos segmentos de atuação no Brasil, esta área de negócio também se manteve aquecida, com demanda robusta nos segmentos de agronegócio e infraestrutura.

No mercado externo, as exportações do Brasil para países da América Latina e as vendas realizadas pelas nossas operações no exterior, contribuíram para o crescimento deste trimestre.

Os investimentos (capex) da WEG foram de R$ 326,7 milhões em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares, sendo 50% destinados às unidades produtivas no Brasil e 50% destinados aos parques industriais e demais instalações no exterior.

O duration total do endividamento era de 13,9 meses em setembro 2022 (12,2 meses em dezembro de 2021).

Os resultados da Weg (BOV:WEGE3) referentes suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 26/10/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A Weg mostrou perspectivas positivas para os negócios no curto e longo prazo, com melhora das margens e recomposição de preços de ciclo longo e curto, devido a melhorias operacionais e menor pressão dos custos de materiais, o que deve contribuir para a boa rentabilidade no ano.

A companhia prevê que a demanda positiva e carteira de ciclo longo sinalizam continuidade do crescimento de receita no Brasil e exterior.

Por outro lado, a incerteza em relação ao cenário macroeconômico global é o principal ponto de atenção da companhia para 2023. A Europa responde por 14 a 15% da receita da empresa, com operações na Áustria, Alemanha e Itália.

“Boa parte do que produzimos no Brasil abastece a Europa. Em tese, podemos ter alguma vantagem para produzir na região, conseguimos transferir produção, mas é preciso avaliar caso a caso”, disse André Salgueiro, diretor de relações com investidores da Weg, na teleconferência de resultados do terceiro trimestre, realizada na manhã desta quinta-feira, em relação à crise de energia devido ao conflito na Ucrânia.

“Precisamos esperar para ver o que acontece com a questão da crise na Europa para dar uma previsão mais precisa”, acrescentou o executivo.

A companhia disse que houve estabilização de custo de materiais ao longo do segundo trimestre, com melhoria de margens das exportações devido ao cenário cambial que favoreceu o real. A empresa disse que continua com programas de redução de custos e melhoria de processos administrativos, o que também favoreceu os resultados e compensou aumento do preço de fretes.

A análise de margem da Weg tem foco em longo prazo, considerando o que acontece ao longo do ano. “Nesse sentido, avaliamos que as margens estão acima das expectativas. Esperamos que no ano, as margens devem encerrar melhores do que projetamos, devido a melhora dos custos”, comentou o diretor executivo da Weg.

No terceiro trimestre, a Weg registrou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, 26,8% acima do apurado no mesmo intervalo de 2021, receita líquida de R$ 7,9 bilhões, alta de 27,6% e ebitda de R$ 1,6 bilhão, 37,1% acima da mesma base de comparação.

A margem líquida foi 1,9 ponto percentual maior no 3T22, de 14,6%, enquanto a margem ebitda foi de 19,8%, 1,3 pp maior do que no 3T21 e 2,3 pp maior do que o trimestre anterior. No acumulado do ano, a margem líquida caiu 2,1 pp para 13,8% e a margem ebitda caiu 2,44 pp, para 20,9%.

SEGMENTOS

Por segmentos, a empresa espera ter crescimento mais moderado em GTD na comparação com o visto nos últimos três anos. Em solar, a empresa espera ter crescimento menor que nos últimos anos nesse segmento, que cresceu bastante em 2022.

A normalização de fatores que favoreceram a exportação em 2022 deve fazer com que esse movimento enfraqueça também, disseram os executivos.

EXTERIOR

Na América do Norte, a companhia vê boas perspectivas com entrada no fornecimento às companhias de utilities locais e sinergias com a unidade da empresa no México, com boas oportunidades de negócios.

A empresa disse que a operação na India também vem registrando melhorias com crescimento de projetos em carteira e entrada em novos mercados, com avanço da fase de ramp-up da fábrica.

A empresa também está certificando uma turbina para projetos de energia eólica na Índia e espera começar a buscar clientes assim que o processo for concluído, até o ano que vem. Com isso, a entrada de pedidos no segmento deve acontecer somente no fim de 2023.

INVESTIMENTOS

De forma geral, todas as unidades tem investimentos programados no Brasil e no México, em T&D. Outros serão anunciados na divulgação dos resultados do quarto trimestre, disse a diretoria da empresa.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

A WEG divulgou resultados operacionais fortes no terceiro trimestre, acima das estimativas mais otimistas, com crescimento da margem impulsionado pela estabilização dos custos das matérias-primas e pela continuidade dos programas de redução de custos, diz o Credit Suisse, em relatório.

O Ebitda da WEG de R$ 1,57 bilhão ficou 14% acima das estimativas do banco, com uma margem Ebitda acima do esperado e receitas ligeiramente mais fortes, escrevem os analistas Regis Cardoso, Marcelo Gumiero e Henrique Simões. O lucro líquido também superou as projeções.

Eles destacam a posição de caixa forte da WEG no trimestre, bem como o desempenho da divisão de equipamentos eletroeletrônicos industriais, com crescimento na receita refletindo a demanda forte no mercado interno e boa carteira de pedidos no externo, incluindo Europa.

Além disso, dizem os analistas, a WEG tem oportunidades em eficiência energética, na medida em que a atual crise energética na Europa, com altos preços do gás e contas de energia, levou empresas e investidores a buscarem alternativas.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 41,00…

Citi

A WEG apresentou um crescimento de receita forte e de alta qualidade no terceiro trimestre, superando as projeções em 9%, com destaques para a demanda positiva no mercado interno, além de uma grande melhora na margem, avalia o Citi, em relatório.

Os analistas Andre Mazini e Renata Cabral escrevem que o mercado interno foi impulsionado mais uma vez pela dinâmica de geração, transmissão e distribuição de energia, enquanto a WEG também apresentou crescimento razoável nos mercados externos, em especial na América do Norte, com câmbio estável no trimestre.

Além disso, a margem Ebitda teve uma grande melhora atingindo 19,8%, o que é notável em um período de mudança no mix da empresa para renováveis de menor margem, dizem os analistas. Segundo eles, a margem Ebitda superou as estimativas em 2,12 pontos percentuais devido aos efeitos positivos da redução de custos de materiais e ganhos de produtividade.

“A inflação de custos mais baixa em matérias-primas contra a melhoria dos preços da carteira de pedidos e os ganhos de participação de mercado podem fazer com que a WEG supere o consenso”, escrevem os analistas, acrescentando que a WEG está negociando com desconto ante seus níveis históricos.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00.

Goldman Sachs

Após os resultados do 3T22 da WEG, os analistas da Goldman Sachs esperam uma reação positiva do mercado, em vista dos principais números terem batido o consenso. Um exemplo é o aumento do Ebitda que é “explicado principalmente pela estabilização de custos de suas principais matérias-primas, aliada a programas de redução de custos e melhorias de processos”.

Mas há riscos: “os principais incluem crescimento econômico diferente do esperado, mudanças nas taxas de juros, risco de variação cambial, exposição a commodities metálicas e risco de tarifas de importação”.

Goldman Sachs tem recomendação de venda com preço-alvo de R$ 31,00.

 

Itaú BBA

Os resultados da WEG do terceiro trimestre superaram as expectativas mais otimistas, com receita, margem Ebitda e retorno sobre capital investido mais fortes do que o previsto, podendo levar a revisão para cima nas projeções, avalia o Itaú BBA, em relatório.

Os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Cappistrano escrevem que a WEG não enfrentou fatores contrários do potencial cenário macroeconômico global mais desafiador.

Segundo eles, os equipamentos industriais foram destaque no mercado interno, com receitas crescendo 11% acima das estimativas devido à demanda robusta por equipamentos de ciclo curto dos segmentos de agronegócio e mineração, enquanto o desempenho nos mercados externos veio dentro do previsto.

Já a rentabilidade foi boa, escrevem os analistas, com margem bruta atingindo 30,6%, acima as estimativas e uma melhora robusta em base anual e trimestral, com retorno sobre capital investido de 27,9%, apesar de um aumento de 44% nos investimentos no trimestre. “Permanecemos otimista sobre o nome e vemos espaço para revisar nossas estimativas para cima.”

Itaú BBA tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 40,00…

XP Investimentos

“Vemos os resultados do terceiro trimestre reforçando a WEG como um raro alinhamento de crescimento e retornos, com aumento sequencial de receita e recuperação de margens como surpresas bem-vindas”, defendem os analistas Lucas Laghi e Pedro Bruno, da XP Investimentos.

A receita líquida da companhia foi de R$ 7,9 bilhões, alta de 27,6% no ano e superando o consenso Refinitiv, que projetava um faturamento de R$ 7,39 bilhões. O lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,56 bilhão, alta de 37,1% na base anual e em linha com as projeções. O lucro líquido, de R$ 1,16 bilhão, por fim, subiu 42,5% frente ao mesmo período de 2021 e ficou 18,5% acima da expectativa.

Os especialistas da corretora destacam que a WEG teve seu desempenho doméstico crescendo 34% na base anual, “refletindo a demanda sustentada da indústria local, especialmente em setores relacionados a commodities”.

Além disso, chamam a atenção, ainda no Brasil, também para a performance do setor de geração, transmissão e distribuição (GTD), com alta de 47% na mesma comparação, que se deu principalmente pelo avanço de projetos de energia solar e eólica.

Os mercados externos, por sua vez, cresceram 22% frente a 2021. “O faturamento foi impulsionado por um desempenho positivo de produtos relacionados a commodities, com sólido desempenho na América do Norte e depreciação do real compensando a piora das condições na Europa”, explicam Lahgi e Bruno.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Suno, Estadão, Reuters

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