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CSN Mineração (CMIN3): lucro líquido de R$ 514 milhões no 3T22, queda de 37,7%

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A CSN Mineração teve lucro líquido de R$ 514,057 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 37,7% ante o lucro líquido de R$ 804,063 milhões em igual período de 2021.

O lucro foi impactado principalmente pelo menor impacto da variação cambial verificado no período que acabou por compensar a melhora operacional do trimestre, segundo a companhia.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação – ajustado avançou 2% no entre julho e setembro na base anual, chegando a R$ 926 milhões. A margem Ebitda ajustado ficou em 36,9%, 4,2 pontos porcentuais abaixo do registrado um ano antes.

A receita líquida totalizou R$ 2,509 bilhões e foi 3% inferior à registrada no trimestre passado, ainda como resultado de uma menor realização de preço que acabou por compensar o maior volume de vendas apresentado no período.

A produção de minério de ferro somou 9.611 mil toneladas no 3T22, o que representa um aumento de 15,8% em relação ao 2T22, como resultado do aumento na performance dos projetos integrados à Planta Central e do menor volume pluviométrico, que permitiu uma melhora da produção e eficiência nas minas.

O volume de vendas atingiu 9.095 mil toneladas no 3T22, um desempenho 20,1% superior ao trimestre anterior como consequência do maior volume produzido e do período mais seco observado ao longo do trimestre, possibilitando um aumento nos embarques portuários. Para contextualizar essa performance, o volume de vendas para o mercado externo foi 19% superior ao do trimestre passado.

O custo dos produtos vendidos da mineração totalizou R$ 1.778 milhões no 3T22, uma diminuição de 3,1% frente ao trimestre anterior, como resultado do melhor mix de produtos, dos menores custos de transportes ferroviários e portuários, além da redução na demurrage.

O Custo C1 foi de USD 19,4/t no 3T22, 20,1% inferior quando comparado com o 2T22, refletindo não apenas os menores custos logísticos e de movimentação na mina, mas também a maior diluição do custo fixo devido ao aumento do volume produzido.

O lucro bruto foi de R$ 731 milhões, 2,7% inferior ao registrado no 2T22 e com uma margem bruta de 29,1%, idêntica à verificada no trimestre anterior. Esse resultado é consequência da diminuição do preço do minério de ferro no período que acabou por compensar o aumento do volume de vendas e redução de custos.

O Fluxo de Caixa Ajustado atingiu R$ 522 milhões no 3T22, um resultado sólido que reforça a capacidade da Companhia em gerar caixa mesmo em períodos de queda no preço do minério de ferro.

Em 30/09/2022, a CSN Mineração possuía um caixa de R$ 9,7 bilhões e um caixa líquido de R$ 1,2 bilhão, o que corresponde a uma elevação de aproximadamente R$ 550 milhões em relação ao trimestre anterior, como consequência, principalmente, da geração de caixa observada no período. Por sua vez, o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA ficou em -0,23x.

A CSN Mineração investiu R$ 296 milhões no 3T22, especialmente em sobressalentes, projetos da P-15 e filtragem de rejeitos. Neste trimestre, verificou-se uma diminuição no ritmo de investimentos em razão do atraso na entrega de pedidos para os projetos de expansão, efeito este que deve ser revertido no início de 2023.

Os resultados da CSN Mineração (BOV:CMIN3) referentes suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 31/10/2022. Confira o Press Release completo!

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Para o BBI, assim como a Vale, a CSN Mineração reportou resultados abaixo do esperado para o 3T22 devido aos custos mais altos. O Ebitda somou R$ 926 milhões, 6% abaixo da projeção do banco, crescendo 2% no trimestre e 2% em um ano.

Já o desempenho de volume mais forte era esperado à medida que os ventos contrários da produção de materiais registrados no primeiro semestre diminuíram.

Os números foram impactados pelo preço do minério que atingiu uma média US$ 103,30 a tonelada no mercado internacional, 25% inferior ao 2T22 e pelas provisões de preços de trimestres passados que afetaram o resultado em R$ 564 milhões, fazendo o preço médio do minério da CSN atingir US$ 57 a tonelada. O volume vendido foi positivamente impactado pela sazonalidade do trimestre, atingindo 9,0 milhões de toneladas, um crescimento de 20% no trimestre e 11% no ano.

Assim como a sua controladora, a CSN Mineração atualizou (de novo) seu guidance de produção, para 34 milhões de toneladas em 2022 (de 36 a 38 milhões anteriormente), implicando uma produção de 9,6 milhões de toneladas para o quarto trimestre.

“Assim, mantemos a recomendação apenas neutra para CMIN3 e seguimos com a nossa preferência por VALE3 entre os nomes ligados ao minério de ferro neste momento”, afirma o banco.

Após as teleconferências com o mercado, o BBI reiterou recomendação neutra para ambas as ações. “A CSN manteve uma visão geral construtiva em seus negócios, sustentada por volumes ainda saudáveis e custos saindo das máximas (tanto por conta de menores preços de matérias-primas quanto por iniciativas internas). Ao mesmo tempo, a empresa reconheceu um cenário macroeconômico mais incerto e preços mais baixos das commodities. Assim, a empresa disse que está reavaliando priorizar projetos de crescimento, enquanto segue de olho em oportunidades de fusões e aquisições”, avaliam os analistas.

Eleven 

A Eleven aponta que a companhia divulgou mais um fraco resultado operacional decorrente da redução do preço do minério, mas que já era esperado. Porém houve avanços nos volumes vendidos e na redução dos custos operacionais e logísticos.

O custo C1, ou custo de produção dos finos de minério de ferro da mina ao porto, foi 20,1% inferior ao 2T22 e atingiu US$ 19,40 a tonelada, como consequência dos menores custos logísticos na mina e diluição do custo fixo com o maior volume
produzido. O frete marítimo também apresentou uma redução significativa de 21% sobre o 2T22, atingindo US$ 24,10 a tonelada devido à normalização do mercado logístico transoceânico e menor pressão no custo de combustível.

A Eleven ressalta que a companhia está com uma posição de caixa bastante confortável de R$ 1,2 bilhão. Isto permite condições favoráveis para o prosseguimento de seus investimentos em ampliação de capacidade.

“Esperamos, que com uma menor volatilidade nos preços do minério no quarto trimestre, as provisões referentes aos preços possam ser reduzidas, o que pode ter impacto positivo nos resultados da companhia. Estamos com o preço alvo sob revisão para ajustar o forte declínio de preço do minério, assim como os planos da companhia para seus projetos de crescimento, que acreditamos que podem ser menores devido a deterioração do mercado”, aponta.

Goldman Sachs 

Contudo, em relatório, o Goldman Sachs apontou ter uma preferência relativa por CSN (com recomendação neutra) versus CMIN3 (com classificação de venda), levando em conta o cenário macro de preferência por aço versus minério de ferro, mas também por maior diversificação de lucros em um cenário incerto.

“Nossa equipe de commodities espera que os preços do minério de ferro continuem sob pressão e atinjam US$ 70 a tonelada nos próximos 3 meses (spot em US$ 78 a tonelada)”, avalia.

XP Investimentos

Segundo a XP, a empresa apresentou números fracos no 3T22, com o EBITDA abaixo das estimativas.

“A diferença para nossas estimativas ocorreu principalmente como resultado de SG&A e custos acima do esperado. O guidance de produção para 2022 foi novamente revisada para baixo para 34kt (vs 36-38kt), o que em nossa opinião é uma notícia negativa. A CMIN3 tem apresentado resultados decepcionantes, devido a uma mistura de produção mais baixa aliada a custos mais altos”, diz a casa.

“Após esses resultados, as ações tiveram um desempenho muito abaixo de seus pares. Mas negociando a 3x EV/EBITDA 2023E, mantemos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$7,80/ação), mas reconhecemos a dificuldade de um catalisador de curto prazo para um re-rating além de uma melhoria na demanda chinesa”, ressalta a XP sobre a CSN Mineração.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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