O Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) começará a oferecer, a partir do segundo trimestre de 2023, um novo serviço de custódia ativos digitais, comunicou o banco nesta quinta-feira (17).
O anúncio ocorre em momento de crise de confiança no setor cripto após a falência da FTX, que reverbera entre empresas do ramo e atinge a Gemini, responsável pela custódia dos ativos do ETF BITI11, lançado pelo Itaú na semana passada.
O novo serviço de custódia do Itaú será aberto primeiro para ativos digitais do próprio banco, com expectativa de expansão posterior para clientes corporativos e institucionais na modalidade “as a service”, disse o Itaú em nota.
“Trazemos a expertise do modelo tradicional somada à tecnologia blockchain com todos os protocolos de segurança para proteger, gerenciar e manter a guarda de criptomoedas e tokens”, explica Eric Altafim, diretor de Mesas e Produtos do Itaú Unibanco.
Segundo Altafim, a custódia é fundamental no setor de criptoativos por se tratar de algo muito novo, de modo que é importante garantir segurança para os investidores. Segundo o executivo, o mercado de capitais no Brasil vai ter uma forte transformação rumo à adoção de valores mobiliários tokenizados (com representação digital em blockchain) por conta da ampla redução de custos e simplificação de operações.
À Reuters o executivo disse ainda que, pela alta procura, inclusive de estrangeiros, já há planos para expandir o serviço de custódia para clientes de fora do país.
O serviço será ofertado no âmbito do Itaú Digital Assets, novo braço do banco com foco no mundo da tokenização, lançado em junho, que passa a ser chefiado por José Augusto Antunes, com passagens por Abn Amro, B3 e Safra, além das empresas especializadas em cripto 2TM, controladora do Mercado Bitcoin, e a corretora Crypto.com.
Desde a abertura da nova unidade, há seis meses, a instituição já aventava a possibilidade de entrar no ramo de custódia, com a expectativa de que o marco legal dos criptoativos fosse aprovado ainda em 2022.
O Projeto de Lei que busca criar o guarda-chuva regulatório do setor segue parado na Câmara dos Deputados, mas entidades nacionais que atuam em cripto, inclusive o Itaú, esperam que o texto seja votado ainda neste ano.
Com informações de InfoMoney