A Vale recebeu ofertas não vinculantes de potenciais sócios para seu negócio de níquel e cobre.
O objetivo, divulgado dois meses atrás, é vender 10% do negócio e fechar a operação em meados do ano que vem. A mineradora (BOV:VALE3) quer separar o negócio de metais básicos do restante da companhia.
A nova empresa, que não tem nome nem sede definidos, terá governança e gestão independentes.
“Temos oportunidade de criar uma companhia especial, que vai criar muito valor para nossos acionistas”, disse o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, ao Valor.
VISÃO DO MERCADO
Goldman Sachs
O Goldman Sachs cortou o preço-alvo dos recibos de ação (ADRs) de Vale negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 12,50 para US$ 12, potencial de alta de 25,8% sobre o fechamento de ontem, reiterando recomendação neutra.
Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques cortaram estimativas de Ebitda da mineradora em 2% a 7% entre 2023 e 2024 com menor perspectiva de produção e maiores custos e despesas apresentadas pela empresa em suas novas metas.
“Mantemos nossa visão cautelosa, acreditando que a empresa está bem precificada sobre as perspectivas de commodities nos próximos anos e desconto sobre pares globais acima da média histórica”, comentam.
O banco nota que a empresa apresentou uma estratégia focada em geração de valor via minério de ferro de maior qualidade, deixando quantidade de lado, e por maiores volumes e eficiência nas operações de níquel e cobre.
“De acordo com a empresa, isso a beneficiaria de tendências como descarbonização na produção de aço e transição energética”, comentam. Maiores preços estruturais do minério também ajudam a Vale na busca por melhor qualidade de produtos.
Informações BDM