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Americanas encerra contratos com 50 prestadores de serviço na área de tecnologia da informação em SP, RJ e Porto Alegre

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A Americanas encerrou contratos com 50 prestadores de serviço na área de tecnologia da informação em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, de acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah. Os cortes acontecem em meio à crise financeira da varejista, em recuperação judicial desde 20 de janeiro, com dívida de R$ 43 bilhões.

Até o momento, não há relatos de funcionários demitidos na Americanas, de acordo com os sindicatos do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os salários dos empregados referentes ao mês de janeiro estão sendo pagos em dia, segundo o presidente da UGT.

Procurada, a Americanas (BOV:AMER3) confirmou o corte de terceirizados. “A Americanas informa que não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários. A companhia apenas interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados”, informou, em nota.

Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que as demissões em massa são inevitáveis para a reestruturação da companhia. A própria empresa sinalizou sobre a possibilidade cortes no comunicado enviado aos empregados, logo após a entrada do pedido de recuperação judicial.

No comunicado, a empresa esclarece que neste momento está focada na manutenção das operações. Em seguida, acrescenta que “um plano estratégico de otimização dos recursos está em andamento para que decisões que garantam a sustentabilidade da companhia tenham efeitos em curto prazo”. No entanto, pondera que “em processos como esse, é comum que haja reestruturação”.

A varejista tem 45 mil funcionários, mas o número chega 100 mil quando considerados funcionários diretos e indiretos da empresa.

Portanto, os cortes de contratos de terceirizados podem levar a um efeito dominó no mercado de trabalho. Fornecedores no Rio de Janeiro já iniciaram demissões de funcionários por causa da crise na Americanas.

Como a varejista deu entrada no processo de recuperação judicial antes de enxugar os quadros de pessoal, os passivos trabalhistas gerados agora não poderão ser incluídos no plano de pagamento dos credores, que devem ser submetidos a prazo de pagamento mais dilatado e com possível deságio.

Entretanto, a empresa pode propor medidas drásticas para se capitalizar no plano de recuperação, como o fechamento de lojas e demissões. Recentemente, a companhia fechou uma loja na Penha, zona Leste da capital paulista, como parte de uma redução de custos que já era planejada desde o ano passado.

Suspeita de fraude

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que “é possível” que os controladores da Americanas “se locupletaram” da fraude bilionária na companhia. Segundo ele, ninguém demonstrou preocupação com os milhares de trabalhadores, apenas com eventuais perdas do setor financeiro.

“É possível que os controladores da Americanas se locupletaram no caso, mas os minoritários, possivelmente, estão na mesma situação dos trabalhadores. Não posso afirmar que houve fraude, mas que tem cheiro, tem cheiro”, declarou.

Segundo Marinho, se houve fraude na Americanas, o governo acionará os responsáveis para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas. “Não vi ninguém preocupado com os trabalhadores no caso da Americanas, só com sistema financeiro.”

Segundo Patah, que se reuniu ontem em Brasília com o governo para tratar do caso, o ministro do Trabalho está preocupado com os desdobramentos da crise e vai convocar os responsáveis pela empresa para discutir a questão, junto com governo e representantes do sindicato de trabalhadores.

Manifestações

As centrais sindicais e confederações – CNTC, CUT, Contracs-CUT, CTB, UGT, NCST-SP, Força Sindical e CSB – convocaram uma manifestação para a próxima sexta-feira, dia 3, na Cinelâdia, no centro do Rio de Janeiro, na frente de uma grande loja da varejista. A intenção é sensibilizar a população sobre o risco de cortes no emprego que provavelmente deverão ocorrer em razão da reestruturação.

“É um ato político, queremos a manutenção dos empregos e das lojas e que o consumidor continue comprando”, disse Patah. Após a manifestação, sindicalistas têm reunião marcada com a direção da empresa, no Rio.

Para a próxima semana, as centrais planejam outro ato em São Paulo, na frente do centro de distribuição da companhia, localizado em Osasco (SP). O evento ainda não tem data. São Paulo tem maior peso entre os Estados nas unidades da empresa.

Informações Broadcast

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