O dólar fechou em baixa moderada, depois de romper o piso dos R$ 5 pela manhã, diante das decisões opostas dos BCs americano e brasileiro, o que tornou o “carry trade” ainda mais atraente para os investidores estrangeiros.
Lá fora, Powell e sua turma destacaram que, pela primeira vez, a inflação deu uma trégua, abrindo espaço para o Fed encerrar em breve seu ciclo de aperto, embora ainda seja cedo para falar em corte nas taxas. Aqui, na contramão, Campos Neto e seus colegas ressaltaram a incerteza fiscal, que ajuda a desancorar as expectativas de inflação e deve levar o BC a manter a Selic nos 13,75% por mais tempo ou, no pior cenário, voltar a subir a taxa.
Ao longo da tarde, o dólar ganhou terreno, apoiado no ruído político doméstico e na recuperação da moeda no exterior, com investidores analisando as decisões de política monetária do BCE e do BoE. Após reunião com Arthur Lira, a ministra Simone Tebet afirmou que não é possível aprovar a reforma tributária em menos de seis meses.
Por isso, segundo ela, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, que precisa ser enviada pela equipe econômica ao Congresso até abril, não deve levar em conta eventuais mudanças no modelo de tributação do país. Também causou incômodo a publicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que voltou a mostrar insatisfação com o Banco Central após a decisão do Copom.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, a R$ 5,0454, perto da máxima do dia (R$ 5,0509). Na mínima, bateu nos R$ 4,9408 (-2,36%), menor cotação intradia desde 10 de junho de 2022 (a R$ 4,8856). Às 17h10, o dólar futuro para março recuava 0,21%, a R$ 5,0705. Lá fora, o DXY subia 0,52%, para 101,748 pontos. O euro recuava 0,74%, a US$ 1,0909 e a libra perdia 1,13%, a US$ 1,2235.
| Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
| 01/02/2023 | 5,0595 | 5,0605 | -0,319% | -0,0162 |
| 2/02/2023 | 5,0444 | 5,0454 | -0,298% | -0,0151 |
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