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Lojas Renner (LREN3): lucro líquido de R$ 481,8 milhões no 4T22, alta de 16%

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A varejista Lojas Renner registrou lucro líquido de R$ 481,8 milhões no quarto trimestre de 2022, o que representa alta de 16% em relação ao mesmo período de 2021. Entre janeiro e dezembro, o lucro somou R$ 1,29 bilhão, salto de 104% em relação ao ano anterior.

“O lucro líquido do trimestre foi superior ao 4T21, em função da maior geração operacional do segmento de varejo, não obstante a maior alíquota efetiva de IR&CS e menor resultado financeiro líquido”, explica a varejista.

Segundo a companhia, o quarto trimestre foi marcado “acontecimentos atípicos, que impactaram a performance das vendas do varejo”. “Estes fatores vão desde as temperaturas mais baixas que o usual, no princípio do trimestre, até um menor fluxo, em razão das eleições e evento da Copa do Mundo FIFA. Aliado a isso, o cenário macroeconômico mais difícil, com pressão inflacionária e maior endividamento das famílias, tem afetado o poder de compra e hábito dos consumidores”, escreveu a administração da companhia.

A empresa ainda menciona que a base de comparação do quarto trimestre de 2021 era elevada, com alta de 22% em relação ao ano anterior.

A receita líquida foi de R$ 4,014 bilhões no 4T22, um crescimento de 3,7% na comparação com 4T21 e acima da estimativa Refinitiv de R$ 3,856 bilhões.

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 884,5 milhões entre outubro e dezembro, avanço de 17%, enquanto no acumulado do ano o indicador foi de R$ 2,4 bilhões, alta de 42%.

O Ebitda da operação de varejo ajustado somou R$ 953,3 milhões entre outubro e dezembro de 2022, um aumento de 31,7% na comparação com igual etapa de 2021.

O volume bruto negociado (GMV, na sigla em inglês) totalizou R$ 551,6 milhões no 4T22, avanço de 6,1% frente o 4T21.

As despesas operacionais somaram R$ 1,781 bilhão no 4T22, um crescimento de 2,2% em relação ao mesmo período de 2021. As despesas operacionais caíram 5,2% no comparativo anual, somando R$ 1,13 bilhão, refletindo os menores volumes vendidos no período. E as despesas com vendas cresceram 2,3%, para R$ 794,5 milhões, mas a Renner afirma que o avanço foi menor que os índices de inflação do período.

O retorno sobre o capital investido (ROIC) atingiu 12,8% no 4T22, alta de 6,1 pontos percentuais na comparação ano a ano.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 36,5 milhões no quarto trimestre de 2022, uma elevação de 39,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 2,409 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 6,5% na comparação com igual etapa de 2021.

Em 31 de dezembro de 2022, o caixa líquido da companhia era de R$ 1,098 bilhão contra R$ 2,480 bilhões da mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em -0,63 vez em dezembro/22 ante -2,24 vezes do mesmo período de 2021.

Realize

A companhia totalizava 5,8 milhões de cartões ativos ao final de 2022, que representaram 34,3% das vendas de varejo no trimestre, queda de 2,3 pontos porcentuais. A redução versus o quarto trimestre de 2021 deveu-se, principalmente, à maior competitividade do segmento de crédito.

As perdas líquidas no serviço de crédito, seguiram “impactadas de forma importante” e subiram de 2,8% da carteira total para 4,5%. A companhia credita esse efeito ao contexto macroeconômico mais difícil, de maior endividamento das famílias. O que resultou em maior provisionamento de perdas (dinheiro que a empresa separa para cobrir o que os clientes não pagaram). Os níveis de recuperação de crédito ficaram abaixo do esperado pela Renner.

Os créditos vencidos aumentaram versus o trimestre anterior, de 17,1% para 25,8% da carteira, refletindo, segundo a empresa, o cenário de inadimplência de mercado, que seguiu se deteriorando.

“Vale destacar que as novas safras já se mostram com boa qualidade, ainda que em volumes menores”, complementa a Renner, n comunicado que acompanha o balanço.

Os resultados da Lojas Renner (BOV:LREN3) referente suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 16/02/2023. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Em um ano que promete ser desafiador para os principais nomes do varejo de roupas brasileiro, diante dos efeitos do escândalo da Americanas, a situação da macroeconomia e a chegada da Shein ao País, os executivos da Renner acreditam que estão preparados para as emoções de 2023.

“Nos últimos anos, enfrentamos uma série de desafios externos, mas seguimos evoluindo”, disse Fabio Faccio, CEO da Renner, em teleconferência com analistas e investidores nesta sexta-feira, dia 17 de fevereiro. “Nossas expectativas são de crescimento e ganhos de margem ao longo do ano.”

O discurso otimista de Faccio para 2023 se apoiou em duas frentes. A primeira é em relação aos ajustes que estão sendo feitos nas operações e na expectativa de retomada do varejo e da divisão financeira.

Segundo ele, os primeiros dados a respeito das vendas mostram que as vendas estão vindo em linha com o esperado, depois que o desempenho do quarto trimestre teve um resultado abaixo do esperado pelos analistas. A receita líquida de varejo caiu 0,2% em base anual, a R$ 3,5 bilhões.

No fim do ano passado, a Renner viu questões extraordinárias, como temperaturas mais baixas e a redução de fluxo de clientes por conta das eleições e da Copa do Mundo, se juntarem aos efeitos da crise macroeconômica. As vendas “mesmas lojas”, que consideram o desempenho de unidades em funcionamento há mais de 12 meses, recuaram 2,5% no quarto trimestre.

Com os efeitos extraordinários fora do caminho, a Renner espera que o arrefecimento dos custos ajude a compensar a perda de renda da população. Isso permitirá ajustar os preços dos produtos, com recuperação de margens.

“Neste momento, estamos vendo uma pressão de custos ao contrário, com o preço do frete caindo, a matéria-prima mostrando sinais de queda e a indústria com capacidade maior de produção frente a demanda vista no varejo em geral”, disse Faccio.

Em sua divisão financeira, onde a piora das condições econômicas, fizeram com que as perdas em créditos, líquidas das recuperações, crescessem 2,2 vezes em relação ao quarto trimestre de 2021, os executivos afirmaram que ajustes no processo de concessão de crédito resultarão em “safras” melhores.

“Apesar dos resultados abaixo do esperado, a gestão de risco que tomamos em 2022 vai permitir uma situação melhor em 2023”, disse Daniel Martins, CFO da Renner. “O primeiro semestre ainda permanecerá pressionado, mas seguimos confiantes na recuperação a partir da segunda metade de 2023.”

O segundo pilar que sustenta o otimismo da Renner é em relação aos investimentos que vêm sendo feitos nos últimos anos. Um dos destaques é o centro de distribuição (CD) da empresa em Cabreúva, no interior de São Paulo, que é visto como essencial para a estratégia de omnicanalidade.

Outra aposta da companhia é a inauguração de lojas em cidades em que ainda não está presente. O plano envolve abrir 102 novas unidades nos próximos quatro anos. “O que vai fazer diferença a partir de 2023 é a possibilidade de ganhar escala”, afirmou o CFO.

Esses dois investimentos devem permitir à Renner manter sua posição competitiva no momento em que a chinesa Shein vem explorando o mercado, em busca de fornecedores de roupas no País.

Segundo uma pesquisa realizada pela Aster Capital, uma gestora long-only com mais de R$ 600 milhões de ativos sob gestão, a Shein movimentou R$ 7,1 bilhões no Brasil no ano passado, tornando-se um pesadelo para as principais varejistas de moda do País

Para Martins, a chegada de nomes como Shein pode colocar a competição em pé de igualdade, considerando que o modelo de importação traz diferenças de tributação para atores locais e globais. “Estaremos competindo nas mesmas condições, com a desvantagem de preços que existe atualmente deixando de existir”, disse o CFO.

Outro destaque competitivo ressaltado na teleconferência foi a questão da posição financeira da Renner, num momento em que as linhas de crédito para as varejistas estão prejudicadas por conta do episódio Americanas.

“Temos R$ 3,5 bilhões em caixa, o que nos dá grande conforto para continuar acelerando, investindo e evoluindo num ambiente mais desafiador para várias empresas”, afirmou Faccio. “E temos tranquilidade através da nossa geração de resultados para avançar de maneira sólida e consistente.”

Ainda que tenha buscado se diferenciar, a Renner decidiu divulgar os dados a respeito de risco sacado no release de resultados, algo que não fez nos últimos trimestres, embora a informação conste nas notas explicativas das demonstrações financeiras. Ao fim de 2022, o montante referente a este tipo de operação somou R$ 78,8 milhões, representando 5% da conta de fornecedores.

A Renner fechou o quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 481,8 milhões, alta de 16% em relação ao quarto trimestre de 2021. A receita líquida cresceu 3,7%, para R$ 4 bilhões, e o Ebitda subiu 17%, a R$ 884,5 milhões.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O time de research do Bradesco BBI apontou que BBI diz que a qualidade dos resultados da Lojas Renner foi um pouco pior do que suas expectativas já reduzidas, mas reconhece que o 4T22 foi marcado por impactos exógenos negativos (Copa do Mundo e clima, com temperaturas mais baixas) e não é necessariamente a leitura mais precisa para os próximos trimestres.

No entanto, segundo o BBI, a combinação de um cenário macro mais desafiador e incerteza sobre os níveis de provisionamento da Realize pode continuar sugerindo que a Lojas Renner ainda carece de gatilhos de curto prazo. O banco espera que a varejista descomprima gradualmente os níveis de retorno e volte ao crescimento normalizado dos lucros a partir do 3T23.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 27,00…

Credit Suisse

O Credit Suisse ressaltou como negativo os dados de vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), margens ainda abaixo dos níveis de 2019, bem como perdas líquidas de serviços financeiros em cima de níveis de inadimplência ainda altos.

Por outro lado, o banco suíço ressaltou que o volume bruto negociado (GMV, na sigla em inglês) digital cresceu 6,1% na base anual, atingindo uma penetração de 11,7% das vendas. Apesar das vendas no varejo estáveis, a margem bruta melhorou 70 pontos-base, para 55,7% devido aos ajustes de preços e remarcações historicamente baixas, embora ainda 230 pontos-base abaixo do 4T19.

Itaú BBA

O Itaú BBA comentou que não encontrou nenhum dado positivo nas demonstrações financeiras. O fraco desempenho de vendas levou a despesas pressionadas no varejo, enquanto que, para a Realize, braço financeiro, as provisões aumentaram significativamente – e o índice de cobertura permanece baixo.

Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25,00…

Morgan Stanley

Na mesma linha que o BBI, o Morgan Stanley atribuiu os resultados fracos da Renner ao impactado das baixas temperaturas e da Copa do Mundo, que prejudicaram as vendas no quarto trimestre, com receita do Varejo Renner ficando 3% abaixo das suas projeções e 5% abaixo do consenso.

Além disso, o Morgan Stanley destacou que os serviços financeiros continuaram a pesar nas margens globais da varejista.

Morgan Stanley mantém recomendação equal-weight com preço-alvo de R$ 23,00…

XP Investimentos

Na avaliação da XP, a Lojas Renner também divulgou resultados fracos do 4T22, com faturamento estável no varejo e com forte impacto no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Realize devido ao cenário macro desafiador.

De acordo com analistas da casa, a Realize se manteve como o destaque negativo, com crescimento de receita abaixo das expectativas dada a redução do apetite dos consumidores e ofertas de crédito mais restritas, enquanto o Ebitda se manteve pressionado pelas altas taxas de inadimplência e despesas relacionadas a descontos concedidos na renegociação de créditos vencidos. Além disso, a companhia vendeu mais uma carteira de crédito nesse trimestre por R$ 19,8 milhões, “que excluímos do nosso Ebitda ajustado dado que vemos a transação como não-recorrente. Por fim, o lucro líquido foi de R$ 482 milhões, 16% acima na base anual”, aponta.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Broadcast

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