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Tim (TIMS3): lucro líquido de R$ 538 milhões no 4T22, queda de 47%

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A TIM reportou lucro líquido de R$ 538 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 47% em relação ao mesmo período de 2021. No critério normalizado, desconsiderando fatores não recorrentes como crédito fiscal e impostos diferidos, o lucro líquido caiu 23%, para R$ 590 milhões.

A baixa foi uma consequência do aumento da dívida e das despesas com pagamento de juros. Vale lembrar que a TIM precisou recorrer a empréstimo para participar do leilão das faixas do 5G e para comprar a rede móvel da Oi – esta última foi uma operação de R$ 16,5 bilhões ao lado de Vivo e Claro.

O lucro líquido também sofreu um efeito contábil negativo de depreciação. A rede incorporadora da Oi tinha, por exemplo, antenas em duplicidade com as da TIM e que estão sendo desligadas, gerando baixas no balanço.

A TIM vem falando a investidores e analistas que a queda no lucro é transitória e será compensada pelo crescimento das operações, com aumento da receita e ganhos de sinergias que melhorarão as margens nos próximos anos.

A receita líquida normalizada atingiu a cifra de R$ 5,874 bilhões no quarto trimestre de 2022, alta de 22,4% na base anual e praticamente em linha com o consenso Refinitiv, que apostava em uma cifra de R$ 5,857 bilhões.

A receita de serviços atingiu a cifra de R$ 5,628 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 22,7% na comparação com igual etapa de 2021.

A Receita do Serviço Móvel (RSM) Normalizada totalizou R$ 5.305 milhões no 4T22, o que representa um crescimento de 22,7% A/A. A performance positiva tem como principais alavancas a receita gerada pela base móvel adquirida da Oi e a performance no trimestre dos segmentos Pré-pago e Pós-pago. O ARPU Móvel Normalizado, receita média mensal por usuário, atingiu R$ 26,9 no trimestre (-3,2% A/A), sendo ainda impactado pelo efeito de diluição provocado pela adição dos clientes vindos da Oi, que possuíam um ARPU inferior, mas parcialmente compensado no 4Q22 pela limpeza de base, realizada em novembro, das linhas silentes vindas da Oi.

A base móvel da companhia alcançou 62,48 milhões de clientes ao fim do ano passado, alta de 120% ante o quarto trimestre de 2021 e queda de 9,2% ante o terceiro trimestre do mesmo ano. Já a base de clientes TIM UltraFibra (antigo TIM Live) chegou a 716 mil clientes, avanço de 4,6% na mesma base comparativa.

No quarto trimestre de 2022, a receita de plataforma de clientes totalizou R$ 50,9 milhões, com crescimento de 38,8% em base anual, enquanto, no total do ano de 2022, a linha atingiu R$ 188,1 milhões, expansão de 57,4%. Segundo a empresa, essas performances são fruto da contribuição das iniciativas de mobile advertising e das parcerias de serviços digitais.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 350 milhões no quarto trimestre de 2022, uma elevação de 94,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021.

Os custos e despesas operacionais normalizados totalizaram R$ 2,944 bilhões no 4T22, alta anual de 25,2%.

“O Opex foi principalmente afetado por: custos adicionais incorporados após a conclusão da transação de aquisição da Oi Móvel, como 3 meses de TSA – Temporary Service Agreement, além de gastos atrelados a uma base de clientes e infraestrutura maiores; e pelas despesas de aluguel da I-Systems”, explica a TIM.

O ano de 2022 foi marcado pela incorporação dos clientes adquiridos da Oi Móvel e, com isso, ao final do 4T22 a TIM somou 62,5 milhões de acessos móveis, gerando um aumento de 20,0% A/A frente o 4T21 (atingindo um market share de 24,8%). A migração efetiva desses clientes novos da Oi, que se iniciou em agosto de 2022, somou, ao final de janeiro de 2023, um total de 8,7 milhões de clientes migrados, sendo 7,8 milhões no Pré-pago12 e aproximadamente 900 mil no Pós-pago11. Já a integração e posterior desconexão de clientes inativos oriundos da Oi Móvel na base da TIM impactou ambos os segmentos Pós-pago e Pré-pago.

No trimestre, desconectamos 1,4 milhões de clientes Pós-pago e 3,7 milhões de clientes Pré-pago inativos que vieram da Oi.

No 4T22, a base Pós-paga reportou 27,2 milhões de acessos (+19,2% A/A) – mantendo o mix do segmento na base total estável no comparativo anual (44%).

No 4T22, o Pós-pago Humano (ex-M2M) registrou uma base de 22,9 milhões acessos (+21,4% A/A).

A base de M2M atingiu 4,3 milhões acessos no período (+8,6% A/A). No 4T22, a base Pré-paga atingiu 35,2 milhões de acessos (+20,7% A/A).

O capex Normalizado totalizou R$ 1.375 milhões, sendo R$ 998 milhões relativos a Rede e R$ 377 milhões relacionados a TI e outros investimentos. No comparativo anual, o Capex Normalizado teve aumento de 9,6% A/A em razão dos custos previstos atrelados a integração dos ativos comprados da Oi e daqueles relacionados com a implementação e expansão do 5G no país. No período, o indicador Capex Normalizado sobre a Receita Líquida Normalizada atingiu 23,4%, redução de -2,7 p.p. frente ao 4T21. No acumulado de 2022, o Capex Normalizado somou R$ 4.730 milhões, o que representou alta de 8,0% A/A, como consequência dos mesmos fatores descritos anteriormente, levando a um percentual de 21,9% sobre a Receita Líquida Normalizada no ano (-2,3 p.p. A/A).

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 13,835 bilhões contra R$ 5,888 bilhões de março de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,4 vez no final do 4T22, alta de 0,7 vez em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Os resultados da TIM (BOV:TIMS3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 10/02/2023. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A TIM realizou uma teleconferência para revelar os seus números relacionados ao quarto trimestre de 2022. De acordo com a operadora, houve um aumento de receita de 19,5%, em relação ao mesmo período no ano anterior. Isso significa um total de R$ 2 bilhões em proventos, dos quais R$ 1,4 bilhão foram pagos.

A TIM Brasil ainda reforçou ter sido a primeira operadora, em janeiro deste ano, com uma cobertura presente em 100% dos municípios do país com rede móvel. Somente no 5G, a prestadora chegou às 27 capitais desde outubro.

Um dos destaques no ano passado foi o progresso sustentável da empresa. Os destaques ESG na parte ambiental incluem aproximadamente 50% de autogeração ao longo de 2022, com 100% de consumo de energia a partir de fontes renováveis e uma alta de 127% de eficiência energética no tráfego de dados.

  • TIM Móvel

No segmento de serviços móveis, a TIM divulgou uma receita com crescimento de 20,2%, impulsionado pela dinâmica orgânica e receita de clientes adquiridos. A empresa ressaltou que a base de clientes ter saltado de 52,3 milhões para 68,7 milhões do primeiro para o segundo trimestre de 2022 foi um impacto direto pela compra da Oi.

A evolução do ARPU também sentiu os efeitos da aquisição, com uma queda para R$ 24,9 no terceiro trimestre do ano passado. A tendência é que, a partir destes três primeiros meses de 2023, o desempenho comece a se normalizar – um movimento já visto com a limpeza da base começada ainda no quarto trimestre do último ano, com cancelamentos de 5,1 milhões em novembro de 2022.

A receita de pós-pago subiu 19,4%, graças a efeitos líquidos positivos, como aumento de preço, chegada dos clientes da Oi e redução de preço após a queda de ICMS. Já no pré-pago, houve uma alta de arrecadação de 21,3%, com evolução positiva de recargas e gastos, mesmo com o Giga Bônus.

Especificamente sobre o 5G, a TIM entende que 2022 foi um grande passo rumo à liderança de rede. A companhia reforçou ter sido a primeira operadora a lançar uma oferta focada na nova tecnologia, além de atrair os chamados early adopters – aqueles que gostam de aderir às novidades mais cedo – por meio de plataformas de jogos.

  • TIM Ultrafibra

Antes chamada TIM Live, a provedora mudou o seu serviço de internet fixa para TIM Ultrafibra, com uma nova identidade que busca marcar um novo momento da banda larga da empresa.

A receita líquida neste segmento aumentou dois dígitos (+10,7%), de R$ 720 milhões em 2021 para R$ 797 milhões em 2022. Uma das principais iniciativas ao longo do último ano foi a transformação da base de clientes, com a migração da tecnologia FTTC para FTTH – a qual saltou 37,5% no ano a ano.

A estratégia centrada no cliente pensada pela TIM possibilitou um ARPU FTTH que alcançasse R$ 97,7 por mês em 2022. Além disso, 73% dos planos oferecidos pela companhia estão acima ou igual a 150 Mbps.

A TIM ainda sinalizou para o lançamento do TIM Ultrafibra em 34 cidades do Paraná para o mês de fevereiro de 2023. A intenção é que este seja o maior lançamento simultâneo em fibra, com cobertura de 80% dos endereços.

  • Parceria com Grupo Cartão de Todos

Outra novidade divulgada pela TIM consiste na parceria com o Grupo Cartão de Todos, que visa para aproveitar oportunidades na saúde. Um levantamento descobriu que 165 milhões de pessoas no Brasil não têm plano de saúde – o que equivale a 80% da população total. Se pegar apenas a base de clientes da operadora, o número descoberto chega a 61%.

Por isso, estabeleceram o Grupo Cartão de Todos como o parceiro, por se trata de uma rede de clínica médica popular com R$ 3 bilhões em faturamento anual, a qual oferece 100% de cobertura em cidades acima de 90 mil habitantes e cerca de 410 clínicas em todos os estados.

A intenção consiste em fornecer uma solução phygital, com acesso a descontos na rede, bem como uma oferta freemium, que possa reduzir barreiras para a adoção antecipada. A previsão de lançamento, segundo os executivos, é de lançamento no segundo semestre de 2023.

  • Próxima geração

O plano atualizado da TIM para os anos entre 2023 e 2025 incluem uma melhor dinâmica geral de negócios, composta por base de receita maior, estratégia centrada no cliente e maiores oportunidades para eficiência de capex. O resultado esperado inclui consistência na expansão do fluxo de caixa e espaço adicional para remuneração do acionista.

Para completar, a operadora ainda prometeu divulgar o guidance em 14 de fevereiro, com as metas de curto e médio prazo para o período, em diferentes objetivos da companhia – como sustentabilidade da receita, manutenção da alta rentabilidade, investimentos eficientes, expansão da geração de caixa e compartilhamento da criação de valor com acionistas.

VISÃO DO MERCADO

BTG Pactual

Os resultados do quarto trimestre da TIM Brasil vieram em linha com as estimativas, com lucro líquido surpreendendo do lado positivo e a receita de serviço dentro do previsto, ajudada pela consolidação da Oi Móvel, diz o BTG Pactual, em relatório.

Os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla destacam que a receita do serviço móvel (MSR) totalizou R$ 5,3 bilhões, alta de 21,6% em base anual, e o crescimento da receita de telefonia fixa acelerou um pouco pelo terceiro trimestre consecutivo.

Segundo eles, o lucro líquido foi o principal destaque, vindo 19% acima da previsão e levando a TIM Brasil a encerrar 2022 com lucro líquido de R$ 1,8 bilhão. Já o Ebitda ajustado cresceu 17,9%, com margem de 49,6% quase em linha com a projeção, impactado pelo aluguel da rede de fibra da I-Systems.

“Embora concordemos que os lucros serão fracos em 2023, é um efeito temporário causado pela aquisição dos ativos móveis da Oi. Uma vez que os impactos do negócio estejam totalmente incorporados, esperamos que o resultado final retorne a níveis mais normalizados em 2024”, dizem eles.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 18,00.

 

Bank of America (BofA)

A TIM Brasil apresentou resultados do quarto trimestre em linha com as expectativas, com receita líquida continuando a mostrar crescimento robusto, apesar de uma ligeira queda na receita de serviço móvel, avalia o Bank of America (BofA), em relatório.

Na avaliação dos analistas Fred Mendes, Mirela Oliveira e equipe, a margem Ebitda ficou abaixo da projeção do BofA, mas ainda com aumento robusto no trimestre. O lucro ficou 15% acima do previsto, pois a empresa teve um impacto positivo de itens financeiros não caixa no trimestre e uma depreciação menor foi compensada principalmente por impostos mais altos, dizem eles.

O fluxo de caixa operacional livre, por sua vez, permaneceu forte, escrevem os analistas, pois apesar do investimento acima do esperado, a empresa teve um impacto positivo no capital de giro e os pagamentos de arrendamento permaneceram em níveis semelhantes em R$ 800 milhões.

“Vemos a empresa bem posicionada para se beneficiar de um mercado mais racional em serviços móveis pós a venda do negócio móvel da Oi e extrair sinergias consideráveis do negócio com a Oi”, escrevem os analistas.

Bank of America tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 18,00.

Citi

A TIM Brasil apresentou resultados positivos no quarto trimestre, com receitas e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima do esperado para o período, diz o Citi.

Os analistas Gabriel Gusan e Karina Salva Martins escrevem que as receitas de R$ 5,9 bilhões foram 2% acima do projetado, enquanto o Ebitda ajustado de R$ 2,9 bilhões mostra que a companhia está conseguindo proteger margens.

No lado contrário, o banco destaca que investimentos de R$ 1,4 bilhão continuam em patamares elevados, representando mais de 23% do faturamento, prejudicando a geração de caixa da companhia.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 16,00.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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