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Usiminas (USIM5): prejuízo líquido de R$ 609 milhões no 4T22

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A Usiminas reportou no quarto trimestre de 2022, prejuízo líquido de R$ 839 milhões, ante um lucro de R$ 609 milhões no mesmo intervalo do ano anterior.

A siderúrgica atribui o prejuízo “principalmente em razão do registro de R$ 1,4 bilhão na conta de Impairment no trimestre”.

Segundo comunicado, a companhia reconheceu redução do valor contábil dos ativos (impairment) na Siderurgia no valor de R$ 1,7 bilhão e uma reversão do impairment na unidade Mineração no valor de R$ 293 milhões, resultando, portanto, em um efeito líquido de R$ 1,4 bilhão no 4T22.

A receita líquida no 4T22 ficou em R$ 7,660 bilhões, queda de 5% na comparação com o mesmo período de 2021. Em todo o ano de 2022, a receita líquida atingiu R$ 32,471 bilhões, recuo de 4% em comparação com o ano anterior.

Ebtida – lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização – ficou negativo em R$ 788,2 milhões, ante um resultado positivo de R$ 2,47 bilhões no quarto trimestre de 2021. O Ebitda ajustado, que exclui a baixa contábil de ativos e inclui o Ebitda proporcional de 70% da Unigal e outras controladas, ficou positivo em R$ 579 milhões, com queda de 31% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.

A produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 650 mil toneladas no 4T22, inferior em 1,5% em relação ao 3T22 (660 mil toneladas). A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 1.004 mil toneladas no 4T22, representando uma redução de 3,2% em relação ao trimestre anterior (3T22: 1.037 mil toneladas). No 4T22, foram processadas 499 mil toneladas de placas adquiridas (3T22: 512 mil toneladas).

O volume de vendas totais somou 963 mil toneladas de aço, superior ao guidance de 950 mil toneladas fornecido pela Companhia para o 4T22. No trimestre, as vendas totais recuaram 8,0% em relação ao 3T22 (1.047 mil de toneladas). No mercado interno, as vendas foram de 872 mil toneladas no 4T22, uma redução de 7,0% em relação ao 3T22 (938 mil toneladas). As exportações no 4T22 foram de 92 mil toneladas, 15,7% inferior ao 3T22 (109 mil toneladas). O volume de vendas foi 90% destinado ao mercado interno e 10% às exportações (assim como no 3T22).

custo dos produtos vendidos – CPV no 4T22 totalizou R$ 6,9 bilhões, redução de 7,3% em relação ao 3T22 (R$ 7,4 bilhões), com principal redução na Unidade de Siderurgia. As variações são explicadas nas seções das Unidades de Negócios neste documento.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 773,2 milhões no quarto trimestre de 2022, um recuo de 62% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta foi de 10,1% no 4T22, baixa de 15,2 p.p. frente a margem do 4T21.

As despesas gerais e administrativas do 4T22 totalizaram R$ 171 milhões, 21,7% superiores ao trimestre anterior (3T22: R$140 milhões), principalmente com maiores despesas na Unidade de Siderurgia.

O resultado financeiro do 4T22 foi de R$ 188 milhões, frente a um resultado de R$171 milhões no 3T22, devido a ganhos cambiais líquidos de R$ 122 milhões, ante perda cambiais de R$ 25 milhões no 3T22, parcialmente compensado por menores receitas financeiras, com atualizações monetárias e reversão de juros registradas no 3T22, sem efeito similar no 4T22.

No 4T22, o CAPEX totalizou R$ 867 milhões, 43,4% superior ao 3T22 (R$ 604 milhões), sendo 76,6% na Unidade de Siderurgia, 21,8% na Unidade de Mineração, e 1,5% na Unidade de Transformação.

A dívida bruta consolidada em 31/12/22 era R$ 6,2 bilhões, 1,6% inferior ao final de 2021 (R$ 6,3 bilhões), com o efeito da valorização do real frente ao dólar no período, parcialmente compensado por R$ 198 milhões líquidos obtidos, principalmente, na 9ª Emissão de Debêntures da Usiminas.

Em 31/12/22, a Dívida líquida era de R$ 1,1 bilhão, R$ 1,8 bilhão superior ao ano anterior (caixa líquido de R$ 720 milhões). A variação entre os períodos deve-se principalmente a redução de caixa, anteriormente detalhada, parcialmente compensado pelo efeito da variação cambial na dívida da companhia.

⇒ Acumulado do ano

Em 2022, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 2,1 bilhões, o segundo maior resultado anual dos últimos 14 anos, 79,2% inferior ao lucro líquido apresentado em 2021 (R$ 10,1 bilhões), principalmente em razão do menor resultado operacional no período.

A receita líquida de 2022 alcançou R$ 32,5 bilhões, segunda maior Receita Líquida Anual da história da Usiminas. O valor reportado foi 3,8% inferior à 2021 (R$ 33,7 bilhões), com principal variação na Unidade de Mineração. Os fatores que levaram a essa variação são explicados nas seções das Unidades de Negócios neste documento.

O custo dos produtos vendidos – CPV em 2022 totalizou R$ 26,8 bilhões, aumento de 19,3% em comparação com 2021 (R$ 22,5 bilhões), com principal aumento na Unidade de Siderurgia. As variações são explicadas nas seções das Unidades de Negócios neste documento.

O lucro bruto foi de R$ 5,7 bilhões em 2022, 49,6% inferior em relação à 2021 (R$ 11,3 bilhões).

As Despesas com vendas de 2022 foram de R$ 629 milhões, 10,3% superiores ao ano anterior (2021: R$ 571 milhões), principalmente com maiores despesas na Unidade de Mineração e de Siderurgia.

As Despesas gerais e administrativas em 2022 totalizaram R$ 589 milhões, 17,0% superiores ao ano anterior (2021: R$ 503 milhões), principalmente com maiores despesas na Unidade de Siderurgia.

⇒ Projeções 

A siderurgica informou, ainda, suas projeções acerca dos investimentos, das despesas financeiras líquidas e dos volumes de vendas de minério de ferro da Unidade de Mineração para o ano de 2023.

A companhia projeta investimentos para unidade de siderurgia da ordem de R$ 2,6 bilhões em 2023, sendo R$ 1,2 bilhão para reforma do Alto Forno 3 e R$ 1,4 bilhão para sustaining, saúde, segurança e meio ambiente.

Já para unidade de mineração, a Usiminas prevê aportes de R$ 500 milhões ao longo do ano.

A unidade de transformação, por sua vez, receberá investimentos de R$ 100 milhões.

Dessa forma, a companhia estima investimentos de R$ 3,2 bilhões neste ano.

O volume de vendas aço pela Unidade de Siderurgia deve ficar entre 950 mil toneladas a 1,05 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2023.

Enquanto o volume de vendas de minério de ferro pela Unidade de Mineração está estimado entre 8,5 a 9 milhões de toneladas no 1T23.

Os resultados da Usiminas (BOV:USIM3) (BOV:USIM5) (BOV:USIM6) referente a suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 10/02/2023. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A Usiminas realizou sua teleconferência com analistas, após divulgar, mais cedo, seus resultados do quarto trimestre de 2022. Como destaque, ficaram os comentários dos executivos sobre os investimentos previstos pela companhia para este ano, bem como para as projeções de gastos, que devem ser “atípicos”.

A siderúrgica se prepara para realizar reforma em um dos seus altos fornos da planta de Ipatinga a partir de abril, o que deve impactar seus resultados em 2023 – tanto do lado dos custos quanto nos investimentos.

“O capex [investimento em capital] foi uma surpresa negativa para os investidores, que estavam mais otimistas com as perspectivas de geração de fluxo de caixa livre da empresa. Do lado positivo, a empresa fechou 2022 com quase metade do volume de placas necessário para sua parada de manutenção em abril”, comentaram os analistas do Itaú BBA, em relatório.

Outros bancos, como o Morgan Stanley e o Santander, também destacaram o aumento das projeções de investimentos em suas análises. “A Usiminas superou estimativas, mas anunciou capex acima do esperado para 2023”, diz o Bradesco BBI.

“É importante salientar que, além do Alto Forno 3, há outros investimentos relevantes na planta de Ipatinga, que ocorrem de forma paralela. Na acearia e na coqueria, por exemplo, teremos um investimento de R$ 500 milhões. Isso trouxe o aumento de Capex de siderurgia. Aproveitamos as paradas para realizar outras atividades”, explicou Thiago Resende, diretor financeiro da companhia.

A Usiminas pretende chegar até abril com um estoque de 450 mil toneladas em placas de aço, tendo fechado dezembro já com 350 mil toneladas, para compensar a interrupção na produção.

“Não enxergamos hoje problema nenhum com a nossa preparação para a paralisação do Alto Forno 3”, comentou Miguel Camejo, diretor comercial. “Estoque está sendo formado por outros fornos, em funcionamento em Ipatinga, e por compra de terceiros, sendo que o preço está volátil”.

A Usiminas afirma que a situação de caixa, em meio aos investimentos, deve ter um momento mais pressionado entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano.

“Quando retornarmos o uso do forno e consumirmos as placas que foram a estoque, teremos, porém, mudança no ciclo de capital de giro. Com a geração de caixa e redução de capital de giro, conseguimos sustentar a necessidade de caixa”, comentou o diretor financeiro. “Não teremos caixa mínimo. Vemos que não precisamos. A alavancagem deve subir um pouco, mas não nos preocupa”.

A metalúrgica espera registrar, com o fim da reforma do alto forno no fim do ano, um salto de produtividade de até 20%

“Será um ano atípico para Usiminas, por conta da reforma do Alto Forno, mas teremos melhoras a partir do final do ano”, defendeu Resende.

Quanto ao lado operacional, a maioria dos analistas definiu o quarto trimestre como “fraco”, mas acima das expectativas.

“A Usiminas reportou Ebitda [lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortização, na sigla em inglês] ajustado de R$ 579 milhões no quarto trimestre de 2022. Embora 18% acima de nossa estimativa, de R$ 490 milhões, o número caiu 31% no trimestre devido a tendências mais fracas no negócio de aço”, define o BBA, mencionando o recuo do preço do aço. “O trimestre foi fraco, mas nós e o consenso esperávamos algo pior. Por causa disso, podemos ver uma reação positiva”, fala o JPMorgan.

Para as projeções de mercado em 2023, a Usiminas fala que vem conseguindo repassar custos, apesar das dificuldades, por conta dos desafios enfrentados por todo o setor em meio a alta do minério e do carvão. A companhia, de qualquer forma, diz que focará em mercados mais rentáveis e em desenvolver valor aos produtos.

“Nossas exportações estarão focadas em mercados mais rentáveis. Enxergamos os níveis de exportações estáveis, por enquanto, na comparação com os últimos trimestres. No Brasil, estamos focados em soluções, em produtos com mais valor agregado. O setor deve crescer de acordo com as estimativas da Aço Brasil, que espera crescimento de 1,5% no ano”, falou Camejo.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

A Usiminas entregou resultados operacionais no quarto trimestre de 2022 abaixo das expectativas sobretudo por causa de maiores despesas operacionais em siderurgia, enquanto teve desempenho positivo em mineração, avalia a Ativa Investimentos, em relatório.

O analista Ilan Arbetman escreve que com a aproximação da reforma do alto-forno 3, a companhia apresentou novamente um forte dispêndio com capital de giro, o que juntamente com o desempenho fraco em siderurgia leva a uma impressão negativa dos resultados.

Segundo o analista, com a pausa de 110 dias do alto-forno 3, a partir de abril, o fluxo de caixa livre continuará abaixo do potencial.

Já em mineração, a impressão foi positiva, com volume de produção e vendas em linha com as expectativas, e alta de 9,9% em seu Ebitda ajustado em base trimestral. “De maneira geral, apesar do momento de altos preços do minério de ferro ser positivo para a sua unidade de mineração, o momento em siderurgia segue demandando cautela.”

Ativa Investimentos tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 15,00.

BTG Pactual

Os resultados de quarto trimestre da Usiminas foram fracos e indicam que os números da siderúrgica devem continuar pressionados no curto prazo, diz o BTG Pactual. O banco destaca que a companhia vem sofrendo com problemas operacionais, aumentando a volatilidade dos seus resultados no futuro.

Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner escrevem que o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 579 milhões superou um pouco as estimativas do banco, mas mesmo assim representa uma contração de 30% sobre setembro, mostrando a desaceleração no setor de aço.

“A companhia continua a ter uma base de custos elevados por conta de problemas nos seus alto-fornos. Além disso, vai passar por uma manutenção estrutural no seu principal equipamento, o que vai manter essa base elevada pelos próximos trimestres”, comentam.

No lado positivo, a Usiminas conseguiu reduzir queima de caixa, com contribuição positiva de capital de giro. As metas de produção divulgadas também são razoáveis, com queda natural por conta da desaceleração, mas de forma limitada caso se cumpra nos próximos trimestres, apontam.

BTG Pactual tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 8,00…

Citi

Para o Citi, os resultados da Usiminas no quarto trimestre foram fracos, dentro do esperado, em linha com a deterioração nos fundamentos do setor de siderurgia.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott escrevem que em siderurgia os números foram afetados por menor produção e vendas. Já em mineração vieram dentro do esperado.

“O resultado de US$ 50 por tonelada de aço é o menor desde 2020, mas já era esperado, com pressão de custos que devem se aliviar ao longo do ano”, comenta o banco. Os investimentos ainda se mantêm elevados com a reforma do Alto-Forno 3, destacam.

Citi tem recomendação neutra com preço-alvo em R$ 9,00…

Itaú BBA

O anúncio feito hoje pela Usiminas de investimento de R$ 3,2 bilhões neste ano, ante previsão anterior de R$ 2,4 bilhões, foi considerada uma “surpresa negativa” para o Itaú BBA, que esperava uma forte geração de fluxo livre de caixa neste ano.

Os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares também consideraram negativo a queda no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) devido às tendências mais fracas no negócio de aço, que é o mais lucrativo para a companhia.

A Usiminas reportou um Ebitda ajustado de R$ 579 milhões no quarto trimestre de 2022, com queda de 31%. O resultado ficou 18% acima da estimativa do Itaú BBA.

Do lado positivo, os analistas destacaram que a empresa fechou com quase metade do volume de placas necessárias para fazer a parada de manutenção em abril.

O Itaú BBA também ressaltou como positiva a previsão de volumes de produção na mineração, de 8,5 milhões a 9 milhões de toneladas neste ano, estável em relação a 2022 e melhor do que a estimativa do banco, que era de 8,1 milhões de toneladas. “Olhando à frente, vemos ventos favoráveis para esta operação, com os preços do minério de ferro na média de US$ 124 por tonelada no primeiro trimestre, US$ 25 por tonelada acima da média do quarto trimestre de 2022”, afirmaram os analistas em relatório.

Itaú BBA mantém recomendação neutra com preço alvo de R$ 8,00…

Santander

Os resultados da Usiminas no quarto trimestre de 2022 ficaram acima das estimativas do Santander. A empresa reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 579 milhões, ante previsão do banco de R$ 425 milhões para o período.

Apesar do resultado mais forte que o esperado, a Usiminas elevou a previsão de investimentos de R$ 2,4 bilhões para R$ 3,2 bilhões, o que terá impacto no fluxo de caixa da companhia. Além disso, a empresa apresentou Ebitda mais fraco na divisão de siderurgia, que caiu 34% no trimestre.

“Esperamos uma reação neutra do mercado, pois os resultados mais fortes do que o esperado podem ser compensados pela orientação de capex mais alta”, afirmaram em relatório os analistas do Santander Rafael Barcellos e Arthur Biscuola.

Santander mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 9,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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