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Vale (VALE3): lucro líquido de US$ 3,7 bilhões no 4T22, queda de 30,4%

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mineradora Vale registrou lucro líquido de US$ 3,7 bilhões no quarto trimestre de 2022, queda de 30,4% ante quarto trimestre de 2021.

A receita líquida de US$ 11,941 bilhões, é 8% menor que os US$ 13,105 bilhões do quarto trimestre de 2021.

O resultado ficou relativamente acima da expectativa do Refinitiv, que previa em torno de US$ 11,6 bilhões para o período. No ano foram US$ 43,839 bilhões, alta/queda de 19,5% em relação aos US$ 54,502 bilhões do ano anterior.

A participação dos produtos premium nas vendas totais foi de 83% no 4T22, com destaque para as vendas de IOCJ e BRBF. O prêmio de minério de ferro de US$ 5,4/t (vs. US$ 6,6/t no 3T), impulsionado pelos menores prêmios contratuais de pelotas, após prêmios recordes no 3T.

O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado foi de US$ 3.726 bilhões, um pouco abaixo dos US$ 3,9 bilhões obtidos no mesmo intervalo de 2021. A margem Ebitda no 4T22 atingiu 31%, em linha com os 30% no mesmo período de 2021. No acumulado do ano, a margem foi de 38%, distante dos 52% acumulados um ano antes.

O Ebitda ajustado proforma atingiu US$ 5 bilhões e US$ 20,9 bilhões no trimestre e no acumulado do ano, respectivamente.

Houve crescimento no indicador em base trimestral, reflexo dos maiores volumes de vendas de minério de ferro e dos maiores preços realizados no níquel e no cobre. Já a queda no acumulado do ano se deve, principalmente, ao preço realizado de finos de minério de ferro (-23,6% ano a ano), explicou a Vale.

Em Soluções para Siderurgia, avançamos em nosso caminho para sermos o parceiro de escolha para produtos de alta qualidade, alavancando o endowment mineral único da Vale e capitalizando a tendência de descarbonização da siderurgia. Nessa frente, anunciamos hubs para o desenvolvimento de soluções verdes no Oriente Médio e asseguramos MoUs com clientes que representam cerca de 50% das nossas emissões de escopo 3, expandindo a oferta de produtos de baixo carbono, como pelotas e briquetes de alta qualidade.

Nas operações, tomamos medidas concretas para entregar nosso guidance de crescimento de longo prazo, avançando nos milestones críticos que estabelecemos para o ano. No Sudeste, as plantas de filtragem de rejeitos estão ramping up e, no Norte, aprofundamos o conhecimento do corpo mineral em S11D e, no quarto trimestre, comissionamos o projeto Gelado.

No negócio de Materias para a Transição Energética, as operações em Sudbury estão agora estáveis, e Onça Puma teve a melhor produção anual dos últimos cinco anos. No Cobre, o desempenho foi retomado após grandes manutenções em Salobo e Sossego, e estamos prontos para um bom começo em 2023. Além disso, nosso robusto pipeline de crescimento com criação de valor progrediu com o start-up bem-sucedido de Salobo III, a aprovação do 2º forno de Onça Puma e a assinatura de parcerias na Indonésia, comentou Eduardo Bartolomeo, CEO, no relatório de resultados do 4T22 e 2022.

O fluxo de caixa livre das operações de US$ 5,7 bilhões em 2022 ante US$ 20,0 bilhões em 2021 devido ao menor Ebitda.

A posição de caixa e equivalentes de caixa diminuiu em US$ 503 milhões no trimestre, uma vez que a Vale recomprou suas ações no montante de US$ 966 milhões. Tal fato foi parcialmente compensado por US$ 476 milhões de dívida líquida emitida no trimestre.

O preço médio de venda dos finos de minério de ferro realizado pela Vale no quarto trimestre do ano passado ficou em US$ 95,6 por tonelada, uma alta de 3,2% na comparação com o terceiro trimestre, mas uma queda de 10,8% frente ao quarto trimestre do ano anterior.

O preço médio realizado no níquel ficou em US$ 24.454 por tonelada métrica no quarto trimestre do ano passado, 28,11% acima do quarto trimestre de 2021.

No cobre, o preço médio realizado entre outubro e dezembro ficou em US$ US$ 8.337 por tonelada métrica, 17,9% abaixo do quarto trimestre de 2021.

O custo caixa C1 da Vale, excluindo compras de terceiros, ficou em linha t/t, principalmente devido a (a) menor diluição dos custos fixos devido à menor produção vs. 3T; e (b) maiores custos de serviços no Sistema Sul, que foram compensados por (a) consumo de estoques do 3T com custos menores; e (b) menores custos relacionados ao diesel. O efeito do custo de compras de terceiros foi reduzido, uma vez que os volumes de terceiros representaram uma participação menor nas vendas totais da Vale vs. 3T.

O resultado financeiro líquido foi negativo em US$ 658 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo ganhos financeiros de US$ 3,158 bilhões da mesma etapa de 2021.

As despesas operacionais somaram US$ 1,115 bilhão, uma queda de 60% frente aos US$ 2,849 bilhões.

As despesas relacionadas a Brumadinho e descaracterização de barragens atingiram US$ 375 milhões no 4T22 ante US$ 2,115 bilhões do 4T21.

  • Produção e vendas

A receita líquida de vendas do quarto trimestre recuou 8,88% no comparativo anual, a R$ 11,9 bilhões, mas mostrou recuperação comparado com o terceiro trimestre.

A Vale adiantou que a produção de minério de ferro atingiu 80,8 milhões de toneladas métricas no período.

O montante representa uma queda de 9,9% sobre o resultado do trimestre anterior e um recuo de 1% comparado com o volume registrado no mesmo intervalo de 2021.

No comparativo trimestral, houve redução de produção no Sistema Norte, explicada principalmente pelos níveis de chuva sazonalmente maiores e pelo desempenho de Serra Norte.

Nos Sistemas Sudeste e Sul, a produção também caiu trimestre a trimestre, com impacto das chuvas na região de Minas Gerais. O desempenho do Sudeste também foi impactado pela manutenção planejada dos equipamentos de mina de Alegria, enquanto os resultados do Sistema Sul foram impactados por menores compras de terceiros.

No ano, a Vale acumulou uma produção de 307,8 milhões de toneladas de minério de ferro, abaixo da projeção de 310 milhões de toneladas do ingrediente siderúrgico para 2022. Em relação a 2021, o volume caiu 1,6%.

As vendas de finos de minério de ferro e pelotas totalizaram aproximadamente 90 milhões de toneladas no quarto trimestre. O prêmio all-in totalizou US$ 5,40/tonelada, contra US$ 6,6/tonelada no terceiro trimestre, principalmente devido a menores prêmios contratuais de pelota, após prêmios recordes no terceiro trimestre.

As vendas de níquel subiram 31,4% no comparativo trimestral, refletindo a conversão dos estoques formados no trimestre anterior em vendas.

  • Investimentos

Os investimentos da Vale totalizaram US$ 5,4 bilhões em 2022, em linha com o guidance e 8% superior a/a, devido ao projeto de energia Sol do Cerrado, bem como os projetos de minério de ferro Serra Sul 120 Mtpa, Capanema e Briquete de Tubarão.

Para 2023, mineradora espera investir US$ 6 bilhões, impulsionado pela construção do 2º forno de Onça Puma e do VBME, o aporte de capital do projeto Morowali na Indonésia e o andamento dos projetos de minério de ferro Serra Sul 120 Mtpa e Capanema no Brasil.

Os investimentos em projetos de crescimento em construção totalizaram US$ 426 milhões no 4T, um aumento de US$ 51 milhões t/t, principalmente devido ao progresso dos projetos Serra Sul 120 Mtpa, Capanema e Salobo III. Isso foi parcialmente compensado por menores investimentos no projeto Sol do Cerrado após seu start-up no 3T.

Os investimentos de manutenção de nossas operações totalizaram US$ 1.361 milhões no 4T, US$ 506 milhões superior t/t, principalmente devido aos desembolsos sazonalmente maiores ao final do ano, bem como desembolsos maiores para o projeto Voisey’s Bay.

  •  Endividamento

A dívida bruta e arrendamentos totalizaram US$ 12,7 bilhões em 31 de dezembro de 2022, US$ 508 milhões maior t/t, principalmente, devido aos US$ 500 milhões de dívida emitida como parte da estratégia de gestão de passivos da Vale.

A dívida líquida expandida aumentou em US$ 856 milhões t/t, atingindo US$ 14,1 bilhões em 31 de dezembro de 2022, principalmente, explicado pelo desembolso de US$ 966 milhões para o programa de recompra de ações.

O prazo médio da dívida foi de 8,7 anos em 31 de dezembro de 2022, ligeiramente menor que os 9,2 anos em 30 de setembro de 2022. Após swaps cambiais e de juros, o custo médio da dívida ficou em linha com o 3T22 em 5,5% por ano.

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de US$ 7,915 bilhões ante US$ 1,877 bilhão da mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,4 vez em dezembro de 2022, alta de 0,3 vez em relação ao mesmo período de 2021.

  • Projeções

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeu, disse que a mineradora projeta um portfólio maior de minério de ferro a partir de 2023, com maior teor da commodity nas vendas. A produção de minério de ferro será de 310-320 mt e 340-360 em 2023 e 2026, com teor de mínerio de ferro nas vendas de 62,9% e 63,5% nesses períodos.

Em 2022, a produção foi de 308 Mt com teor de 62,2% nas vendas. Com isso, a Vale disse que busca melhorar a qualidade da matéria-prima e fornecer soluções verdes para siderurgia. Os dados foram apresentados na reunião pública de apresentação dos resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22), na manhã desta sexta-feira.

“O nosso negócio é uma maratona. Quem embarcar vai colher bons resultados no futuro”, disse CEO em resposta a analistas sobre a perspectiva de resultados da companhia. “A companhia foi benchmark em minério de ferro de melhor qualidade e nossos prêmios consideram melhorias na curva de custos.”

O executivo disse que os negócios com a China “vão bem” e que a companhia tem boas perspectivas com a reabertura econômica do país.

Em suas perspectivas para o ano, a Vale anunciou que busca “uma organização adequada ao objetivo para entregar a estratégia de longo prazo; adoção de medidas para atender a demanda crescente de produtos de qualidade no mercado; entrega de novos projetos para transição energética; e disciplina de capital e retorno ao acionista continuam como prioridade.”

Em relação ao novo desenho organizacional anunciado ontem à noite — houve uma mudança na nomenclatura de suas divisões, com Minerais Ferrosos passando a se chamar Soluções para Siderurgia e Metais Básicos se tornando Materiais para Transição Energética -, a Vale disse que Jerome Guillen será conselheiro independente para a área de Materiais para Transição Energética. O executivo estava na Tesla e a Vale disse que busca pessoas que possam agregar conhecimentos em veículos elétricos.

“A mudança foi feita com foco na melhoria de resultados e entrega de soluções verdes”, disse Gustavo Pimenta, vice-presidente executivo de finanças da Vale, durante a apresentação.

A Vale espera alcançar uma redução de custos de níquel com o ramp-up (aumento de produção) da mina de Salobo 3, em Marabá (PA), segundo Pimenta.

“Estamos empolgados com esse ramp-up, há muito potencial, nossa geração de caixa está subestimada”, disse Bartolomeo sobre o projeto.

A mineradora anunciou projeções de melhoria de custos para o ano. Em ebitda break-even de finos de minério de ferro e pelotas, a meta é baixar para US$ 47/t, de US$ 49,3. No níquel, o custo all-in deve cair para US$ 13.000/t em 2023, de US$ 13.440/t em 2022. Em cobre, o custo all-in ex-Hu’u deve cair para US$ 3.200/t de US$ 4.502/t na mesma base de comparação. “Os volumes estão um pouco flat e queremos retirar o custo com os produtos”, comentou a diretoria.

Deshnee Naidoo, vp de metais básicos, disse que o guidance para níquel prevê mudanças e inclui o ganho de produção. “Esperamos ano parecido para níquel. Para o cobre, teremos 10 mil toneladas e apoio melhorado em relação a 2022. Precisamos ganhar com a manutenção de Salobo e Sossego, mapear riscos, ver os backlogs. Em janeiro tivemos um bom desempenho”, comentou a executiva.

Marcelo Spinelli, de soluções de minério de ferro, disse que a área de briquete está em testes e que a companhia analisa o impacto do produto nas embarcações. “Para esse ano, o plano é testar, temos estratégia comercial parecida com pellets e vamos buscar fornecer para os nossos clientes mundiais”, disse.

Em relação aos resultados do 4T22, Pimenta disse que o fluxo de caixa foi impactado por capital de giro e capex, como disse em seu balanço, e espera reverter esse efeito no capital de giro nos próximo trimestres.

Vale aprova distribuição de R$ 8,1 bilhões em dividendos

A Vale aprovou a distribuição de dividendos no valor total bruto de R$ 8.130.338.200,00, correspondente ao valor total de R$ 1,827646133 por ação, apurados conforme o balanço de 30 de setembro de 2022.

O valor de dividendos a ser pago por ação pode sofrer pequena variação até a data de corte em decorrência do programa de recompra de ações, que impacta o número de ações em tesouraria. A data de corte para pagamento dos dividendos aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 será o dia 13 de março de 2023, e a record date para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociados na New York Stock Exchange (NYSE) será o dia 15 de março de 2023.

Os resultados da Vale (BOV:VALE3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 16/02/2023. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A Vale continua a procurar parceiros estratégicos em sua área de metais básicos, algo que já vem sendo anunciado há algum tempo. Agora, porém, a mineradora afirma estar otimista, com planos de anunciar um novo parceiro ainda no primeiro semestre de 2022, apesar de manifestar insatisfações de como o mercado precifica o negócio.

As falas foram feitas durante a teleconferência entre executivos e analistas, após a publicação dos resultados do quarto trimestre de 2022.

No mês passado, a companhia revelou que recebeu ofertas por uma participação minoritária no negócio. O CEO mencionou que o negócio tem uma necessidade de caixa de, ao menos, US$ 20 bilhões.

“Toda a indústria está subavaliada. Nós não podemos estar no cerne da revolução energética e estarmos com essa avaliação de valor. Esperamos que as pessoas entendam a criticidade da mudança que está por vir”, comentou Eduardo Bartolomeo, diretor executivo (CEO) da companhia, na teleconferência após os resultados do quarto trimestre. “Não temos dúvidas que seremos reclassificados e toda a indústria será. Somos críticos dos preços atuais”.

A Vale trouxe, recentemente, Jerome Guillen, executivo da Tesla, para ajudar a companhia na aproximação com os negócios de carros elétricos.

“Temos ativos singulares e oportunidades inigualáveis no que tende a renovação de matriz energética. Contratamos agora um executivo que ficou na Tesla por dez anos, mas que não está mais, e que vai nos ajudar muito a destravar valor”, diz o executivo.

De forma geral, a empresa está mais otimista para a produção nesta frente em 2023 – uma vez que algumas manutenções em minas de cobre foram encerradas e com a companhia esperando que algumas plantas acelerem suas operações.

Para o braço de minério de ferro, a mineradora também sinaliza algumas mudanças de olho na transição energética, de olho na demanda por um minério de mais qualidade e mais limpo.

A Vale afirma estar formando parcerias com siderúrgicas para encontrar novas soluções para descarbonizar a indústria. E mesmo que isso traga alguns custos, o esperado é que os prêmios maiores mais do que compensarão os gastos.

“É importante dizer que fomos a referência no ano passado em termos de custos totais por causa de nossos minérios de alto teor. Os prêmios estão desempenhando um papel importante. Essa é estratégia de médio a longo prazo que vemos”, defende Marcello Spinelli, diretor do braço de minério e ferrosos.

No final de dezembro do ano de 2022, houve uma mudança na diretoria, com Carlos Medeiros passando a dividir a diretoria do braço de minério e ferrosos junto com Spinelli.

“Redesenhamos a nossa organização, levando o Spinelli a focar no marketing e na estratégia, de olho no desafio mais imediato, de um mundo que está em mudança”, explicou Bartolomeo.

A Vale declara que a demanda por ferros mais limpos e de qualidade vem crescendo, mesmo com adversidades, como o problema energético na Europa, importante consumidor deste tipo de produto. Já na demanda geral, os executivos também falam que 2023 começou com o “pé direito”, principalmente com melhoras na China.

A companhia defende que continua avançando no desenvolvimento de segurança em suas barragens, tentando implementar isso na “cultura da empresa”. Nas negociações com o governo quanto às indenizações de Mariana, a Vale espera fechar o assunto ainda neste ano.

A mineradora, por fim, diz que seguirá com sua política de dividendos e que os planos de recompra de ações não mudam, mesmo com a recente valorização das ações.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

Diante de custos ainda altos na operação de ferrosos, a Vale reportou novamente um resultado operacional abaixo das expectativas no quarto trimestre, de acordo com a Ativa Investimentos, em relatório.

Em finos de minério, o nível de vendas e o menor desconto frente ao minério de referência foram os destaques do período, escreve o analista Ilan Arbetman. No entanto, uma menor diluição de custos fixos face a menor produção somados a maiores custos no Sistema Sul compensaram a queda nos custos de frete e diesel, afirma.

Segundo ele, em que pese a dinâmica positiva nos preços de minério de ferro, cobre e níquel, o fluxo de caixa livre ainda está sendo consumido por um forte capital de giro, investimento e despesas com Brumadinho. O analista diz que os preços de minério de ferro estão altos e podem sofrer futuras correções.

Em metais básicos, os maiores preços médios dividiram espaço com menores prêmios em níquel e uma produção ainda abaixo do potencial em cobre, segundo Arbetman. Ele destaca ainda que a Vale anunciou um dividendo de R$ 1,83 por ação, que consideramos neutro e não altera a visão negativa do resultado.

Ativa tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 92,00…

Bank of America

O quarto trimestre da Vale veio de acordo com as expectativas e sem grandes eventos que pudessem desencadear resultados atípicos, avalia o Bank of America (BofA). Para o banco, os números da mineradora refletiram aquilo que já era esperado após o relatório de produção.

O BofA comenta que, em uma base de comparação trimestral, os resultados da Vale foram impulsionados por embarques mais fortes e maiores preços de níquel e cobre. O relatório de produção já havia sinalizado esse desempenho dos embarques, o que reforçou as estimativas do banco para o Ebitda da companhia. A Vale apresentou entre outubro e dezembro um Ebitda de US$ 5 bilhões, em linha com a projeção.

O fluxo de caixa ficou abaixo das perspectivas do BofA, devido ao aumento de US$ 1,8 bilhão no capital de giro e do avanço para da dívida líquida, que resultou em uma alavancagem de 0,4 vez dívida líquida/Ebitda.

A Vale anunciou um pagamento de dividendos de US$ 0,41 por ação para março, em linha com o pagamento mínimo estipulado por sua política de dividendos, destaca o BofA.

O banco reconhece o forte impulso que a reabertura da China pode trazer para a empresa, especialmente devido ao estímulo imobiliário que pode continuar a dar suporte aos preços do minério de ferro no curto prazo.

Bank of America mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 100,00…

Bradesco BBI

A Vale reportou um quarto trimestre de 2022 consistente e dentro do esperado pelo Bradesco BBI. O banco destaca, em relatório, que os números foram sustentados por volumes de minério de ferro sazonalmente mais fortes e pela realização de preços, ao mesmo tempo em que a linha de metais básicos registrou boa recuperação no trimestre.

“Permanecemos construtivos quanto ao momento de ganhos da Vale à frente, uma vez que esperamos que a empresa se beneficie fortemente de um ambiente de preços de minério de ferro mais benigno em 2023 e de um desempenho operacional mais saudável na divisão de metais básicos”, afirmam os analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Barder.

Além disso, eles notam que a empresa continua focada na remuneração dos acionistas, enquanto sua dívida líquida expandida permanece sob controle, em US$ 14 bilhões.

Até o final de 2023, os analistas esperam que a Vale devolva cerca de US$ 10,2 bilhões aos acionistas — deste total, aproximadamente US$ 5,3 bilhões em dividendos mínimos, considerando os US$ 1,8 bilhão anunciados a serem pagos em março, e US$ 4,9 bilhões em recompras, considerando as ações remanescentes no programa a preços à vista, representando 14% do valor de mercado.

Os analistas pontuam que, de acordo com a estimativa de Ebitda de aproximadamente US$ 26 bilhões para 2023 (que pressupõe um preço médio de minério de ferro acima do consenso de US$ 130 por tonelada), a ação é negociada a um múltiplo de 3,4 vezes o seu valor sobre o Ebitda esperado para 2023. O número fica abaixo do múltiplo de 5 vezes que o banco considera justo, com um rendimento de fluxo de caixa livre de 14%.

O Bradesco BBI mantém a recomendação de compra para a Vale e o preço-alvo de US$ 23 por recibo de ação (ADR).

Credit Suisse

A Vale apresentou resultados de quarto trimestre um pouco acima do esperado, impulsionada por preços realizados do minério de ferro maiores do que as estimativas, diz o Credit Suisse.

Os analistas Vanessa Quiroga e Lucca Biasi destacam que a geração de fluxo de caixa livre da mineradora foi fraca, aumentando a dívida líquida aumentou para US$ 14,1 bilhões e a alavancagem para 0,38 vez o Ebitda.

“No todo, vemos os resultados como neutros para as ações”, comentam. O banco espera que a diretoria da empresa fale sobre a venda de participação na unidade de metais básicos e também sobre o acordo final de Mariana.

Com múltiplos de 3,6 vezes o Ebitda, o Credit Suisse vê os papéis descontados sobre pares australianas e com um rendimento de fluxo de caixa de 10%, o que deve manter os dividendos elevados.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo em US$ 25,50…

Goldman Sachs

A Vale teve um quarto trimestre em linha com as estimativas, marcado por volumes de vendas sazonalmente melhores, custo do minério de ferro melhor com menores taxas de frete, qualidade mais fraca do minério de ferro e um trimestre ainda volátil sobre os custos dos metais básicos, diz o Goldman Sachs.

Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques escrevem que o desempenho operacional da Vale tem decepcionado com a produção em geral, qualidade e custos abaixo das expectativas dos investidores nos últimos anos.

“No entanto, a administração tem se concentrado em transformar o negócio e buscar estabilidade de custos de metais (e futuras expansões), bem como na melhoria média da qualidade de minério de ferro”, dizem. Para eles, a mudança potencial no momento operacional atual é chave para que os investidores se tornem mais construtivos.

Enquanto isso, os preços do minério de ferro devem permanecer como o principal fator da tese de investimento na Vale, dizem eles, com risco de alta nos preços apoiado pela produção de aço sazonalmente melhor da China, oferta global ainda fraca e sentimento positivo contínuo em relação à China. Os analistas destacam ainda o anúncio do pagamento de dividendos pela Vale.

Goldman Sachs tem recomendação neutra com preço-alvo de US$ 12…

Santander

A Vale registrou resultados em linha com as estimativas no quarto trimestre, com volumes mais fortes sazonalmente conseguindo mitigar parte dos efeitos do fluxo de caixa mais fraco, diz o Santander.

Os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola escrevem que os preços realizados mais altos ajudaram a conversão de volume e a manter o custo caixa C1 dentro das estimativas.

Com dívida líquida expandida em US$ 14,1 bilhões, bem dentro da meta entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões, o banco acredita que a mineradora deve continuar pagamento de dividendos em 2023.

O Santander tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 18 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 5,32% sobre o fechamento de ontem.

UBS

A Vale reportou resultados no quarto trimestre em linha com as expectativas, com Ebitda ajustado de US$ 5 bilhões, ante o consenso de US$ 4,98 bilhões, e anunciou o pagamento de dividendos, diz o UBS BB, em relatório.

Os analistas Andreas Bokkenheuser, Cleve Rueckert e Cadu Schmidt escrevem o aumento do Ebitda ajustado em base trimestral reflete o maior volume de vendas de minério de ferro e preços realizados, maiores preços realizados para níquel e cobre, bem como Ebitda de metais básicos mais forte, 24% acima do consenso.

Eles destacam que o custo de equilíbrio do minério de ferro para a China cresceu em base anual, com redução no custo caixa do minério de ferro e do frete de finos, compensado em parte por um aumento nas despesas com multas e royalties. Os analistas preveem US$ 95 por tonelada de minério de ferro até o final de 2023, abaixo da previsão da Vale de US$ 109, afirmando que o recente rali é especulação sobre a reabertura da China.

Além disso, a Vale anunciou US$ 1,8 bilhão em dividendos a serem pagos em março, concluindo a distribuição referente ao segundo semestre de 2022, e alcançou 213 milhões de ações recompradas. Por fim, a dívida líquida expandida totalizou US$ 14,1 bilhões, dentro da meta de US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões, dizem os analistas.

UBS BB tem recomendação de venda com preço-alvo de US$ 12… abaixo do valor de US$ 19,8 no fechamento de ontem na Bolsa de Nova York.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Suno, Agência CMA

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