O bitcoin (BTCUSD) encerra mais uma semana movimentada para os ativos de risco em geral com preço próximo do recorde no ano e ganho sólido apesar da tensão com a crise de liquidez dos bancos e a pane técnica da Binance nesta sexta.

Na semana, a maior das criptomoedas teve alta de 11,2%, enquanto a Nasdaq subiu 1,7% e o índice S&P 500 da bolsa de Nova York avançou 1,4%.

Para a próxima semana, a última do primeiro trimestre do ano, os investidores seguem monitorando a situação do Deutsche Bank e demais bancos regionais dos EUA, além do índice de preços com gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que podem mexer com as cotações.

“Temos que continuar de olho na macroeconomia e na situação bancária. O caso do Deutsche Bank preocupa porque é mais um grande banco europeu depois do Credit Suisse com problemas”, disse Lucca Benedetti, analista de Research do Mercado Bitcoin.

Na visão de Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset, as criptomoedas têm oscilado impulsionadas tanto pelo cenário macro incerto quanto pelos temas de regulação do setor, que ainda tendem a ter muita influência na indústria no decorrer do ano.

“Nos EUA, a SEC está atuando fortemente sobre alguns players do setor cripto, como a Coinbase, e essa postura pode acabar afastando empresas cripto dos EUA. Com isso, o preço do bitcoin e índices acionários tendem a lateralizar”, disse.

Perto das 18h15 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 27.621.40, com recuo de 2,6% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether valia US$ 1.751,63, com ganho de 0,4%. Em reais, o bitcoin era cotado a R$ 145.114 (-3,12%), enquanto o ether estava em R$ 9.222,11 (-4,26%).