Analistas do Itaú BBA e Goldman Sachs reduziram as projeções para o lucro operacional da Vale no primeiro trimestre, após a segunda maior produtora global de minério de ferro frustrar as expectativas de embarques da commodity no período.
A Vale (BOV:VALE3) produziu 66,8 milhões de toneladas de minério de ferro entre janeiro e abril. As vendas do ingrediente siderúrgico, no entanto, atingiram o montante de 45,9 milhões, afetadas por restrições de embarques no Terminal Ponta da Madeira, no Maranhão, devido ao período chuvoso e uma manutenção não programada em equipamentos do porto, segundo relatório operacional divulgado ontem.
Os números levaram o Itaú BBA a revisar o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da mineradora de US$4,1 bilhões para US$3,7 bilhões no primeiro trimestre. Já o Goldman Sachs reduziu de US$5,2 bilhões para R$4,1 bilhões.
Embora seja reflexo de uma situação “anormalmente intensa no Norte”, conforme ressaltou o BTG Pactual sobre o resultado, as vendas frustraram as expectativas de cinco bancos de investimento consultados pela Mover. As chuvas também impactaram preços realizados e prêmios obtidos pela Vale, já que restringiram exportações do valioso minério de Carajás.
“A Vale espera compensar esse impacto no segundo semestre, mantendo seu plano anual de vendas inalterado”, disse a companhia no relatório.
Perto das 11h15, as ações ordinárias da mineradora recuavam 3,40% na B3, cotadas a R$75,87. No ano, os papéis se desvalorizam 12,68%.