O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,58% em abril, após ter aumentado 0,05% em março, informou nesta segunda-feira, 17, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O período de coleta de preços para o indicador de abril foi do dia 11 de março a 10 deste mês.

Com o resultado de abril, o IGP-10 acumulou um recuo de 0,46% no ano. A taxa em 12 meses ficou em -1,90%.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) caiu 0,96% em abril. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,07%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,31% em março para 0,51% em abril.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,14% para 0,08%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,64% em abril. No mês anterior, a taxa foi de -0,35%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,25% em março para -1,59% em abril. A principal contribuição para intensificar a queda do grupo partiu do subgrupo matérias e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,29% para -1,14%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,98% em abril, após queda de 0,53% no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,88% em março para -1,62% em abril. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: soja em grão (-2,45% para -7,63%), minério de ferro (4,11% para 0,58%) e café em grão (8,36% para -3,28%).

Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: bovinos (-2,66% para 1,30%), aves (0,51% para 2,38%) e arroz em casca (-0,96% para 0,29%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,57% em abril. Em março, o índice variara 0,47%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (1,24% para 1,86%), Alimentação (0,00% para 0,15%) e Vestuário (0,25% para 0,45%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (2,89% para 5,87%), hortaliças e legumes (-5,00% para -2,06%) e roupas (0,21% para 0,57%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,04% para -1,37%), Comunicação (0,52% para 0,12%), Habitação (0,81% para 0,78%), Despesas Diversas (0,18% para 0,15%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,86%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-5,72% para -7,46%), tarifa de telefone móvel (1,29% para 0,40%), aluguel residencial (3,43% para 1,44%), conselho e associação de classe (1,42% para 0,64%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 1,20%).

Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,22% em abril. No mês anterior a taxa foi de 0,12%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,05% para -0,14%), Serviços (0,89% para 1,07%) e Mão de Obra (0,14% para 0,38%).