A Vale realizou o embarque de briquete verde para o primeiro teste internacional em alto-forno de um cliente nesta semana. O produto é um aglomerado de minério de ferro utilizado por siderúrgicas durante um processo anterior à fabricação do aço. A vantagem dele é a redução de 12% nas emissões de gás carbônico (CO2).

O comunicado foi feito pela mineradora (BOV:VALE3) nesta segunda-feira (17).

Anunciado em 2021 pela Vale, o briquete verde pode substituir os produtos tradicionalmente comercializados hoje para os altos-fornos, como o sinter, a pelota e o granulado. A solução é uma alternativa positiva para a indústria siderúrgica, que é uma das maiores contribuintes para as emissões de CO2 no mundo.

O diretor de desenvolvimento de produtos e negócios da Vale, Rogério Nogueira, afirmou que a partir dos testes industriais, é possível fortalecer a confiança dos parceiros estratégicos da companhia. “Este é mais um marco importante no nosso caminho para fornecer soluções de baixa emissão de carbono para a indústria siderúrgica global”, disse.

Segundo a Vale, o teste industrial será realizado no início de maio nas instalações de um cliente na Europa. Foram embarcadas 8 mil toneladas de briquete verde a partir do Porto do Açu, no litoral norte do RJ, em direção ao Porto de Roterdã, na Holanda.

No Brasil, já foram testadas industrialmente 70 mil toneladas do briquete em seis diferentes altos-fornos, totalizando 126 dias de uso. Para expandir as vendas do material, a Vale está construindo ainda duas plantas de briquete verde em Vitória, no Espírito Santo. A primeira delas deverá entrar em operação no final do primeiro semestre.

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