O dólar à vista fechou com alta expressiva frente ao real nesta segunda-feira, com o mercado adotando posições defensivas após ruídos vindos de Brasília. A moeda já iniciou o dia com viés de alta, diante da notícia de que a AGU entrou com ação no STF para tentar recuperar poder de voto na Eletrobras.
A manobra foi vista como um primeiro passo para reverter a privatização da companhia, mas depois o governo negou essa possibilidade. No meio do dia veio a informação de que o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, braço direito de Haddad, foi indicado para a vaga de diretor de Política Monetária do BC.
A diretoria de Fiscalização ficará com Ailton Aquino, funcionário de carreira do BC. A escolha de Galípolo foi mal-vista pelo mercado, como uma tentativa do governo de interferir no rumo da política monetária.
A avaliação é que Galípolo deverá assumir o comando do BC quando terminar o mandato de Campos Neto, em 2024. Lá fora, o dólar operou em alta frente aos pares, especialmente a partir do meio da tarde, após o relatório trimestral de crédito do Fed mostrar aperto disseminado na economia dos EUA, elevando o risco de recessão.
O dólar à vista fechou em alta de 1,37%, a R$ 5,0115, após oscilar entre R$ 4,9442 e R$ 5,0175. Às 17h10, o dólar futuro para junho avançava 0,98%, a R$ 5,0335. Lá fora, o índice DXY ganhava 0,20%, para 101,415 pontos. O euro caía 0,14%, para US$ 1,1002. E a libra perdia 0,11%, a US$ 1,2617.