Após cinco sessões em baixa, o dólar à vista passou por correção nesta terça-feira, pressionado pela alta da moeda no exterior e pela piora na percepção de risco fiscal após a divulgação do relatório de Cláudio Cajado sobre o novo arcabouço.

Lá fora, dados fracos de atividade da indústria e do varejo na China reforçaram as preocupações de desaceleração da segunda maior economia do mundo, o que levou as moedas de países produtores de commodities a perderem terreno para o dólar. A Capital Economics previu que a recuperação pós-pandemia da China vai se esgotar no segundo semestre.

O mercado externo também monitorou o andamento das discussões sobre o teto da dívida americana. Aqui, investidores mostraram alguma frustração com o relatório final do arcabouço, que não trouxe a possibilidade de corte proporcional à frustração de receita nem crime de responsabilidade. A avaliação é de que o relatório veio melhor que o texto original da Fazenda, mas em comparação à Lei de Responsabilidade Fiscal, ainda é mais flexível.

O dólar à vista fechou em alta de 1,12%, a R$ 4,9428, após oscilar entre R$ 4,8871 e R$ 4,9542.

Os contratos de dólar futuro avançaram 0,92% na B3 nesta terça-feira, cotados a R$4,955.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,20%, aos 102,6 pontos. O euro caía 0,11%, a US$ 1,0863. E a libra perdia 0,37%, a US$ 1,2482.

Ptax sobe a R$ 4,9116 para compra e R$ 4,9122 para a venda

A PTax, média das cotações do dólar apuradas pelo Banco Central (BC), subiu 0,0%, a R$ 4,9116 para compra e R$ 4,9122 para a venda.

A Ptax é utilizada em diversos produtos do mercado de câmbio, desde os contratos futuros e de opções de câmbio listados na B3 até os contratos derivativos de balcão negociados no mercado local e no exterior, além de operações financeiras de empresas no segmento de câmbio com entrega física.

BC oferta até 16 mil contratos de swap cambial em rolagem

O Banco Central anunciou nesta terça-feira que realizará leilão de swap cambial tradicional amanhã com a oferta de até 16 mil contratos de swap, totalizando US$800 milhões.

Entre 11h30 e 11h40, serão ofertados contratos para 1 de setembro de 2023 e 1 de fevereiro de 2024. A data do início dos contratos é 3 de julho de 2023, período para o qual estão previstos vencimentos de US$15,5 bilhões, totalizando 309.430 contratos. No anúncio da oferta, o BC informou a intenção de realizar a rolagem integral.

Instituição vai ofertar amanhã R$ 4 bilhões em compromissadas

O Banco Central também realiza amanhã uma operação de venda de títulos públicos com compromisso de revenda pelas instituições participantes. A oferta terá valor financeiro máximo de R$ 4 bilhões, sendo que, de um mesmo título/vencimento, cada instituição financeira poderá adquirir até 100%
do valor de suas(s) proposta(s) aceita(s).

A oferta será de:

a) Letras do Tesouro Nacional (LTN): vencimentos em 1°/10/2023, 1°/1/2024, 1°/4/2024, 1°/7/2024, 1°10/2024, 1°/1/2025, 1°/4/2025, 1°/7/2025, 1°/1/2026 e 1°/7/2026

b) Notas do Tesouro Nacional, Série B (NTN-B): vencimentos em 15/8/2024, 15/5/2025, 15/8/2026, 15/5/2027,15/8/2028, 15/8/2030, 15/8/2032, 15/5/2033, 15/5/2035, 15/8/2040, 15/5/2045, 15/8/2050, 15/5/2055 e 15/8/2060

c) Notas do Tesouro Nacional, Série F (NTN-F): vencimentos em 1°/1/2025, 1°/1/2027, 1°/1/2029, 1°/1/2031 e 191/2033; e

d) Letras Financeiras do Tesouro (LFT): vencimentos em 1°/9/2023, 1°/9/2024, 1°/3/2025, 1°/9/2025, 1°3/2026, 1°/9/2026, 1°/3/2027, 1°/9/2027, 1°/3/2028, 1°/9/2028 e 1°/3/2029.

O Banco Central receberá as propostas, limitadas a três por instituição, das 12h às 12h30. O resultado será divulgado a partir das 12h30. A liquidação de venda será no dia 18 de maio de 2023 e a revenda em 17 de agosto de 2023.

Informações BDM