O dólar comercial fechou em alta de 1, 16%, cotado a R$ 5,0460. A moeda refletiu a espera do mercado pela Super Quarta, com as reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e Comitê de Política Monetária (Copom) que irão divulgar, amanhã, as taxas básicas de juros.
A economista do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli entende que o mercado de câmbio, hoje, está refletindo a perspectiva de aumento dos juros nos Estados Unidos, e em segundo plano a preocupação com a saúde financeira dos bancos estadunidenses, o que prejudica as moedas emergentes.
Quartaroli acredita que a percepção de que o governo irá fazer ajustes nas contas públicas via aumento na arrecadação de impostos, mas sem mexer nos gastos, que é uma questão fundamental para o País.
Para o sócio fundador da Pronto’ Invest Vanei Nagem, “é uma semana difícil, nervosa. Lá fora está ruim, com bolsas negativas. A dúvida é se vai continuar o aperto de juros ou começar a ceder”.
De acordo com o boletim da Ajax Asset, “lá fora, decisão do Banco Central (BC) da Austrália reforçou cautela dos investidores. O mercado aguarda decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) para novas pistas sobre a política monetária dos Estados Unidos. Por aqui, cautela externa deve impactar mercados locais”.
“O Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês) elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (pp), para 3,85% ao ano, surpreendendo o mercado: que esperava manutenção da taxa. Segundo o comunicado, a prioridade do Conselho continua sendo o retorno da inflação à meta de 2% a 3%, e será feito o que for necessário para alcançá-la”, contextualizou a Ajax.