Os analistas do Bradesco BBI elevaram a recomendação para a Oceanpact, prestadoras de serviços offshore no Brasil, de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e também o preço-alvo, que passou de R$ 4,50 para R$ 7 (potencial de valorização de 94% em relação ao fechamento da véspera).
“Vemos a tese de investimento da Oceanpact (BOV:OPCT3) atingir um ponto de inflexão depois de navegar por águas turbulentas”, avaliam os analistas.
Segundo eles, com base em uma gestão cautelosa que tem apostado na disciplina de capital e na gestão de expectativas, 60% da frota de embarcações da companhia tem taxas diárias cerca de 17% abaixo dos valores de mercado. Portanto, à medida que os contratos são renovados, veem o Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE) subindo gradativamente, com um ponto de inflexão a ser alcançado a partir do 4T23 e se intensificando em 2024/2025.
“Além disso, a tese de investimento tem opcionalidades não embutidas em nosso preço-alvo de R$ 7: a disputa legal sobre quebra de contrato de 2 embarcações da Petrobras que poderia render à empresa R$ 700 milhões (cerca R$ 3,50 por ação) em indenizações nos próximos 1 a 2 anos; desenvolvimento de projetos eólicos offshore no Brasil (66 estão aguardando licenças ambientais) e projetos de óleo e gás na Margem Equatorial do Brasil também nos próximos 2 anos, o que poderia aumentar as receitas da empresas; e taxas de juros potencialmente em queda no Brasil, beneficiando a companhia, uma vez que, para cada 100 pontos-base de corte da Selic, o FCFE pode aumentar em cerca de 6%”, apontam.
Entre os riscos, está a ainda baixa liquidez das ações e uma potencial reviravolta no ciclo do setor no Brasil, além de riscos regulatórios.