O Itaú BBA elevou suas estimativas para o Banco do Brasil agora prevendo crescimento de lucros de dois dígitos e ROE de aproximadamente 20% para 2023 e 2024.

“Vemos temores sobre o efeito de uma taxa Selic mais baixa em sua margem financeira e, portanto, lucros de 2024, como exagerado”, comenta o Itaú BBA, em relatório sobre este tópico, em que analisa cada uma das carteiras de ativos do BB e seus custos de captação.

A análise conclui que o BB pode mais do que compensar o impacto negativo de uma taxa Selic mais baixa sobre a margem financeira de mercado, apenas transferindo parte de seus R$ 430 bilhões em títulos não creditícios para ativos de crédito. Os analistas apontam que apenas 47% dos ativos rentáveis do BB são crédito hoje, rendendo um spread sobre o CDI bem abaixo da média histórica de 50%-55%, então uma mudança é provável.

“Nosso estudo mostra que qualquer valor acima de 52% pode garantir um crescimento de NII total de dois dígitos em 2024.

Portanto, estamos fora do consenso e solicitamos outra rodada de crescimento de lucros no próximo ano”, comentam. O ROE sustentado acima da indústria, juntamente com a queda do prêmio de risco do país/ações e a governança aprimorada, provavelmente justificarão uma reclassificação, na avaliação do BBA

Com isso, o Itaú BBA eleva o valor justo para BBAS3 para RS 56 por ação (de R$ 48 anteriormente), que exige 0,9x PIB para o ano contra os atuais 0,7x, provavelmente com espaço para mais à medida que esta história se concretizar. O Itaú BBA reitera a classificação de compra na ação do BB e sua preferência pela companhia em bancos.

Informações Agência CMA