O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo do papel do Banco do Brasil para R$ 62, de RS 54, devido a redução de sua estimativa de custo de capital próprio (COE, na sigla em inglês) considerando a recente valorização do papel e reitera a classificação de compra: pois ainda vê um potencial de ganho atraente de 27% para o novo preço-alvo, além de um rendimento de dividendos atraente de 10%.

A análise aponta que o preço das ações do BB (BOV:BBAS3) subiram 40% no acumulado do ano, superando os pares privados (+10%) e o Ibovespa (+8%) devido ao sólido impulso de ganhos, níveis de avaliação deprimidos e processo de transição mais suave do que o esperado sob o novo governo.

Em relatório, o BofA aponta seu principais argumentos altistas (bull) e baixistas (bear) para a avaliação.

Entre os principais argumentos para manter uma visão positiva sobre a ação: a análise destaca que o Banco do Brasil apresenta uma forma atrativa para os investidores participarem do setor agropecuário em franco crescimento no Brasil: pois é o maior credor do segmento e tem espaço para reconquistar mercado compartilhar.

Além disso, a rentabilidade pode ser sustentada acima dos níveis históricos, pois o banco fez melhorias estruturais em sua estrutura de custos e há espaço para aumentar a alavancagem do balanço. O terceiro ponto é que a avaliação permanece descontada em uma base relativa e soma das partes, enquanto o P/BV atual reflete um ROE sustentável de 145%.

Entre os principais argumentos para se tornar mais defensivo (bear) em relação ao nome, o relatório afirma que o Banco do Brasil tem: pela primeira vez, o maior lucro líquido e rentabilidade do setor, o que não é sustentável; lucros (especialmente receitas de juros) são mais vulneráveis a um ambiente de taxas mais baixas e o ciclo de flexibilização deve começar no 3T23; e a cobertura de provisões para perdas com empréstimos voltou aos níveis históricos: enquanto os encargos de provisão estão próximos do mínimo histórico.

Informações Agência CMA