Em relatório enviado aos clientes nesta segunda-feira, os analistas do JPMorgan revisaram sua recomendação para as ações da Petrobras de “neutra” para “overweight”. Eles destacaram a redução na percepção de risco e a alinhamento dos dividendos com empresas globais comparáveis.

Além disso, houve um aumento nos preços-alvo dos papéis PN e ON, negociados na B3, de R$ 30,50 para R$ 41,00, e dos ADRs, que são recibos de ações negociados nos Estados Unidos, de US$ 11,50 para US$ 15,50.

No fechamento da última sexta-feira, as ações preferenciais da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) foram cotadas a R$ 30,28 e as ações ordinárias a R$ 33,75. Nos Estados Unidos, o ADR das ações ordinárias encerrou a US$ 13,76 e o das preferenciais a US$ 12,44.

Os analistas afirmaram que, apesar das mudanças na estratégia da nova administração, essas mudanças não são tão significativas, o que mantém a Petrobras como uma ação subvalorizada que gera um fluxo de caixa livre substancial. Portanto, eles acreditam que a relação risco versus retorno é favorável.

Após visitas a investidores junto com representantes da Petrobras na semana passada, eles destacaram que os investimentos serão aumentados em iniciativas de baixo carbono, mas o foco principal continuará sendo no setor “upstream” (exploração e produção).

Eles também mencionaram que, com base em conversas com a administração da empresa, os dividendos podem ser eventualmente menores, mas continuarão sendo pagos trimestralmente e em linha com as principais petrolíferas, podendo incluir recompras de ações.

Os analistas acrescentaram que a política de preços da Petrobras será mantida em uma faixa estreita, que, em sua opinião, não está muito distante dos preços praticados anteriormente.

No entanto, eles ressaltaram que o principal risco para sua análise ainda é um forte aumento nos preços do petróleo. Caso isso ocorra, a administração da Petrobras indicou que seguirá com a política existente, o que exigiria aumentos nos preços. Esse tem sido um ponto de tensão em governos anteriores.

Em resumo, os analistas do JPMorgan destacaram que, embora alguns aspectos tenham mudado, como a precificação, a disciplina de capital e os dividendos, o núcleo da empresa, assim como sua governança, permanecem intactos.