O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de R$ 45,014 bilhões em maio de 2023. No mesmo período do ano passado, o rombo foi de R$ 34,652 bilhões.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Tesouro Nacional.

Em termos reais, a receita líquida apresentou um aumento de R$ 18,1 bilhões (+14,3%), enquanto a despesa total registrou um aumento de R$ 22,2 bilhões (+13,3%), quando comparadas a maio de 2022.

O resultado sucedeu o superávit de R$ 15,604 bilhões em abril. O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o pior desempenho para o mês desde 2020, quando o resultado havia sido negativo em R$ 158,907 bilhões.

O resultado do mês passado se aproximou da mediana de expectativas do mercado financeiro, que apontava um saldo negativo de R$ 45,640 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 18 instituições financeiras. As estimativas para o déficit iam de R$ 57,000 bilhões e R$ 22,400 bilhões.

Nos cinco primeiros meses do ano, o resultado primário registrou superávit de R$ 2,153 bilhões, o pior resultado desde 2020, quando chegou a um rombo de R$ 278,571 bilhões, corrigido pelo IPCA.

Em maio, as receitas tiveram alta real de 3,7% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve baixa de 1,2%. Já as despesas cresceram 13,3% em maio, já descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação foi positiva em 5,1%.

A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 230 bilhões nas contas do Governo Central. A última projeção do governo, de maio, aponta déficit de R$ 136,2 bilhões, equivalente a 1,3% do PIB. O governo quer fechar 2023 com saldo negativo limitado a 1% do PIB.