As ações da RTX (NYSE:RTX) sofreram uma queda de mais de 10% na terça-feira (25), depois que a empresa de aeroespaço e defesa reduziu suas projeções de fluxo de caixa livre para o ano inteiro, devido a problemas com alguns motores Pratt & Whitney.

A RTX também é negociada na B3 através do ticker (BOV:RYTT34).

No segundo trimestre, a RTX registrou lucro de US$ 1,29 por ação sobre vendas de US$ 18,3 bilhões, superando as estimativas de Wall Street, que esperava um lucro de US$ 1,18 por ação sobre vendas de US$ 17,7 bilhões.

Embora as vendas anuais tenham sido orientadas para cima, chegando a um ponto médio de US$ 73,5 bilhões, acima do ponto médio anterior de US$ 72,5 bilhões, a projeção de ganhos foi ligeiramente elevada para um ponto médio de US$ 5 por ação, de um ponto médio anterior de US$ 4,98. Atualmente, a projeção de Wall Street para os ganhos da RTX em 2023 é de US$ 5,02 por ação.

O motivo principal para a queda das ações foi a revisão para baixo das expectativas de fluxo de caixa livre para o ano inteiro, agora estimado em US$ 4,3 bilhões, em comparação com a orientação anterior de US$ 4,8 bilhões. Esse ajuste se deve a um problema identificado em um metal em pó utilizado na fabricação de certas peças do motor, o que requer a retirada precoce de alguns motores Pratt & Whitney para inspeção.

A Pratt & Whitney, concorrente da GE em motores a jato de corredor único, enfrenta dificuldades, proporcionando uma vantagem para a GE e seus motores LEAP, fabricados em parceria com a francesa Safran.

Ambas as empresas, RTX e GE, apresentaram resultados fortes e projeções otimistas, refletindo a recuperação contínua das viagens aéreas comerciais após a pandemia de Covid-19. Essa tendência positiva também pode indicar um bom desempenho para a Boeing, cujos resultados do segundo trimestre serão divulgados na quarta-feira.

As ações da RTX já sofreram uma queda de 18% este ano, o que indica que a empresa ainda enfrenta desafios a serem superados.