A Ativa Investimentos avaliou positivamente a nova política de remuneração de acionistas da Petrobras, destacando que a redução dos pagamentos de proventos de 60% para 45% deve ser bem recebida pelos investidores, assim como a manutenção do pagamento em relação à geração de caixa e à trimestralidade.

Segundo a Ativa, o mercado esperava um patamar de 40% do Fluxo de Caixa Livre (FCL), portanto, os 45% anunciados devem ser bem aceitos pelos investidores. Além disso, a corretora enfatizou que na nova fórmula não há mais o gatilho de endividamento bruto de US$ 65 bilhões para ativar a política de remuneração.

“Agora, basta o endividamento bruto estar abaixo do máximo estipulado no planejamento estratégico. Essa mudança confere maior flexibilidade à empresa, que não precisará alterar a política caso atinja um nível mais elevado de endividamento”, explicou a Ativa em nota.

Outro ponto destacado pela Ativa é que a nova política permite pagamentos de dividendos extraordinários, o que pode ser considerado um atrativo adicional para os investidores.

A Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) anunciou na última sexta-feira sua nova política de remuneração dos acionistas, ao mesmo tempo em que confirmou o lançamento de um programa de recompra de ações. Com a mudança do percentual sobre o Fluxo de Caixa Livre, os dividendos devem recuar, já que a companhia pretende voltar a investir em aquisições e suspendeu seu programa de desinvestimentos.

As ações da Petrobras reagiram positivamente ao anúncio, registrando uma alta de mais de 3% por volta das 11h, tanto para as ações preferenciais quanto para as ordinárias. No próximo dia 3, a estatal divulgará seu resultado financeiro referente ao segundo trimestre do ano.