A Exxon Mobil (NYSE:XOM) divulgou nesta sexta-feira (28) que seus lucros do segundo trimestre tiveram uma redução de 56%, ficando abaixo das expectativas de Wall Street. Essa queda acompanha o cenário das principais petrolíferas globais, cujos lucros foram reduzidos pela metade em relação ao recorde atingido em 2022, impulsionado pela invasão russa da Ucrânia, que elevou os preços do petróleo e do gás.
A Exxon Mobil também é negociada na B3 através do ticker (BOV:EXXO34).
Apesar disso, excluindo o segundo trimestre excepcional do ano anterior, a Exxon registrou seu resultado mais forte para o período de abril a junho em mais de dez anos. A empresa conseguiu esse desempenho positivo através de cortes de custos e da venda de ativos menos lucrativos. Com planos de continuar reduzindo custos, já acumulando US$ 8,3 bilhões em economias desde 2019, a diretora financeira Kathryn Mikells ressaltou que o trimestre foi significativamente bom para a empresa.
No entanto, o lucro líquido trimestral foi de US$ 7,88 bilhões, ou US$ 1,94 por ação, em comparação com o recorde de US$ 17,85 bilhões do ano anterior. Essa queda não atingiu as expectativas de Wall Street, que esperava um lucro por ação de US$ 2,01.
A CEO Darren Woods expressou otimismo, prevendo uma demanda recorde de petróleo para este e o próximo ano, o que poderia contribuir para um aumento nos preços da energia no segundo semestre. No entanto, a queda nos preços do petróleo Brent e do gás natural liquefeito impactou negativamente os resultados das empresas petrolíferas.
Apesar do cenário desafiador, a Exxon pretende seguir priorizando a distribuição de caixa aos acionistas e acelerar seus negócios de transição energética através da aquisição da empresa de gasodutos Denbury (DEN) por US$ 4,9 bilhões, que inclui operações de captura e armazenamento de carbono (CCS). A empresa também continuará com seu programa de gastos de US$ 17 bilhões em projetos de baixo carbono até 2027, alinhado com seus compromissos com os acionistas.