Os bancos credores da Novonor têm até 9 de julho para dizer se aceitam a proposta de compra da participação da empresa na Braskem (BOV:BRKM5) pela Unipar Carbocloro, data em que vence a oferta de R$ 10 bilhões pelas ações da companhia.
A descoberta de um novo passivo da petroquímica em Alagoas, no valor de R$ 1,7 bilhão pode, no entanto, fazer com que a Unipar revise sua proposta, disseram fontes ao Broadcast. Fontes próximas ao assunto disseram que a revisão pode ocorrer se os bancos credores não concordarem em manter a Novonor como sócia com 4% do capital, como está na proposta da Unipar.
O passivo da Braskem sobe a cada dia, argumentam as fontes e somava cerca de R$ 13 bilhões antes desse novo prejuízo. A Novonor convidou a Unipar para fazer uma due diligence na petroquímica e apurar o passivo real da companhia.
Segundo fontes envolvidas no processo, foi a primeira vez em anos que a Novonor se movimentou para a venda de fato, o que comprova que a proposta da Unipar é firme. A expectativa é de que, se os bancos credores aceitarem a proposta, a investigação da Unipar (BOV:UNIP6) na Braskem (BOV:BRKM5) dure cerca de 90 dias e custe em torno de R$ 70 milhões.
A Unipar deve exigir exclusividade na negociação sobre as ações da Novonor na Braskem durante a due diligence, já que não seria aceitável o gasto da companhia com a investigação para depois perder o negócio.