O Ibovespa iniciou a sessão desta segunda-feira em alta, impulsionado pelas ações da Vale e da Petrobras. Investidores reagem a novos cortes nas projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo boletim Focus, após a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada em manter a meta de inflação inalterada.
Por volta das 10h45, o Ibovespa avançava 1,2% aos 119.496 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$31,6 bilhões, acima da média de 50 pregões, que atualmente se encontra em R$19,27 bilhões.
Além dos indicadores nesta manhã, as atenções dos investidores nesta semana estarão voltadas para Brasília. Na Câmara, deverão ser realizadas votações em plenário de segunda a sexta, quando está prevista a apreciação do projeto de lei do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), além das aguardadas reforma tributária e o arcabouço fiscal, que volta à Casa após sofrer mudanças no Senado.
Nos destaques de alta desta manhã, as ON da Vale avançavam 0,87%, sendo as principais contribuidoras por pontos do Ibovespa. Os papéis subiam na contramão do minério de ferro, que caiu 1,68% em Dalian, na China, após a província de Tangshan, maior produtora de aço do país, ordenar cortes de produção na indústria siderúrgica com vistas a melhorar a qualidade do ar.
As ON e PN da Petrobras subiam 1,30% e 1,25%, respectivamente, também impulsionando o índice, após registrarem uma forte queda na sessão de sexta-feira. O petróleo Brent subia 0,46%, negociando a US$75,79 por barril.
Entre as maiores altas percentuais até aqui, as ON da PRIO, da Suzano e da BB Seguridade ganhavam 2,78%, 2,40% e 1,81%.
Outro destaque é OceanPact com alta de 7,76% após levantar R$ 100 milhões com cessão de recebíveis.
Na ponta oposta, as ON da Localiza, da Hapvida e da Eletrobras recuavam 0,49%, 0,91% e 0,23%, na mesma ordem, sendo as principais detratoras do índice. A Petz lidera queda com baixa de 2%.
Mais cedo, o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que mostrou que as expectativas para o IPCA em 2023 recuaram pela sétima semana consecutiva; as projeções para 2024 e 2025 também foram revisadas para baixo. No caso do Produto Interno Bruto (PIB), houve revisão para cima das expectativas tanto para 2023, quanto para 2024.
Mineradoras e siderúrgicas sobem, apesar dos preços do minério, enquanto petroleiras seguem alta da commodity
O contrato de minério de ferro para setembro, negociado em Dalian, fechou em baixa de 1,68% (US$ 113,05 a tonelada), recuando também no mercado à vista de Qingdao (-1,45%, US$ 110,69 a tonelada). Há pouco, em Cingapura, a matéria-prima subia 0,14% (R$ 108,70).
Na B3, as ações do setor operam em alta. Vale (VALE3) sobe 2,69% (R$ 65,95) e CSN Mineração (CMIN3) +1,44% (R$ 4,24). Usiminas (USIM5) registra valorização de 2,69% (R$ 7,26); CSN (CSNA3) +2,64% (R$ 12,45); Gerdau (GGBR4) avança 3,67% (R$ 25,99) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) +3,38% (R$ 12,22).
Os papéis do setor petroleiro acompanham a valorização da commodity nos mercados internacionais, após o corte da oferta pela Rússia e pela Arábia Saudita, com Prio (PRIO3) liderando as altas do Ibovespa, avançando 3,69% (R$ 38,45). Petrobras ON (PETR3) sobe 2,02% (R$ 33,77); Petrobras PN (PETR4) +1,86% (R$ 30,08) e 3R Petroleum (RRRP3) +1,64% (R$ 30,34).