O JP Morgan elevou sua previsão de inadimplência corporativa de alto rendimento nos mercados emergentes globais, em grande parte devido aos crescentes temores de contágio no setor imobiliário da China.

A decisão reflete os temores de que um calote da dívida da Country Garden teria um efeito cascata muito mais amplo no setor imobiliário chinês e na economia em geral.

A entidade prevê que os imóveis chineses representem quase 40% de todos os volumes de inadimplência em 2023, seguidos por 35% das empresas russas e 12% dos emissores brasileiros.

O JPMorgan explica em um comunicado que a inadimplência da Country Garden poderia acrescentar USS 9,9 bilhões à contagem de inadimplência corporativa de alto rendimento dos mercados emergentes globais até o momento, elevando o volume total de inadimplência para imóveis.

A Country Garden tem um portfólio muito maior e mais amplo do que a China Evergrande, empresa que já deu calote em 2021 e anunciou um programa de reestruturação de divida offshore em março.

No geral, o JP Morgan elevou sua previsão de default global em 2023 para 9,7%, de 6%, enquanto sua previsão de taxa de default de alto rendimento na Asia passa de 4,1% para 10%.

As informações são da agência de notícias Dow Jones