Nesta quinta-feira, 28 de setembro, os mercados internacionais estão enfrentando consideráveis oscilações devido à preocupação com a possibilidade de taxas de juros elevadas persistirem por mais tempo, deixando os investidores apreensivos. Além disso, estão aguardando a divulgação de dados econômicos em todo o mundo.

Nos Estados Unidos, destaca-se a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) final, enquanto no Brasil, as atenções se voltam para o relatório de inflação do Banco Central e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de setembro.

Na maior economia do mundo, além da preocupação com as taxas de juros, a possibilidade de um governo paralisado em 1 de outubro (shutdown) voltou a ser uma preocupação, após a recusa da Câmara, controlada pelos republicanos, em aceitar a proposta do Senado.

Na zona do euro, o índice final de confiança do consumidor caiu 17,8 pontos em setembro, em linha com as expectativas, enquanto a expectativa de inflação do consumidor subiu para 12 pontos na mesma base de comparação, em comparação com 9 pontos em agosto. Esses dados mistos refletem as dificuldades de recuperação da economia europeia.

Os investidores também estão aguardando a divulgação da inflação na Alemanha e, amanhã, a taxa de inflação na zona do euro, que deve influenciar a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE).

Na Ásia, os mercados encerraram sem uma direção clara devido à liquidez reduzida devido ao feriado da Semana Dourada na China, com as bolsas fechadas até a próxima semana.

A Evergrande continua a ser uma preocupação, com a China colocando o fundador da empresa, Hui Ka Yan, sob custódia policial devido às dificuldades da empresa em implementar um plano de reestruturação. As negociações das ações da empresa foram suspensas devido a essa notícia, aumentando o risco de liquidez da Evergrande, que está buscando a aprovação dos credores para uma reestruturação de dívida de US$ 31,7 bilhões em títulos offshore.

Nos Estados Unidos, a agenda está um pouco mais movimentada do que nos dias anteriores, com destaque para a divulgação do PIB do segundo trimestre, que tem previsão de crescimento de 2,1%. Além disso, serão divulgados o índice de preços de consumo pessoal (PCE), os dados semanais de seguro-desemprego e as vendas pendentes de casas.

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgará o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de setembro, com consenso de alta de 0,4%. O Banco Central do Brasil também lançará o relatório de inflação do segundo trimestre, com uma entrevista coletiva posterior do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e do diretor de política monetária, Diogo Guillen.

Além disso, a política brasileira está em destaque, com tensões entre o Executivo e o Centrão, e a reunião entre o ex-presidente Lula e Campos Neto. Ontem, o Ibovespa fechou em alta, impulsionado pelas ações da Petrobras devido à valorização do petróleo, enquanto o dólar fechou em alta devido às incertezas nos Estados Unidos.