A Vivo apresentará seu balanço do terceiro trimestre de 2023 após o fechamento, nesta terça-feira (31). Os números são aguardados com otimismo por analistas, que consideram que o trimestre será forte para a companhia.
Mais adiante, a TIM (BOV:TIMS3) apresentará seus números no dia 6 de novembro e realizará seu Investor Day no dia seguinte. É nessa data que podem ser esperados os principais anúncios para o nome, de acordo com o Goldman Sachs. As expectativas para o balanço são igualmente positivas.
Trimestre forte para Vivo
A Vivo (BOV:VIVT3) é uma das apostas do Goldman Sachs, que aguarda um bom trimestre para a companhia. “Esperamos mais um trimestre forte, com crescimento da receita apoiado por recentes ajustes tanto em pré-pagos quanto em pós-pagos, bem como alguma melhoria nas margens ano a ano e trimestre a trimestre”, explica.
A XP tem visão de forte desempenho para o nome no terceiro trimestre de 2023. O crescimento da empresa deve ser fortalecido com as estratégias da Vivo no segmento de pós-pagos e pré-pagos.
“Esperando que a Vivo apresente resultados fortes no terceiro trimestre, mantendo o momentum operacional positivo. A estratégia proativa de migração pré-controle da empresa e o saldo positivo de portabilidade resultaram em um balanço favorável de adições líquidas pós-pagas. Os ajustes de preços feitos aos clientes também devem contribuir para o crescimento da receita”.
Na análise da casa, há expectativa de crescimento de 5% na receita líquida, em comparação com o ano anterior, composta por aumento de 7% na receita líquida de serviço móvel, 5% na receita líquida de aparelhos e 2% na receita líquida fixa. Na estimativa, há ainda expectativa de expansão da margem em 0,3%, devido à alavancagem operacional e conclusão de contrato com a Oi (BOV:OIBR3).
A visão do Itaú BBA é similar, que considera que a Vivo deve apresentar “bons números em todas as áreas, impulsionados pelo crescimento saudável da receita de Serviços Móveis”.
A análise destaca que é esperado que haja queda no lucro líquido, em comparação com o ganho não monetário de câmbio registrado no 3T22, mas o banco considera a informação irrelevante para a tese de investimento. A ausência do ganho impactará também no resultado final, que o BBA estima que diminuirá 14,8%.
“Prevemos um crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de 6% ano a ano, o que implica uma margem de 40,8% (aumento de 11 pontos-base em relação ao ano anterior)”, considera.
Visão também é positiva para TIM
No caso da TIM, as expectativas também são positivas, com foco no Dia do Investidor. O ponto de destaque, segundo o Goldman Sachs, é a possibilidade de aumento de remuneração aos acionistas.
“Quanto aos resultados em si, o segundo trimestre de 2023 é o primeiro trimestre de crescimento totalmente orgânico ano a ano desde a aquisição da Oi, mas esperamos que o crescimento da receita permaneça sólido, apesar de uma ligeira contração das margens trimestre a trimestre”, analisa o Goldman Sachs.
Na análise da XP, a TIM apresentará expansão na rentabilidade de 1,4 ponto percentual (p.p.) na comparação anual, atingindo 49,5% na margem EBITDA. A melhoria tem relação com a alavancagem operacional e o impacto positivo da conclusão do contrato com a Oi.
“Para a TIM, estimamos um forte desempenho no 3º trimestre, com receitas de serviços móveis crescendo 6% na comparação anual. Esse crescimento deve ser impulsionado principalmente pelo aumento de preços implementado pela empresa no trimestre anterior”, considera a XP.
O Bradesco BBI considera que suas expectativas não fogem do consenso e que o ímpeto do resultado deve ser um dos gatilhos para desempenho das ações no futuro.
“À medida que as condições de mercado continuam desafiadoras, com um alto nível de incertezas globais e locais, continuamos a preferir exposição a nomes mais defensivos, ou seja, onde as tendências de fluxo de caixa/lucro estão mais claras”, considera o BBI. Em relação à Tim e Vivo, o banco considera que os resultados esperados serão neutros a ligeiramente positivos.