As units do Santander Brasil, por sua vez, tiveram a sua recomendação elevada pela equipe de análise do BTG Pactual, mas de venda para neutra. O preço-alvo em doze meses para os ativos é de R$ 28.
O BTG aponta que, desde o final de 2021, o Santander Brasil implementou mais medidas de precaução em relação ao crescimento do crédito e à seletividade dos clientes. Assim, esperavam que este modo de aversão ao risco impactasse o NII (margem financeira), com as provisões para perdas com empréstimos continuando a apresentar uma tendência mais elevada devido ao ciclo de crédito passado, pressionando o ROE.
Esta dinâmica afetou os resultados do banco. Isso, combinado com uma forte alta da taxa Selic prejudicando a margem financeira do mercado, fez com que o ROE caísse de 20,4% em 2021 para 7,8% no 4T22.
Na época, o SANB11 também estava sendo negociado com um prêmio P/L muito alto de 25% sobre o Itaú, uma avaliação que os analistas acreditavam não ser justificada, o que os levou a rebaixar o SANB11 para venda no início do ano.
“Dito isto, o desconto para o Itaú diminuiu nos últimos meses. Além disso, acreditamos que há maiores chances de uma recuperação um pouco mais rápida (o que ainda não vemos no Bradesco BBDC4, por exemplo).
O BTG ainda espera sinais mais claros de melhoria no terceiro trimestre, com aceleração da originação de novos cartões de crédito, e melhorias em métricas de qualidade de ativos.
“As métricas de qualidade dos ativos, que estiveram sob muita pressão em 2022, devem apresentar sinais de melhora, indicando que podemos ter atingido um ponto de inflexão para os próximos trimestres”, aponta a equipe de análise.
Cabe destacar que, na véspera, o Itaú BBA elevou a recomendação para os bancos Bradesco e Santander (BOV:SANB11) de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para marketperform ao considerar que ambos estão “saindo aos poucos de um buraco negro” e devem entregar ROE de 13% e 16% em 2024, nessa ordem, contra 11% e 13% em 2023.