O dólar fechou em leve alta nesta penúltima sessão de novembro, corrigindo parte da queda de mais de 3% acumulada no mês. Investidores reagiram ao crescimento acima do esperado do PIB americano e às declarações do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin.

Ele disse que está cético sobre o caminho da inflação para a meta de 2% e defendeu deixar a porta aberta para uma nova alta de juros. “Falar sobre corte de juros agora é prematuro”, declarou, em resposta indireta ao colega Christopher Waller, que sugeriu ontem que o Fed poderia iniciar o ciclo de afrouxamento já no ano que vem.

O Livro Bege pouco alterou o rumo da moeda, ao mostrar que a economia americana entrou em processo de desaceleração no 4º trimestre. No cenário doméstico, havia expectativa pela aprovação dos projetos que tributam as apostas esportivas e os fundos offshore e exclusivos, essenciais para o governo elevar a arrecadação e cumprir a meta de déficit zero em 2024.

Ainda dentro do cenário fiscal, o ministro André Mendonça (STF) deve liberar hoje a ação sobre antecipação do pagamento de precatórios. O tema já conta com maioria de votos para autorizar o governo a quitar o estoque de R$ 95 bilhões neste ano, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro.

O dólar à vista fechou em alta de 0,32%, a R$ 4,8876, após oscilar entre R$ 4,8657 e R$ 4,9058. Às 17h05, o dólar futuro para dezembro também subia 0,32%, a R$ 4,888. Lá fora, o índice DXY tinha leve alta de 0,04%, aos 102,782 pontos. O euro caía 0,13%, a US$ 1,0981. E a libra subia 0,05%, para US$ 1,2705.

Informações BDM