O dólar devolveu parte dos ganhos recentes sobre o real nesta sexta-feira, apoiado na entrada de fluxo de capitais tanto pela via comercial como para a bolsa e para renda fixa, após a inflação de outubro medida pelo IPCA ter ficado levemente abaixo do esperado.

O dado colaborou para reforçar as expectativas de queda da Selic, o que torna a renda variável mais atraente. Lá fora, o dia também foi de maior apetite por risco, o que fez o dólar perder terreno frente aos pares, favorecendo a valorização das commodities e, consequentemente, das moedas de países produtores, como o real brasileiro.

Nem mesmo o recado mais duro sobre os juros nos EUA, dado ontem pelo presidente do Fed, Jerome Powell, tirou a vontade do mercado de tomar risco hoje. Investidores avaliam que não há muito espaço para o juro continuar subindo nos EUA porque isso agravaria a inadimplência do consumidor e poderia afetar o setor bancário, algo que o Fed não deseja.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,51%, a R$ 4,9145, após oscilar entre R$ 4,9040 e R$ 4,9548. No acumulado da semana, porém, o saldo ainda foi de leve alta para a moeda, de 0,37%. Às 17h03, o dólar futuro para dezembro recuava 0,46%, a R$ 4,9245.

Lá fora, o índice DXY caía 0,06%, para 105,844 pontos. O euro subia 0,08%, a US$ 1,0678. E a libra perdia 0,07%, a US$ 1,2216.

Informações BDM