A Starbucks (NASDAQ:SBUX) está enfrentando uma greve organizada pelo sindicato Workers United, onde trabalhadores de várias lojas abandonaram seus empregos durante um importante evento promocional. Os funcionários exigem melhores condições de trabalho e horários. O sindicato afirma que nos últimos dois anos foram registradas mais de 120 reclamações contra a Starbucks, incluindo acusações de disciplina ilegal, encerramento de lojas para prejudicar atividades sindicais e falta de negociação justa.

A Starbucks também é negociada na B3 através do ticker (BOV:SBUB34).

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas, uma agência federal que defende a proteção dos direitos dos trabalhadores, não se pronunciou imediatamente sobre o assunto. A Starbucks emprega cerca de 228 mil pessoas nos EUA, sendo que 3,6% desses funcionários estão representados por sindicatos.

Diante desse cenário, a Starbucks anunciou a criação de um novo comitê do conselho dedicado a melhorar o engajamento com as partes interessadas, incluindo os funcionários da empresa. Além disso, a empresa afirma ter investido mais de US$ 3 bilhões nos últimos três anos em aumentos salariais, treinamento, novos equipamentos e tecnologia. A Starbucks planeja continuar investindo nesse ritmo até 2024 e destaca que aumentou o salário por hora em quase 50% desde 2020 e ofereceu mais jornada de trabalho, resultando em menor rotatividade de pessoal.

Essa greve ocorre em um momento em que a Starbucks tem planos de abrir mais de 17.000 novas lojas até 2030. O sindicato argumenta que a empresa não pode desperdiçar recursos lutando contra seus próprios trabalhadores, já que deveriam estar concentrados em alcançar suas metas de crescimento.

Com a escassez de mão de obra nos EUA e os custos de vida em alta, diversas greves têm ocorrido nos diversos setores do mercado de trabalho. Até outubro deste ano, quase 444.900 trabalhadores estiveram envolvidos em paralisações e greves, de acordo com dados preliminares do Bureau of Labor Statistics dos EUA.