O dólar passou por forte correção perante o real, acompanhando o movimento de ajuste visto também em outros mercados nesta segunda-feira, com destaque para a alta dos juros dos Treasuries.

Diante do noticiário esvaziado, investidores embolsaram ganhos recentes e corrigiram parte do otimismo dos últimos dias em relação a uma possível antecipação dos cortes de juros pelo Fed no ano que vem. Mohamed El-Erian, consultor da Allianz, alertou em entrevista à *CNBC* que considera improvável que o Fed entregue um corte agressivo de 125 pb em 2024 como o mercado espera.

“A não ser que você acredite que [os EUA] entrarão em recessão, e se você acredita que haverá recessão, as ações não deveriam estar onde estão. Acho que o Fed será muito cauteloso”, afirmou. A expectativa por novos indicadores da economia americana ao longo da semana, especialmente o payroll, também colaborou para o movimento de maior cautela e aversão ao risco.

No ambiente doméstico, a alta do dólar foi acentuada pela tradicional demanda de fim de ano das empresas para realizar remessas para as matrizes no exterior.

O dólar à vista fechou em alta de 1,39%, a R$ 4,9487, após oscilar entre R$ 4,8902 e R$ 4,9532. Às 17h03, o dólar futuro para janeiro subia 1,36%, a R$ 4,9165.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,44%, aos 103,726 pontos. O euro caía 0,50%, a US$ 1,0829. E a libra recuava 0,69%, a US$ 1,2622.

Informações BDM