O dólar descolou do exterior e fechou em leve alta frente ao real nesta quinta-feira, com investidores cautelosos na véspera do payroll e também com os impasses políticos da pauta econômica em Brasília.

Lá fora, a moeda americana perdia força frente aos pares, especialmente diante do iene. A moeda japonesa disparou após o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, dar sinais que o BC japonês vai começar a reverter o quadro de juros negativos em breve. Ele disse administrar a política monetária do Banco do Japão “se tornará mais desafiador do final do ano até o próximo”.

Nos EUA, o levantamento semanal de pedidos auxílio-desemprego não trouxe surpresas, com alta de 1 mil, para 220 mil, deixando para os números do payroll, amanhã, toda a expectativa do mercado sobre os próximos passos do Fed.

No cenário doméstico, a série de adiamentos de votações importantes no Congresso, como a MP das subvenções e a tributação de apostas esportivas, causou certo incômodo no mercado, visto que praticamente toda pauta econômica para viabilizar um déficit fiscal zero em 2024 terá que ser aprovada na semana que vem, incluindo a complexa reforma tributária.

O dólar à vista fechou em alta de 0,13%, a R$ 4,9090, após oscilar entre R$ 4,8799 e R$ 4,9147. Às 17h01, o dólar futuro para janeiro subia 0,14%, a R$ 4,9190. Lá fora, o índice DXY recuava 0,60%, para 103,531 pontos. O euro subia 0,28%, para US$ 1,0798. A libra ganhava 0,25%, a US$ 1,2590. E o dólar caía 2,50%, para 143,53 ienes.

Informações BDM