A Companhia Brasileira de Offshore (CBO) firmou, em dezembro passado, um contrato de quatro anos com a Petrobras para o uso da embarcação A.H Liguria. Esta embarcação, classificada como AHTS (Anchor Handling Tug Supply), desempenha a função de manusear âncoras de grandes navios e fornece suporte em operações de petróleo e gás.
O contrato prevê que a embarcação estará disponível para a Petrobras até março de 2024, marcando o início do contrato. A Liguria, fabricada em 2008, possui uma área de 568 metros quadrados e pesa 2.944 toneladas.
Vale lembrar que a estatal iniciará o ano com um evento em Nova York, nos Estados Unidos, como parte de sua estratégia para fortalecer os laços com investidores e analistas. A iniciativa visa combater notícias falsas e evitar penalizações injustas nas ações da empresa. Além disso, a Petrobras planeja realizar um Investor Tour ao longo do ano, consistindo em visitas a diversas unidades da empresa no Brasil.
O evento em Nova York, agendado para os dias 30 e 31 de janeiro, marcará a primeira reunião histórica da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) com investidores e analistas para uma análise detalhada da empresa. Se tudo correr bem, a petroleira pretende promover iniciativas semelhantes na Europa e na Ásia.
O foco principal para 2024 na área de investidores é aumentar a transparência, sendo essa a única maneira de enfrentar rumores infundados e estreitar a relação entre a Petrobras e seus investidores.
Refinaria
A auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, em novembro de 2021, apresentou fragilidades, sendo a principal delas a realização da transação abaixo do preço de mercado. O relatório destacou que a escolha do momento para a venda, durante a pandemia de COVID-19 e em um período de baixa na cotação internacional do petróleo, contribuiu para esse cenário.
A refinaria, agora denominada Refinaria de Mataripe, foi adquirida por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,08 bilhões pelo câmbio atual) pelo fundo Mubadala Capital, pertencente à Mubadala Investment Company, uma empresa de investimentos de Abu Dhabi ligada à família real dos Emirados Árabes Unidos.
Embora o relatório da CGU não tenha afirmado categoricamente a ocorrência de perda econômica na venda da refinaria, questionou a decisão de realizar o negócio durante um período de incerteza global, sugerindo que a Petrobras poderia ter aguardado a recuperação do mercado internacional de petróleo.
CGU
A CGU ressaltou que a venda ocorreu em um contexto de “tempestade perfeita”, caracterizado pela combinação de incerteza econômica, volatilidade decorrente da pandemia e premissas pessimistas para o crescimento econômico no final de 2021, resultando em uma maior perda de valor.
Além disso, a auditoria identificou fragilidades na utilização de cenários para suporte à tomada de decisão, enfatizando a falta de medição realista de probabilidade em eventos futuros. A aplicação de metodologias não anteriormente utilizadas na venda de estatais brasileiras também foi questionada.
A Petrobras defendeu a utilização de cenários como prática comum, reconhecendo as limitações, e argumentou que as projeções foram feitas com consistência, apesar dos desafios adicionados pela pandemia. A empresa concordou em avaliar melhorias sugeridas, incluindo a medição de probabilidade em análises futuras.