O Conselho de Administração da Petrobras está dividido em relação ao pagamento de dividendos extraordinários relativos a 2023, de acordo com a apuração do Broadcast, mas as condições para que isso ocorra são favoráveis, com a dívida da companhia sob controle e o preço do petróleo indicando certa estabilidade.

A dúvida, segundo fontes, é se os conflitos que ocorrem no momento, principalmente em relação à guerra entre Israel e Gaza, poderão escalar e afetar o preço da commodity, atualmente oscilando em torno dos US$ 80 o barril. A menos de dez dias da Petrobras divulgar o resultado financeiro do 4TRI, e por consequência, o valor dos dividendos do período, é grande a expectativa do mercado em relação ao pagamento de dividendos extraordinários.

Após a divulgação do Relatório de Produção da estatal, no início de fevereiro, a maioria dos bancos e corretoras já previam espaço para a remuneração extra. De acordo com o Goldman Sachs, a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) deve pagar US$ 4 bilhões em dividendos extraordinários, o que deve elevar a remuneração anual para US$ 24 bilhões em 2023.

Na companhia, o time que defende o pagamento está otimista, e avalia que apenas fatos fora da curva, como uma disparada do preço do petróleo ou do dólar poderiam afetar a remuneração adicional.