A Petrobras recebeu recomendação da auditoria KPMG de afastar dois diretores, William França e Sergio Caetano Leite, dos processos de certificação dos balanços e apreender seus celulares após investigação de irregularidades no contrato entre a estatal e a Unigel.

Segundo o colunista Lauro Jardim/O Globo, o processo é um desdobramento do pedido de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou indícios de irregularidade e prejuízo potencial de R$ 487,1 milhões à Petrobras no contrato de industrialização sob encomenda (“tolling”) de fertilizantes firmado pela estatal em dezembro com a Unigel.

Procurada pelo Valor, a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) não respondeu. Conforme o colunista, além da Petrobras ter aberto uma auditoria interna sobre o caso, o presidente do comitê de auditoria estatutário da Petrobras, Francisco Petros, representante dos minoritários no conselho, contratou a empresa de auditoria KPMG para apurar.

Ao mesmo tempo, ainda segundo a coluna, os canais de denúncias da Petrobras receberam três denúncias de que França, diretor de processos industriais, e Leite, diretor financeiro, teriam pressionado equipes técnicas a acelerar a aprovação dos contratos com a Unigel.

Segundo a Ativa Investimentos, o caso pode afetar o cronograma de divulgação do balanço da Petrobras, marcado para 7 de março, e o pagamento de dividendos, além de colocar “em xeque” a governança da companhia.

Informações BDM