O serviço de computação em nuvem Azure da Microsoft Corp. (NASDAQ:MSFT) está sob escrutínio na África do Sul, com a Comissão de Concorrência do país preparando uma acusação formal contra a gigante tecnológica. Alega-se que a Microsoft está impondo preços excessivos às empresas que desejam transferir suas licenças de nuvem para outros provedores, uma prática que poderia estar abusando de sua posição dominante no mercado para desfavorecer a concorrência.

A Microsoft também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MSFT34).

Este desenvolvimento marca mais um capítulo na crescente preocupação global com as práticas comerciais da Microsoft. A empresa já está sob investigação pela União Europeia e enfrenta um inquérito do regulador de concorrência do Reino Unido, focado em como os termos de serviço do Azure podem estar restringindo a competição no mercado de nuvem.

Em resposta às alegações, a Microsoft reiterou seu compromisso com práticas justas de licenciamento, destacando mudanças implementadas há dois anos que permitem aos clientes na África do Sul e em outros lugares transferir suas licenças de software para qualquer provedor de nuvem sem custos adicionais. A empresa expressou sua disposição em cooperar com as autoridades para esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas a suas políticas.

A ação iminente da Comissão de Concorrência da África do Sul contra a Microsoft pode levar a uma batalha legal significativa, com a possibilidade de uma multa de até 10% da receita local da empresa. Este caso se insere em um contexto mais amplo em que reguladores ao redor do mundo intensificam o escrutínio sobre as grandes empresas de tecnologia, buscando garantir práticas de mercado mais equitativas e proteger os interesses dos menores competidores.

Recentemente, a Google também foi pressionada na África do Sul para aumentar a visibilidade de pequenas empresas nos resultados de pesquisa e contribuir para a formação de plataformas menores. Além disso, as autoridades sul-africanas estão investigando o impacto dos modelos de inteligência artificial e das plataformas digitais e de redes sociais na capacidade das empresas de mídia locais de gerar receitas, destacando um movimento mais amplo para regular o domínio das gigantes da tecnologia no espaço digital.