A Exxon Mobil Corp. (NYSE:XOM) está expandindo suas fronteiras ao estreitar laços com o setor de veículos elétricos, por meio de um novo acordo com a SK On Co., renomada fabricante sul-coreana de baterias. Nesta terça-feira, 25 de junho de 2024, as ações da Exxon Mobil listadas em Nova Iorque registraram uma queda de -0,2% no início das negociações da tarde.
A Exxon Mobil também é negociada na B3 através da BDR (BOV:EXXO34).
O recém-anunciado acordo preliminar envolve o fornecimento de até 100.000 toneladas de lítio de um depósito em desenvolvimento no Arkansas. Este movimento representa um marco significativo para a tradicional gigante do petróleo.
O contrato de longo prazo não apenas reforça a posição da Exxon na cadeia de suprimentos de veículos elétricos, mas também apoia sua ambiciosa meta de fornecer matéria-prima para cerca de 1 milhão de baterias de veículos elétricos por ano até 2030. Esse objetivo está alinhado com a crescente demanda global por soluções de transporte sustentáveis e com a necessidade urgente de materiais críticos, como o lítio, vital para a fabricação de baterias.
A entrada da Exxon no mercado de lítio ocorre em um momento oportuno, dado o aumento da demanda por metais de bateria e a intensificação das metas globais de redução de emissões. Dan Ammann, presidente da ExxonMobil Low Carbon Solutions, destacou o compromisso da empresa com soluções sustentáveis, afirmando que a Exxon está pronta para contribuir significativamente para as metas de emissões por meio do aumento da produção de lítio nos Estados Unidos.
O projeto, com início das operações previsto para 2027, empregará uma técnica inovadora de extração direta de lítio, ainda não amplamente utilizada. Este método promete acelerar a produção, embora apresente desafios adicionais em termos de custos e tempos de implementação. A estratégia da Exxon inclui a colaboração com terceiros para otimizar este processo, mitigando riscos potenciais e assegurando uma entrada eficaz no crescente mercado de veículos elétricos.
Greve ameaça produção na refinaria de Gravenchon da Exxon Mobil na França
Paralelamente, a Exxon Mobil enfrenta desafios significativos em sua refinaria de Gravenchon, no norte da França, devido a uma greve que já está afetando suas operações. A empresa alertou que, se o impasse persistir, poderá ser forçada a paralisar a produção na instalação. Segundo a Bloomberg, a empresa citou os bloqueios como o principal obstáculo para a entrega de “bens e materiais” essenciais para a continuidade das operações da refinaria.
A greve ocorre em um momento crítico, impactando a maior das duas refinarias que a Exxon possui na França. Os trabalhadores iniciaram a paralisação em resposta à decisão da empresa de cessar a produção de produtos químicos na unidade de Port Jerome ainda este ano, levantando preocupações sobre a segurança do emprego e o futuro das operações locais.
Os efeitos da greve podem extrapolar as fronteiras da refinaria, influenciando o mercado regional de petróleo e derivados e potencialmente afetando os preços de mercado, dada a importância da refinaria no suprimento regional. A Exxon Mobil expressa preocupações significativas com a possibilidade de uma paralisação total, sublinhando a gravidade da situação.