O Ibovespa encerrou em leve alta nesta quinta-feira, após unanimidade na manutenção da Selic em 10,50% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na véspera, que diminuiu, em última instância, preocupações com a credibilidade do combate à inflação por parte da autarquia. Investidores seguem monitorando desdobramentos de evolução do cenário fiscal.
O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.
O Ibovespa encerrou em alta de 0,15%, aos 120.445 pontos. O volume de negócios ficou em R$ 21 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Os juros futuros encerraram a sessão em movimento de “steepening”, com inclinação dos vértices longos e recuo dos curtos. Os contratos para vencimento em janeiro de 2026 recuaram 7,5 pbs, a 11,22%, ao passo que os de vencimento em janeiro de 2031 subiram 14 pbs, a 12,20%. Nos Estados Unidos, as Treasuries yields encerraram em alta, em movimento técnico antes de uma sequência de leilões na próxima semana.
O dólar reverteu as perdas iniciais e avançou no pregão de hoje, mantendo-se acima do patamar dos R$ 5,40. Em relatório nesta quinta, a Gavekal disse haver sinais crescentes de que “sell-off” do real está exagerado, e que os temores dos investidores sobre o risco de credibilidade do BC parecem estar “superestimados”. Também de acordo com a consultoria, interferência política em bancos centrais sempre é preocupação em mercados emergentes.
Segundo o economista chefe da JF Trust, Eduardo Velho, “o mercado sentiu um alívio após a decisão do Copom, mas o sentimento positivo não se sustenta com a indefinição das compensações fiscais e elevação das projeções do déficit fiscal, além das especulações sobre o presidente do BC de 2025”.
Na decisão de ontem, o Copom pontuou que a política monetária deverá se manter contracionista “por tempo suficiente” em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também de ancoragem das expectativas em torno de suas metas. Embora tenha mantido seu balanço de riscos inalterado, o Copom pontuou no comunicado a “ampliação” da desancoragem das expectativas de inflação na atual conjuntura.
Nos mercados acionários, o mercado reagiu positivamente a falas da no a CEO da Petrobras, Magda Chambriard. Ela disse ontem estar “totalmente alinhada” com a visão do governo Lula, mas não falou em mudança nos dividendos ou plano estratégico da empresa. Também de acordo com ela, a missão imposta por Lula foi a de movimentar a companhia, dado que ela impulsa a atividade econômica.
Os principais índices acionários de Nova York encerram sem direção definida, com o S&P500 e o Nasdaq 100 recuando, em movimento de ajuste, após testarem novas máximas recentemente, impulsionados pelo rali acionário vivenciado pelas companhias tecnológicas. O Dow Jones encerrou em alta.
Os índices S&P500 e o Nasdaq 100 recuaram 0,25% e 0,79%, respectivamente, enquanto o Dow Jones avançou 0,77%. Os Treasuries yields de dois e de dez anos operavam ao fim do dia em alta de 1,9 pontos-base e 3,9 pbs, a 4,731% e 4,254%, respectivamente. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, operava em alta de 0,39% a 105,63 pontos, ao fim da tarde.
Em movimento de ajuste, investidores se desfizeram de Treasuries na sessão desta quinta, antes de uma robusta sequência de leilões de Notes de dois, cinco e sete anos, na próxima semana, que movimentará cerca de US$183 bilhões, de acordo com o Tesouro dos EUA.
Aguardando os leilões da próxima semana, investidores tendem a se desfazer de posições detidas em Treasuries – elevando os rendimentos – para recomprar os títulos por menor preço.
Os indicadores econômicos divulgados pela manhã contribuíram para o argumento de que a economia americana pode estar começando a dar indícios de um enfraquecimento, com dados de auxílio-desemprego semanais acima das expectativas. Já os dados de licenças de novas habitações e a leitura do Índice de Manufatura da Filadélfia ficaram abaixo das estimativas.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
03/06/2024 | -0,05% | 122.031,58 | R$ 20,9 bilhões |
04/06/2024 | -0,19% | 121.802,06 | R$ 20,4 bilhões |
05/06/2024 | -0,32% | 121.407,33 | R$ 19,4 bilhões |
06/06/2024 | 1,23% | 122.898,80 | R$ 18,7 bilhões |
07/06/2024 | -1,73% | 120.767,19 | R$ 21,6 bilhões |
10/06/2024 | -0,01% | 120.759,51 | R$ 16,4 bilhões |
11/06/2024 | 0,73% | 121.635,06 | R$ 18 bilhões |
12/06/2024 | – 1,40% | 119.936,02 | R$ 25,6 bilhões |
13/06/2024 | -0,31% | 119.567,53 | R$ 18,3 bilhões |
14/06/2024 | 0,08% | 119.662,38 | R$ 17,7 bilhões |
17/06/2024 | -0,44% | 119.137,86 | R$ 17,3 bilhões |
18/06/2024 | 0,41% | 119.630,44 | R$ 18,3 bilhões |
19/06/2024 | 0,53% | 120.261 | R$ 14,50 bilhões |
20/06/2024 | 0,15% | 120.445,91 | R$ 21 bilhões |
DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)
- ALTAS IBOVESPA
RECV3: +5,66% a R$ 20,07
USIM5: +3,95% a R$ 2,97
SMTO3: +3,66% a R$ 11,07
MRFG3: +2,85% a R$ 6,51
CCRO3: +2,59% a R$ 10,95
- BAIXAS IBOVESPA
AZUL4: -3,71% a R$ 8,13
MGLU3: −3,43% a R$ 12,72
MRVE3: −3,22% a R$ 71,09
HAPV3: −2,68% a R$ 1,89
ELET6: −2,33% a R$ 28,90
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Casas Bahia (BHIA3)
O Grupo Casas Bahia informou que o Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo homologou o Plano de Recuperação Extrajudicial (RE) apresentado pela companhia, julgando improcedentes as impugnações ao Plano de RE referidas feitas pela Opea e Pentágono. Saiba mais…
Dasa (DASA3)
A Dasa fechou acordo para manter o uso comercial da marca Delboni no país. No início do mês passado, os advogados da Dasa e do espólio de Amanda Delboni, viúva do médico Humberto Delboni, protocolaram no TJSP um acordo extrajudicial, mantido em sigilo. Saiba mais…
Eletrobras (ELET3/ELET6)
A Eletrobras informou ter concluída a captação de cerca de R$ 10,9 bilhões em operações junto ao Citibank e emissão de debêntures por sua subsidiária Chesf, além da liquidação de notas comerciais. Saiba mais…
Enauta (ENAT3)
O Conselho de Administração Enauta aprovou a 4ª emissão de debêntures simples, não conversíveis, em 2 séries, no valor de R$ 600 milhões, sendo R$ 396 milhões na primeira série e R$ 204 milhões na segunda série. Saiba mais…
Jalles Machado (JALL3)
A Jalles Machado encerrou o quarto trimestre da safra 2023/2024 com lucro líquido de R$ 7,4 milhões, revertendo prejuízo de R$ 56 milhões de um ano antes. Saiba mais…
Kepler Weber (KEPL3)
O conselho de administração da Kepler Weber aprovou o encerramento do Programa de American Depositary Receipts (ADRs) lastreados em ações ordinárias de emissão da companhia, conforme previsto nas normas da Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da América (SEC). Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras informou que a plataforma (FPSO) Maria Quitéria está, neste momento, em navegação rumo ao Brasil. O navio-plataforma partiu da China em maio e sua chegada na locação deve ocorrer no terceiro trimestre. Saiba mais…
Sabesp (SBSP3)
A oferta de ações que culminará na privatização da Sabesp será lançada oficialmente amanhã, com a divulgação a mercado do prospecto da transação. Na tarde de hoje o Conselho de Desestatização se reunirá para definir o preço mínimo da ação na transação e outras condições da oferta. Saiba mais…
Unipar (UNIP3/UNIP6)
O conselho de administração da Unipar Carbocloro aprovou a eleição de Ricardo Rodrigues Congro para o cargo de diretor sem designação específica, desempenhando a função de diretor industrial da companhia, com mandato iniciando-se em 1° de agosto de 2024. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale continua conduzindo análises quanto às causas do incidente na planta de Salobo 3, no Pará, enquanto o plano para a retomada operacional está em andamento. Saiba mais…
A Vale estimou aumento de sua produção de cobre e níquel em 2026 em relação ao estimado anteriormente considerando ganhos após uma revisão de ativos. Saiba mais…
A Vale afirmou que, em relação ao rompimento da barragem B1, em Brumadinho (MG), 16.394 pessoas fecharam acordos de indenização cíveis e trabalhistas desde 2019, informa o Broadcast. Saiba mais…
(Com informações da TC Mover e Momento B3)