Em uma decisão judicial na União Europeia, o McDonald’s (NYSE:MCD) foi despojado do direito exclusivo de usar o nome “Big Mac” para seus produtos avícolas. O Tribunal de Justiça Europeu declarou que a multinacional americana não demonstrou um uso efetivo da marca para esses produtos. A empresa enfrenta uma leve queda nas ações listadas em Nova Iorque, mas permanece otimista quanto à sua posição no mercado.

O McDonald’s também é negociado na B3 através da BDR (BOV:MCDC34).

A decisão é um marco na disputa legal que vem sendo descrita como uma luta de “Davi contra Golias” entre o gigante do fast-food e o Supermac’s, uma cadeia de restaurantes irlandesa.

Pat McDonagh, CEO do Supermac’s, celebrou o resultado como um triunfo para as pequenas empresas enfrentando corporações globais. A contenda ganhou intensidade em 2017, quando o McDonald’s tentou impedir a expansão do Supermac’s na Europa, argumentando que o nome da empresa irlandesa era semelhante demais ao de sua própria marca registrada. Desde então, o caso tem sido um obstáculo para a Supermac’s, que tentava registrar seu nome na União Europeia desde 2015.

Em 2019, o Supermac’s já havia alcançado sucesso parcial quando o Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) limitou o controle do McDonald’s sobre as marcas “Mc” e “Big Mac”. No entanto, a decisão recente do Tribunal vai além ao revogar completamente os direitos exclusivos do McDonald’s sobre a marca “Big Mac” para sanduíches de frango e outros produtos avícolas.

Apesar da perda, o McDonald’s ressaltou que a decisão não afeta seu direito de usar a marca “BIG MAC” para sanduíches de carne, garantindo que continuará a oferecer o famoso sanduíche aos seus clientes na Europa.

A decisão é vista como um sinal de apoio das instituições europeias às pequenas empresas que buscam competir em um campo mais equitativo contra grandes conglomerados.