O Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira, registrando a maior sequência positiva em seis anos, com dados de inflação nos Estados Unidos mostrando deflação e apoiando a narrativa de início de cortes de juros pelo Federal Reserve já em setembro. Após os números, houve queda dos vértices longos da curva de juros, em linha com as Treasuries yields, enquanto vendas no varejo doméstico acima do consenso ajudaram, denotando força da atividade local.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O Ibovespa encerrou com ganhos de 0,85%, aos 128.293 pontos, chegando à nona alta consecutiva, a maior sequência de ganhos desde fevereiro de 2018. O volume de negócios ficou em R$ 19,7 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Os juros futuros encerraram a sessão em queda de até 4,5 pontos-base. O dólar à vista encerrou em alta de 0,53% a R$5,4419, em linha com o índice Dólar DXY, que operava ao fim da tarde em queda de 0,49%, aos 104,47 pontos.

No cenário local, operadores reagiram à divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) das vendas no varejo brasileiro, que avançaram 1,2% em maio ante mês anterior, subindo 8,1% sobre um ano antes. A expectativa era de baixa de 0,90% na comparação mensal e de avanço anual de 4,00%.

O dado renovou o ponto mais alto da série histórica, diante da força de supermercados e itens de uso pessoal. O setor de varejo brasileiro apresentou resultados positivos em todos os meses deste ano, em um ambiente favorável ao consumo com inflação sob controle e mercado de trabalho aquecido.

De acordo com o Itaú Unibanco, os dados de varejo são positivos, pois sinalizam resiliência na atividade econômica e afastam preocupações de impactos das enchentes do Rio Grade do Sul, que aparentemente afetaram mais o setor industrial.

No Brasil, as atenções também estão em Brasília, após a Câmara dos Deputados ter aprovado na noite de ontem o projeto de lei com o eixo central da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo.

O projeto inclui uma trava para a alíquota do futuro imposto simplificado e a adição de proteínas animais à lista de itens da cesta básica isentos de tributação. Essa inclusão vinha sendo defendida tanto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como pela bancada ruralista.

O mercado também reagia ao noticiário corporativo, com Compass, da Cosan, comprando a Compagás da Copel; além de divulgação de dados de produção das junior oils Enauta e 3R, e prévias operacionais de construtoras como Mitre, MRV e Cury.

O Financial Times, por outro lado, pontuou em artigo nesta quinta-feira que a China minimizou esperanças de “remédios fortes” na reunião. “O cenário-base é que a terceira sessão plenária não marcará nenhuma partida fundamental da trajetória que Xi Jinping já tenha pontuado”, avaliaram os analistas da Gavekal Andrew Batson e Wei He, em nota a clientes, em alusão a eventuais políticas de estímulo.

Em Nova York, os principais índices acionários encerraram sem direção definida, com investidores realizando um movimento de rotação de carteira, após a menor leitura do índice de preços ao consumidor em mais de três anos, o que fez com que os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caíssem e os investidores migrassem para ações de pequena capitalização e relacionadas à “velha economia”.

Os índices S&P500 e o Nasdaq 100 recuaram 0,88% e 1,95%, respectivamente, já o Dow Jones avançou 0,08%. Os Treasuries yields de dois e de dez anos recuavam 10,9 pbs e 8,6 pbs, a 4,513% e 4,202%, na sequência.

Investidores reagiram positivamente a dados de inflação ao consumidor (CPI), que mostraram inesperada deflação mensal em junho, e alta anual no menor nível em um ano, reforçando a tese de que o processo de desinflação está de volta aos trilhos e aproximando o Federal Reserve do corte da taxa de juros.

O CPI caiu 0,10% em junho, depois de permanecer inalterado em maio, enquanto analistas previam alta de 0,10%. Esse foi o segundo mês consecutivo de leituras moderadas, que podem ajudar a reforçar a confiança entre as autoridades do banco central dos EUA de que a inflação está arrefecendo.

Nos 12 meses até junho, o índice subiu 3,0%, após um avanço de 3,3% em maio e abaixo do consenso, que previa uma alta de 3,1%.

Após os indicadores, grandes bancos americanos passaram a projetar que o Fed deve antecipar para setembro o primeiro corte de juros em anos, apoiado por dados benignos da inflação ao consumidor de junho, que reforçam trajetória de desinflação no segundo trimestre e poderiam satisfazer o desejo expresso pelo presidente da autarquia, Jerome Powell, de ver “bons dados” para iniciar o ciclo.

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Data Variação Pontuação Volume Financeiro
01/07/2024 0,65%  124,718,07 R$ 20,51 bilhões
02/07/2024 0,06%  124.787,08 R$ 19,8 bilhões
03/07/2024 0,70% 125.661,89 R$ 21,4 bilhões
04/07/2024 0,40%  126.163,98 R$ 16,3 bilhões
05/07/2024 0,08%  126.267,05 R$ 19,8 bilhões
08/07/2024 0,22% 126.548,34 R$ 19,2 bilhões
09/07/2024 0,44% 127.108,22 R$ 16,2 bilhões
10/07/2024 0,09% 127.218,24 R$ 20,0 bilhões
11/07/2024 0,85%  128.293,61  R$ 19,7 bilhões

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

  • ALTAS IBOVESPA

TIMS3: +4,09% a R$ 16,81
CRFB3: +3,56% a R$ 10,77
RAIL3: +3,36% a R$ 23,10
SANB11: +3,26% a R$ 28,53
JBSS3: +3,25% a R$ 31,74

  • BAIXAS IBOVESPA

ALPA4: -1,17% a R$ 9,32
TRPL4: −1,16% a R$ 27,18
YDUQ3: −0,84% a R$ 11,81
HYPE3: −0,79% a R$ 28,78
TOTS3: −0,57% a R$ 29,90

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

  1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

    3R Petroleum (RRRP3)

    A 3R Petroleum Óleo e Gás divulgou os dados de produção preliminares e não auditados referentes ao mês de junho. Saiba mais…

    Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)

    A partir de hoje, Azul e Gol começam a vender, de forma conjunta, 40 rotas sobrepostas pelas duas aéreas em seus canais. Saiba mais…

    Cielo (CIEL3)

    A Cielo recebeu de Quixaba Empreendimentos e Participações e BB Elo Cartões Participações, Elo Participações, Alelo Instituição de Pagamento e Livelo, cópias do Edital e do Laudo de Avaliação da oferta pública unificada de aquisição de ações ordinárias de emissão da Companhia para conversão do seu registro de companhia aberta da categoria “A” para “B” e saída do Novo Mercado (OPA), cujo leilão será realizado em 14 de agosto de 2024, às 15h. Saiba mais…

    Copel (CPLE6)

    A Copel celebrou contrato com a subsidiária da Compass Gás e Energia, a Compass Dois, para venda de participação de 51% na Compagas. Saiba mais…

    Cury (CURY3)

    A Cury registrou o lançamentos por um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,734 bilhão no segundo trimestre de 2024 (2T24), representando um aumento de 41,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

    Enauta (ENAT3)

    A Enauta Participações teve produção total de 156,7 mil barris de óleo equivalente (boe) em junho de 2024 e de cerca de 1,3 milhão boe no segundo trimestre. Para fins de comparação, em maio a produção somou 503,8 mil barris. Saiba mais…

    EspaçoLaser (ESPA3)

    A MPM Corpóreos – Espaçolaser divulgou que seu conselho de administração aprovou a eleição de Fabio Itikawa para o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores. Saiba mais…

    Even (EVEN3)

    A Even aprovou a desvinculação de 9.800.000 ações ordinárias de emissão da Melnick, de titularidade da Companhia e sua futura alienação. Saiba mais…

    Hapvida (HAPV3)

    O ex-diretor financeiro e de relações com investidores da Hapvida, Mauricio Fernandes Teixeira, que atuava como membro do conselho de administração da companhia desde o início deste ano, renunciou, informou a operadora de saúde. Saiba mais…

    Magazine Luiza (MGLU3)

    O Magazine Luiza anunciou a contratação de dois executivos com experiência em concorrentes de peso no e-commerce internacional, como Shein, Shopee e Mercado Livre, para fortalecer sua operação de marketplace. Saiba mais…

    Mitre (MTRE3)

    A Mitre divulgou a prévia operacional do segundo trimestre de 2024 (2T24). Saiba mais…

    MRV & Co. (MRVE3)

    O segmento de incorporação do grupo MRV&Co registrou uma expansão de 14% nas vendas líquidas do segundo trimestre na comparação com mesmo período do ano passado, para um volume recorde de R$ 2,5 bilhões, conforme prévia operacional. Saiba mais…

    O conselho de administração da MRV&Co aprovou programa de recompra de 24.145.100 ações ordinárias, com prazo até 11 de janeiro de 2026, conforme fato relevante da empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Saiba mais…

    Oncoclinicas (ONCO3)

    O Conselho de Administração da Oncoclinicas aprovou a homologação do aumento de capital aprovado em 22 de maio de 2024, mediante a emissão de 115,4 milhões de novas ações ordinárias, no valor total de R$ 1,5 bilhão, sendo que R$ 807,7 milhões deste montante foi destinado à formação de reserva de capital. Saiba mais…

    PDG (PDGR3)

    Os acionistas da PDG aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia (AGE) o grupamento das ações da companhia na proporção de 10 ações para formar 1 ação. Saiba mais…

    Petrobras (PETR3/PETR4)

    A Petrobras começou a testar voos com aeronaves não tripuladas para levar cargas a plataformas de petróleo em alto mar, informa a Folha de S.Paulo. Saiba mais…

    Vale (VALE3)

    A Vale assinou um acordo com a Komatsu que visa desenvolver e testar, em parceria com a Cummins, nos próximos dois anos, caminhões fora de estrada movidos a uma mistura de etanol e diesel, como parte das iniciativas da mineradora para cumprir metas de redução de emissões nos próximos anos. Saiba mais…

    (Com informações da TC Mover e Momento B3)